Supernatural - Cap. 2

SUPERNATURAL - CLAP YOU HANDS IF YOU BELIEVE

CAPÍTULO DOIS: BRENNAN'S RELOJOEIROS

Brennan estava trabalhando contra o tempo em sua rejoalheria, passara noites em claro para terminar o que lhe fora ordenado. Sua vida e a vida de seu filho dependiam disso. Mas era difícil se concentrar no trabalho quando tanta coisa estava em jogo, quando seu filho querido permanecia desaparecido e a polícia não tinha nenhuma notícia, nenhum sinal de seu garoto. Já fazia semanas e ele começara a perder as esperanças. Ele sabia que a polícia não poderia fazer nada, ninguém poderia fazer nada.

Estava concentrado em seu trabalho quando dois jovens entraram na loja.

– Sr. Brennan? – perguntou um deles.

Brennan ergueu os olhos de seu trabalho para os jovens. Não se lembrava de já tê-los visto alguma vez na cidade, o que indicava que deviam ser novos por ali. Um era alto e tinha cabelos escuros que batiam na altura da nuca, o outro era mais baixo e tinha cabelos claros bem aparados. Ambos tinham em comum os olhos verdes e alguns traços no rosto, o que significava que podiam ser parentes. O mais alto trazia consigo um caderno daqueles que jornalistas usavam para coletar informações e notícias. Brennan não gostou nenhum pouco disso.

– Somos do jornal e gostaríamos de perguntar-lhe...

– O quê? – interrompeu Brennan, tirando seus óculos de serviço. Olhou de um jovem ao outro. – Isso é sobre Patrick?

Os jovens não responderam. Brennan lhe deu as costas.

– Patrick se foi.

– Desaparecido – disse o mais baixo. – Sim, é sobre isso que queremos falar.

Brennan suspirou, desejando que aqueles jornalistas intrometidos fossem embora.

– O seu filho foi o primeiro a desaparecer – continuou o de cabelos escuros.

– O primeiro a ser pego – corrigiu Brennan.

Os jornalistas se entreolharam.

– Pego? – perguntou o de cabelos escuros.

Brennan perdeu a paciência com eles. Quantas vezes mais aqueles jornalistas lhe importunariam? Não adiantaria publicar mais uma matéria sobre o desaparecimento de seu filho, não adiantaria chamar a polícia, nada disso adiantaria e ele sabia.

– Caiam fora – disse ele se levantando e expulsando-os da loja. – Fora.

– Sr. Brennan, quem o senhor acredita que pegou seu filho? – insistiu o jovem de cabelos claros enquanto o seguia para a saída.

Brennan deu meia volta olhando para eles.

– Seu pessoal não pode me ajudar. Meu garoto nunca vai voltar.

– Você parece ter certeza – afirmou o mais alto encarando-o.

– Como assim? – perguntou Brennan, não gostando nenhum pouco daquele olhar, o jovem parecia desconfiado de que ele escondia alguma coisa e isso não era bom.

– Como se soubesse de algo e não está falando.

Brennan se aproximou dele.

– Você sabe o que eles dizem? – perguntou ele, os olhos vermelhos. – 72 horas. Depois disso as chances de encontrar um desaparecido são quase nulas.

Então ele lhes deu as costas novamente, estava perdendo um tempo precioso com aqueles jornalistas insistentes.

– Cada caso é diferente – disse o outro jovem.

Brennan apoiou-se na mesa sentindo-se extremamente cansado mental e fisicamente.

– Já faz semanas.

O jovem tirou um cartão do bolso da jaqueta e deixou em cima da mesa ao seu lado.

– Escute... Ligue para nós se algo lhe vier à cabeça.

E então eles partiram. Brennan acompanhou-os com os olhos até ter certeza de que eles haviam saído mesmo. Então olhou para um de seus relógios que ficava pendurado como um pêndulo por uma corrente dourada em cima de uma das mesas.

– Isso está certo? – Ele perguntou quase criando esperanças. Mas o relógio mexeu-se de um lado para o outro, como se dissesse não. E Brennan sentiu-se novamente desesperado.

***

– O que você acha? – perguntou Sam, quando ele e Dean saíram da rejoalheria. Esperavam obter respostas mais concretas e com mais sentido com o pai da primeira vítima desaparecida. Mas ele havia sido muito evasivo, o que só os deixava desconfiados de que o homem sabia de algo que não estava querendo contar.

– Ele está escondendo algo – respondeu Dean. – Por que você não fica vigiando o relojoeiro e vê se algo acontece ao pôr do sol.

Eles andaram pela rua seguindo de volta para o Impala que estava estacionado em algum lugar por ali.

– Eu vou conferir aqueles círculos – prosseguiu Dean.

– Oki dokie – respondeu Sam zombeteiramente como um robô obediente.

– Mas não se envolva, mutile ou de forma alguma, mate o Brennan – ordenou Dean, como se aquela fosse realmente uma possibilidade. – Eu não quero que faça nenhum julgamento. Qualquer coisa ligue para mim.

Sam não gostou nenhum pouco das ordens, como se fosse algum retardado que não soubesse lidar com nada e precisasse seguir ordens à risca. Talvez Dean fosse um mandão com o velho Sam, mas não com ele.

– Sabe, Grilo, eu passei um ano inteiro sozinho – disse ele erguendo as sobrancelhas. – Eu estava bem sem você.

Dean riu sacudindo a cabeça.

– Não quero ouvir a sua definição de “bem” – E partiu deixando-o para trás.

Sam suspirou entediado olhando de volta para a Brennan’s Relojoeiros.

**(Fanfic de Supernatural, episódio 9 da 6ª temporada)**

H R Martins e Eric Kripke
Enviado por H R Martins em 05/03/2014
Código do texto: T4716068
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