GLAMOUR PAULISTANO MANCHADO COM SANGUE
Dr. Vicente Guimarães dos Reis e sua fissura por castelo medieval em janeiro de 1911. Quando fazia mais uma de suas magnífica viagem pelo norte da França. Ele com sua esposa Sra Maria Cândida Guimarães dos Reis, e seus filhos Álvaro Guimarães dos Reis e Armando César Guimarães dos Reis, se hospedaram em um castelo medieval. Dr. Vicente ficou encantado com a beleza do castelo procura o proprietário e conversa longamente com o mesmo sobre o castelo de pronto foi informado que o arquiteto era o ilustre morador do castelo, marcaram encontro na manhã seguinte foi uma conversa fraterna, em poucos meses o arquiteto já estava viajando para o Brasil. Chegando a São Paulo visitaram vários terrenos da propriedade dos Guimarães, chegaram a conclusão que o melhor era um amplo terreno da rua Apa esquina da avenida São João, na divisa dos bairros do Campos Elíseos e Santa Cecília, pois eram dois bairros nobres ,ali já moravam dois moradores ilustres. A família dos Gletes e a família dos Victor Nothmann, com a construção dos Guimarães certamente toda burguesia paulistana migraria para aquela região. Já no comecinho de janeiro de 1912 deram início nas obras do famoso castelinho, o Dr. Vicente todos os dias bem cedinho visitava a construção do tão sonhado castelinho, finalmente na primavera de 1917 no dia 2 de setembro foram concluída todas as obras estando assim pronta para a inauguração, Os Campos Elíseos estava repleto de flamboyant ypês amarelos roxos as sipipirunas todas floridas enfim em Campos Elísio e Santa Cecília era uma festa para os olhos, este era o cenário belíssimo que emoldurava o castelo da família Guimarães.
No dia 07 de setembro dia da independecia do Brasil e também da família Guimarães, aquele dia o sol estava flamejante conspirado para o sucesso da família Guimarães, durante o dia foi oferecido uma grande churrascada, a noite um janta de gala o prato principal era faisão regado com champanhe francesa, estava presente toda burguesia paulistana, foi uma noite memorável, este era o ambiente onde foram criados os filhos da família Guimarães, cresceram desfrutando de tudo que a riquezas podia lhes oferecer férias escolar na Europa era de praxe, naturalmente estudaram no Liceu Coração de Jesus, onde os filhos da burguesia católica paulistana estudava.
Seus amigos contemporâneos foram, entre tanto famosos da época como Osvaldo de Andrade e Mario de Andrade. Tiveram uma infância e adolescência juventude recheada de glamour. Finalmente chegou a hora de cursar uma faculdade; o Dr. Vicente mais uma vez não realizou seu sonho que era ver os filhos cursarem a Medicina, Dr. Vicente gostaria que os filhos seguissem a careira da medicina, mas diante da recusa dos filhos, os Guimarães chegaram à conclusão que o importante era que os filhos fossem felizes e os rapazes optaram pelo direito. Foram para a tradicionalíssima faculdade São Francisco, chamada centro acadêmico XI de agosto o mais importante do país.
Tiveram uma adolescência dentro dos padrões, normal, eles eram sempre muito estudiosos, não repetiam de série, sempre passavam com boas notas, eram jovens bem comportados.
Formaram-se os dois no mesmo dia para alegria dos pais Dr. Vicente Guimarães dos Reis e Sra. Maria Cândida Guimarães dos Reis. Álvaro sempre foi mais introvertido. Fernando, calmo, pacato, conservador. Mesmo sendo introvertido Álvaro sempre estava bem acompanhado de belas mulheres com sua moto Harley-Davidson na Avenida São João. Mas nada demais pra um jovem rico da sua idade, nunca deu trabalho para os pais, o Álvaro conheceu a jovem Maria Cândida cunha Bueno, à dona Baby, carinhosamente como era chamada... Ela era de uma família quatro cetona, da parte dela era um amor verdadeiro e definitivamente o Álvaro foi o grande e único amor de sua vida.
Já não podemos dizer o mesmo da parte dele já que o jovem era muito playboy tinha a fama de mulherengo, moraram juntos, mas nuca se casaram nem deram netos as pais que tanto queriam, era uma grande frustração, nem mesmo o Álvaro com toda fama de garanhão não realizou o sonho do casal Guimarães.
Os pais Dr. Vicente e a Sra Maria Cândida Guimarães, eram uma família muito glamorosa, o castelinho vivia sempre em festa, até que no ano de 1927 veio a primeira fatalidade o Dr. Vicente ainda na melhor fase de sua vida vei a sofrer um enfarte fulminante, faleceu deixando todos atônitos, Sra Maria Cândida muito religiosa ficou reclusa no castelinho dedicada somente aos afazeres religiosos.
O Fernando continua advogando, visita sua mãe como sempre. O Álvaro resolveu fazer uma viagem à Paris na volta estava fascinado com os ringue de patinação no gelo, de Paris como já tinha sido campeão desta modalidade queria construir um ringue no cine Broadway, na badalada Av São João que pertencia a família Guimarães mas o Armando não aceitava, era um investimento de alto risco para família. Sua mãe também não estava de acordo com o empreendimento por várias vezes chegaram a discutir, naquela noite de quarta feira 12 de maio de 1937, uma noite fria sinistra para a família Guimarães.
A noite terminou para os três, a Sra Cândido aos 73 anos herdeira de uma grande fortuna tinha perdido o grande amor de sua vida a menos de dois meses, o renomado médico Dr. Vicente Guimarães dos Reis e vivia reclusa em seu castelo na companhia da sua cozinheira Elsa Lengfelder que morava em uma edícula do lado do castelo. Quando entra em casa Álvaro Guimarães dos Reis e Armando César Guimarães dos Reis, a cozinheira já estava em sua casa quando escutou os estampidos. Adentrou no castelo e encontro os três já sem vida. Para a polícia científica o Álvaro assassinou o Armando e a sua mãe e depois se suicidou. Será que não havia uma quarta pessoa na cena do crime? Como já dizia o grade pensador escritor William Shakspeare: ser ou não ser,eis a questão: até os dias de hoje este crime para muitos paulistanos é mais do que um simples triplo assassinato, é uma incógnita!!
Para a Maria Cândida da Cunha Bueno a dona Baby, havia uma quarta pessoa na cena do crime, ela jurava inocência do seu amado até os últimos momentos de seus 97 anos dos quais todos os dias, 12 meses do ano, ela ia ao cemitério da consolação levar flores.
Após 51 anos da morte de Álvaro, dona Baby teve o carinho de deixar uma pessoa encarregada de levar flores ao seu amor, todo dia 12 de cada mês que repousa em seu túmulo de mármore branco a espera do juízo final...
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
DISPONÍVE EM:O CRIME DO CASTELINHO DA
RUA APA.
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