A TERRÍVEL VERDADE
A TERRÍVEL VERDADE
_ Ana Maria venha correndo, venha depressa... Anda menina.
_ Que é minha mãe?
_ Seu pai está passando mal. Meu Deus do céu, me socorre, Jesus, tenha misericórdia de mim...
As palavras saiam atropeladas da boca de dona Jane – mulher de uma personalidade forte, mãe de dois filhos, Ana Maria e Felício.
_Pai, ô pai...chorava a criança sem entender direito o que acontecia. Acorda pai.
Dona Jane trocou sua blusa e saiu atrás de alguém que pudesse ajudá-la e encontrou Marcio que ligou para o SAMU descrevendo a situação em que se encontrava seu vizinho . Não demorou muito e o SAMU levou o paciente para o Hospital Anjo da Guarda, aliás o único daquela cidade Sococavo - interior do Nordeste.
Lá, o pobre homem gemia e chorava ao mesmo tempo. Chamava pelos filhos e esposa para que ficassem ao lado dele, pois se encontrava muito mal.
A situação era dramática porque sua esposa descontrolada desmaiara na portaria do hospital e o vizinho não tinha iniciativa para buscar as crianças em casa. O médico não conseguia informar a situação crítica do paciente.
_Meu senhor, me dê o número do telefone onde o Senhor José trabalha.
_Não tenho não doutor por causa de que ele tá desempregado.
O médico recorreu ao enfermeiro pedindo que procurasse alguém na rua onde o pobre homem morava para comparecer ao hospital. Assim então, Marta – uma moradora do bairro - veio para tentar solucionar o problema. Ao chegar perto do leito onde Sr. José, este, estava pediu que todos se retirassem.
_Minha mulher querida cê é a mãe de meus filhinhos – o moribundo pensava estar falando com sua esposa – vou revelar um segredo muito antigo. Quero seu perdão mulher. Há muito tempo eu tenho um caso com Marta. Neste instante, Sr. José tossiu e expirou...
Marta guardou o segredo, que também era seu, e nunca mais se encontrou com Jane.