JECA E A UTI
Jeca ainda vive num reino tão, tão, distante, onde a lei é acompanhada do jargão: “aos amigos do rei os favores da lei; aos inimigos, os rigores da mesma lei”. Vivia a contemplar um precioso diamante, ressalta-se que o diamante não é dele, apenas lhe foi confiado por papel passado. Embora tenha conseguido se apossar do diamante por meios escusos isso agora não vem ao caso. Pois bem, Jeca estava feliz, podia através do “seu” diamante dizimar a vida de qualquer um, com o diamante conseguiu muito dinheiro, toda dinheirama vinha de “doações” de senhores feudais, comerciantes e outros que não quisessem provar um pouco da luz que passava pelo diamante. Sim, porque em caso de não querer contribuir o infiel era a bola da vez, Jeca direcionava o feixe de luz do diamante e aí a luz queimava no lombo do infiel, ardia que nem sal em ferida, por isso, era melhor contribuir para a riqueza do Jeca ainda que por contra gosto, ou precisaria ter o “couro grosso” para aguentar a peia.
No reino tão, tão, distante tudo ia bem, até que Jeca sofreu do mesmo artifício que ele usou para pegar o diamante, alguns desafetos ocultos tramaram lhe tomar a jóia rara, foram até o detentor do poder de tirar e dar e pediram-lhe o favor, prometeram mundos e fundos e demonstraram ser mais viável financeiramente lhes entregar o diamante. Quanto a Jeca, ele que se danasse, pois como bandido que era já havia conseguido riqueza demais da conta, mesmo porque bandido sabe que um dia está por cima e noutro pode está preso e sem nada, embora ele finja desconhecer essa realidade. Então, tudo certo entre os inimigos de Jeca e o poderoso detentor do poder enviaram uma “lacônica carta de singelos 02 (dois) parágrafos” dizendo que o diamante não ficaria mais com Jeca, que mudaria para as mãos dos seus inimigos. Nossa, foi uma notícia bombástica, há menos de trinta dias do seu aniversário Jeca recebeu um torpedo do tipo tomahawk bem nomeio da fuça.
Jeca passou mal, entrou em desespero, e agora o que seria dele? Como ele continuaria a aumentar sua riqueza? Aquilo não poderia ser verdade! Quase entrando em depressão, Jeca toma algumas talagadas do seu fino whisky e parte para o ataque, busca apoio entre os “amigos”( entre aspas porque são comprados), mas todos saem pela tangente, dizem que estão tristes com a situação, mas nada podem fazer. Até que é sugerido a Jeca que ele procure o rei, e com um bom argumento poderá convencê-lo a interceder a seu favor e ele continuar com “seu” diamante, aquilo era perfeitamente possível. Então, Jeca procura o rei, que na sua preguiça real diz que vai pensar no assunto, mas para tanto, Jeca teria que lhe “ofertar” muito ouro, dinheiro, esmeraldas, títulos ao portador, ou qualquer outro bem. Jeca fica um pouco indeciso, mas e se o rei não cumprir sua palavra? Ele perderia o diamante e ainda ficaria pobre, que dilema. Mas não tinha outro jeito, acreditou no rei e na calada da noite o rei mandou expedir um salvo conduto a favor de Jeca, que por enquanto ele continuaria com o diamante.
Ufa! Foi por pouco, se o rei tivesse falhado os urubus de plantão já estariam na carniça de Jeca, sim porque o que não falta é uma enorme fila para os que querem ver Jeca nas profundezas do inferno. Por enquanto, Jeca estava a salvo, enquanto o rei fosse rei ele estaria despreocupado, embora essa permanência lhe custasse muito caro. Até que certo dia, Jeca convida seus amigos para tomarem um vinho de primeiríssima qualidade, com o melhor dos whiskys e varam a madrugada naquelas conversas de vantagens, alguns contam suas proezas do mal, outros contam das suas ganâncias futuristas e Jeca apenas diz que ele é imbatível, indestrutível, que seus inimigos vão provar de todo mal que ele é capaz de produzir. Lá pelas tantas, Jeca vai dormir. Ele tem planos para o dia seguinte, é verão, o rio é maravilhoso e cedo ele vai curtir os prazeres da vida, claro que em boa companhia, já combinou com sua bonequinha para desfilarem sobre as águas do reino tão, tão, distante.
Já é dia, Jeca acorda se veste, coloca um calção, e tem a vontade de ir passear na sua poderosa lancha. Pega uma fruta na geladeira, desce e passa por dona Maria, sua serviçal e dá bom dia, a velha senhora não responde, ele vai em direção a porta e encontra Renata, outra serviçal, novamente dá bom dia e não é correspondido, ele pára e vai agredir as empregadas como de costume quando elas se cumprimentam e chorando diz para a outra: “espero que ele saia vivo dessa, o médico disse que se ele sobreviver vai ficar numa cadeira de rodas”. Jeca sem entender solta um grito, mas ninguém lhe ouve. Novamente Maria diz: “eu gosto muito do seu Jeca, espero que ele sobreviva”. Jeca já transtornado tenta pegar Maria pelo braço, mas não consegue, sua mão ultrapassa o braço como se fosse apenas uma imagem, na verdade Jeca não está presente, está agonizando entre a vida e a morte, enquanto dormia sofreu um avc e naquele momento está na UTI do hospital do coração...
Jeca ainda vive num reino tão, tão, distante, onde a lei é acompanhada do jargão: “aos amigos do rei os favores da lei; aos inimigos, os rigores da mesma lei”. Vivia a contemplar um precioso diamante, ressalta-se que o diamante não é dele, apenas lhe foi confiado por papel passado. Embora tenha conseguido se apossar do diamante por meios escusos isso agora não vem ao caso. Pois bem, Jeca estava feliz, podia através do “seu” diamante dizimar a vida de qualquer um, com o diamante conseguiu muito dinheiro, toda dinheirama vinha de “doações” de senhores feudais, comerciantes e outros que não quisessem provar um pouco da luz que passava pelo diamante. Sim, porque em caso de não querer contribuir o infiel era a bola da vez, Jeca direcionava o feixe de luz do diamante e aí a luz queimava no lombo do infiel, ardia que nem sal em ferida, por isso, era melhor contribuir para a riqueza do Jeca ainda que por contra gosto, ou precisaria ter o “couro grosso” para aguentar a peia.
No reino tão, tão, distante tudo ia bem, até que Jeca sofreu do mesmo artifício que ele usou para pegar o diamante, alguns desafetos ocultos tramaram lhe tomar a jóia rara, foram até o detentor do poder de tirar e dar e pediram-lhe o favor, prometeram mundos e fundos e demonstraram ser mais viável financeiramente lhes entregar o diamante. Quanto a Jeca, ele que se danasse, pois como bandido que era já havia conseguido riqueza demais da conta, mesmo porque bandido sabe que um dia está por cima e noutro pode está preso e sem nada, embora ele finja desconhecer essa realidade. Então, tudo certo entre os inimigos de Jeca e o poderoso detentor do poder enviaram uma “lacônica carta de singelos 02 (dois) parágrafos” dizendo que o diamante não ficaria mais com Jeca, que mudaria para as mãos dos seus inimigos. Nossa, foi uma notícia bombástica, há menos de trinta dias do seu aniversário Jeca recebeu um torpedo do tipo tomahawk bem nomeio da fuça.
Jeca passou mal, entrou em desespero, e agora o que seria dele? Como ele continuaria a aumentar sua riqueza? Aquilo não poderia ser verdade! Quase entrando em depressão, Jeca toma algumas talagadas do seu fino whisky e parte para o ataque, busca apoio entre os “amigos”( entre aspas porque são comprados), mas todos saem pela tangente, dizem que estão tristes com a situação, mas nada podem fazer. Até que é sugerido a Jeca que ele procure o rei, e com um bom argumento poderá convencê-lo a interceder a seu favor e ele continuar com “seu” diamante, aquilo era perfeitamente possível. Então, Jeca procura o rei, que na sua preguiça real diz que vai pensar no assunto, mas para tanto, Jeca teria que lhe “ofertar” muito ouro, dinheiro, esmeraldas, títulos ao portador, ou qualquer outro bem. Jeca fica um pouco indeciso, mas e se o rei não cumprir sua palavra? Ele perderia o diamante e ainda ficaria pobre, que dilema. Mas não tinha outro jeito, acreditou no rei e na calada da noite o rei mandou expedir um salvo conduto a favor de Jeca, que por enquanto ele continuaria com o diamante.
Ufa! Foi por pouco, se o rei tivesse falhado os urubus de plantão já estariam na carniça de Jeca, sim porque o que não falta é uma enorme fila para os que querem ver Jeca nas profundezas do inferno. Por enquanto, Jeca estava a salvo, enquanto o rei fosse rei ele estaria despreocupado, embora essa permanência lhe custasse muito caro. Até que certo dia, Jeca convida seus amigos para tomarem um vinho de primeiríssima qualidade, com o melhor dos whiskys e varam a madrugada naquelas conversas de vantagens, alguns contam suas proezas do mal, outros contam das suas ganâncias futuristas e Jeca apenas diz que ele é imbatível, indestrutível, que seus inimigos vão provar de todo mal que ele é capaz de produzir. Lá pelas tantas, Jeca vai dormir. Ele tem planos para o dia seguinte, é verão, o rio é maravilhoso e cedo ele vai curtir os prazeres da vida, claro que em boa companhia, já combinou com sua bonequinha para desfilarem sobre as águas do reino tão, tão, distante.
Já é dia, Jeca acorda se veste, coloca um calção, e tem a vontade de ir passear na sua poderosa lancha. Pega uma fruta na geladeira, desce e passa por dona Maria, sua serviçal e dá bom dia, a velha senhora não responde, ele vai em direção a porta e encontra Renata, outra serviçal, novamente dá bom dia e não é correspondido, ele pára e vai agredir as empregadas como de costume quando elas se cumprimentam e chorando diz para a outra: “espero que ele saia vivo dessa, o médico disse que se ele sobreviver vai ficar numa cadeira de rodas”. Jeca sem entender solta um grito, mas ninguém lhe ouve. Novamente Maria diz: “eu gosto muito do seu Jeca, espero que ele sobreviva”. Jeca já transtornado tenta pegar Maria pelo braço, mas não consegue, sua mão ultrapassa o braço como se fosse apenas uma imagem, na verdade Jeca não está presente, está agonizando entre a vida e a morte, enquanto dormia sofreu um avc e naquele momento está na UTI do hospital do coração...