DIFÍCIL DE ACREDITAR
Pedro, Breno e Cesar eram vizinhos, amigos e colegas de escola desde crianças, ambos com dezessete anos. Cesar apaixonado pela sua namorada Regina, Breno e Cesar ainda não tinham namorada.
Breno, loiro, de olhos azuis sempre o mais engraçadinho e mais convencido, Cesar o mais calmo e mais estudioso e Pedro o mais ambicioso com grandes planos para o futuro. Havia um barzinho onde eles sempre encontravam para conversarem e divertirem e esquecerem-se de suas obrigações escolares. Certo dia estavam eles de boa no bar quando de repente entrou uma garota linda e loira, Breno e Cesar se encantaram com a garota. Breno diz:
_ Nossa! Que gata! Vou pegar essa garota.
_ Coisa feia Breno, garota como aquela a gente não pega, conquista.
_ Ai Cesar, você sabe que não gosto desse lance de romantismo.
_ Conheço aquela garota.Diz Pedro.
_ Sério? Apresenta-me, por favor! Diz Cesar.
_ E a mim também. Diz Breno.
_ Tá bom posso apresentar para os dois, só que tem um detalhe...
_ Você também está afim dela? Deixa de ser guloso cara! Interrompe Breno.
_ Não é isso não Breno. É que eu já fiquei com ela em uma viagem que fiz quando fui fazer vestibular em outra cidade.
_ Você importaria se eu a conquistasse? Pergunta Cesar.
_ Claro que não Cesar! Isso é passado e além do mais estou apaixonado pela Regina.
_ Pode tirar seu cavalinho da chuva que aquela garota já está no papo do Breno, o gostosão aqui.
_ Você se acha né Breno? Vou te dar uma chance, você pode tentar, mas se não conseguir, vou tentar também.
_ Hahaha, se eu não conseguir? O que te faz pensar que você tem chance Cesar?
Cesar não disse nada somente um sorriso sem graça. Pedro apresentou-a aos seus amigos.
_ Oi Pâmela! Tudo bem? Você lembra de mim?
_ Oi Pedro! Que surpresa! Claro que lembro, como você está?
_ Tudo bem e você o que faz aqui?
_ Vim para estudar, vou morar aqui.
_ Esses são meus amigos Breno e Cesar.
_ Olá meninos, prazer!
_ O prazer é todo meu.Sou Breno. Vem dançar comigo.
_ Espera...
Breno não deu tempo para ela dizer mais nada e saiu puxando-a pelo braço.
_ Preocupa não Cesar, porque Breno não faz o tipo de garoto que Pâmela possa se interessar. Diz Pedro.
_ Ele tem razão Pedro, ele é mais bonito que eu, ele sempre pega as garotas que estou afim.
Alguns minutos depois Breno voltou com uma cara de derrotado.
_Já que você não conseguiu Breno, vou tentar conquista-la, já estou acostumado a ganhar fora mesmo.
_ Pode ir, mas vai perder a caminhada. Ela é muito metida.
_ Deixa pra falar com ela em outro dia Cesar. Diz Pedro.
_ Por quê Pedro? Você está com ciúmes?
_ Não, claro que não! Estou dizendo isso por causa de Breno.
_ Por minha causa Pedro? De boa, vai lá Cesar falar com Pâmela.
E foi o que ele fez e depois de poucos minutos Cesar estava aos beijos com Pâmela, Breno não gostou nada do que viu.
_ Traidor, eu não vou perdoa-lo por isso. Diz Breno.
_ Ué Breno, você quem disse...
_ Eu sei o que eu disse Pedro, estou indo embora.
_ Espera! Vou com você, só vou avisar o Cesar....Cesar estamos indo embora, você vai com a gente?
_ Claro que não né Pedro.
_ você não podia ter feito isso Cesar.
Pedro parecia chateado, mas Cesar não deu a mínima importância, afinal ele estava tão encantado com Pâmela que não iria perceber nada que tivesse ao seu redor.
Os dias foram passando e Cesar ficava cada dia mais apaixonado por Pâmela, Breno se conformou com o namoro dos dois e começou a namorar Ângela.
Oito anos passaram e a amizade dos rapazes continuava como antes, embora todos casados, Pedro com Regina, Cesar com Pâmela e Breno com Ângela. Pedro e Regina tiveram um filho por nome de Paulo. Breno não tinha filho, ele dizia que não queria ter filhos e Cesar também não tinha, mas por outro motivo, ele teria sofrido uma doença quando era mais novo e como conseqüência ele ficou estéril, Pâmela sabia disso e parecia não importar e dizia amá-lo do mesmo jeito. Pedro se tornou proprietário de algumas lanchonetes na cidade as quais estavam fazendo o maior sucesso. Cesar trabalhava como administrador de empresa e Breno trabalhava com seu Pai em uma rede de supermercados que eles tinham. Mesmo depois de pararem de estudar e de estarem casados eles se encontravam agora em uma das lanchonetes de Pedro. Eles sempre tomavam alguma bebida enquanto conversava.
_Cesar, Breno, quero dizer pra vocês que sou muito feliz, pois tenho bons amigos, uma família linda e uma boa situação financeira.
_ Eu poderia ser mais feliz se não tivesse casado, a Ângela é muito chata e ela briga comigo até por eu ficar conversando com vocês.
_ Pâmela não importa com isso não, ela até deixa a porta dos fundos meio aberta para eu entrar e não ter que incomodá-la. Mesmo não podendo ter filhos eu sou muito feliz. Diz Cesar
_ Por que vocês não adotam um filho Cesar.
_ Estamos pensando no caso Breno, mas acho que não estou preparado.
Depois de muita conversa e muita bebida terminou mais uma noite agradável entre três velhos amigos.
Certo dia Cesar chegou do trabalho.
_ Você está melhor do mal estar que estava sentindo Pâmela?
_ Tenho uma coisa muito importante para te contar Cesar.
_ O que foi? Alguma coisa grave? Por favor, fale logo.
_ Cesar, juro que não te traí, não sei como isso aconteceu, mas estou grávida.
Cesar ficou calado só balançava a cabeça, decepcionado Cesar não conseguiu segurar as lágrimas.
_ Não faz assim Cesar, fale alguma coisa.
Cesar sem olhar para Pâmela.
_ Você não poderia ter feito isso comigo Pâmela.
_Juro que não te traí Cesar, sou inocente.
_ Você sabe que eu não posso ter filhos Pâmela. Vou sair daqui antes que eu faça uma besteira.
_ Não vai, por favor, não vai Cesar.
Pâmela sentou-se no chão desesperada. Cesar saiu e ligou para seus amigos e foi encontrar com eles, Cesar contou tudo.
_ Eu não podia imaginar que Pâmela seria capaz de fazer isso comigo.
_ Cara, acho que você não deve acusa-la desse jeito, afinal ela está negando tudo. Diz Breno.
_ A vida é assim mesmo, de onde não se espera é que acontece.Diz Pedro.
_ Só sei que eu não merecia isso.
_ Você desconfia de alguém Cesar? Pergunta Breno.
_ Pior que não Breno, por mim ela era louca por mim.
Cesar ficou vários dias sem falar com Pâmela embora ela insistisse muito, ele seguiu o conselho dos amigos e procurou outro medico para uma segunda opinião e fez outros exames, com os resultados nas mãos.
_ Mesmo olhando esses resultados você tem coragem de continuar negando Pâmela?
Ela pegou os exames e viu que realmente Cesar não poderia ser pai.
_ Eu não te traí Cesar, juro que não...
_ Cala a boca Pâmela, se não for dizer a verdade é melhor não dizer nada. O mais triste disso tudo é que você não é capaz de assumir o que está muito claro. Nosso casamento acaba aqui, vou sair de casa.
_ Não, eu é que vou sair de casa Cesar.
_ Se você acha melhor assim Pâmela, pra mim tudo bem.
Foi o que ela fez e quando estava na porta de sua casa sem saber o que fazer de sua vida encontrou com Breno.
_ Sou inocente Breno, eu juro!
_ Acredito em você Pâmela. Vou te levar pra minha casa até que Cesar esfrie a cabeça e reconheça que está errado.
_ Ele nunca vai reconhecer isso Breno.
_ Calma Pâmela! Vem cá me dá um abraço, tudo vai dar certo, você vai ver.
Pâmela foi para a casa de Breno. Passado alguns dias Regina (esposa de Pedro) foi falar com Cesar.
_ Estou desconfiada que Pedro seja o pai do filho de Pâmela.
_ Isso não pode ser, será que além de ser traído pela esposa também fui traído pelo meu melhor amigo? Mas também com tudo que está acontecendo eu não duvido de mais nada, mas por que você está desconfiada Regina?
_ Ele está muito preocupado com ela, está muito estranho.
_ Vou descobrir a verdade e se eles tiverem me enganado eu juro que eles irão me pagar.
Cesar não conseguia disfarçar a magoa, a decepção com sua esposa, ele andava muito deprimido, nem mais falava com seus amigos. Ele passou a seguir Pâmela sem que ela o vesse e certo dia ele a viu entrando no carro de Pedro, muito nervoso seguiu os dois, eles andaram uns vinte minutos e depois desceram do carro e entraram em uma casa, para Cesar não havia mais duvida de que Pâmela era amante de Pedro. Cesar achou melhor ir embora.
Alguns dias depois Pâmela procura Cesar.
_ Oi Cesar! Quero falar com você.
_ Vai me dizer quem é o pai do seu filho Pâmela? Caso contrário não tenho nada pra falar com você.
_ Quero fazer o exame de DNA Cesar.
_ É pura perda de tempo Pâmela, por que não faz com o Pedro?
_ O que o Pedro tem haver com isso Cesar?
_ Jura que não sabe Pâmela?
_ Não, não sei Cesar, deveria?
_ Vi você com o Pedro, vocês entraram em uma casa.
_ E daí Cesar? Naquela casa mora minha manicure, sempre fui lá, o Pedro só me deu uma carona.
_ Tudo bem eu faço o exame Pâmela, mas se o resultado for negativo eu nunca mais irei olhar na sua cara.
_ Quando o resultado chegar quero olhar junto com você Cesar.
Assim que o resultado saiu, Pâmela junto com Cesar abriram o envelope. Pâmela começou a chorar.
_ Isso não pode está acontecendo comigo.
_ Olha o que você está fazendo comigo Pâmela, pelo amor de Deus! Por que é tão difícil pra você falar a verdade?
_ Mais estou falando...
_ Deve ter algo muito sério por trás disso, é alguém da sua família? Algum padre ou pastor? É um dos meus amigos? Que droga!
_ Eu não sei Cesar, juro que não sei. Sei que é difícil de acreditar, mas eu não te traí.
_ Nunca mais quero te ver, adeus!
Breno aparece.
_ Procura-se acalmar Cesar, você está muito nervoso.
_ Nervoso Breno? Claro que estou, estou decepcionado, magoado, deveria era quebrar a cara dessa...
_ Para Cesar! Que isso? Não vale a pena, você é jovem e irá encontrar a pessoa certa, casamento é assim mesmo também estou separando.
Cesar nem ouviu direito o que Breno disse e saiu muito triste.
Pedro trabalhava até as madrugadas em uma de suas lanchonetes que ficava bem perto de sua casa. Era madrugada de Domingo, Os ajudantes de Pedro já havia ido embora. Chamaram a polícia para ir até lanchonete de Pedro e lá encontraram Cesar desesperado.
_ Pelo amor de Deus nos ajude, Pedro está morrendo, levou um tiro.
_ Você está preso Cesar.diz o Policial.
_ Como assim? Eu cheguei aqui agora, recebi uma mensagem de texto no meu celular do Pedro querendo falar comigo.
cesar_ Você tem arma?
_ Tenho, mas está lá em casa.
_ Não seria essa que está perto de Pedro?
_ Parece que é, não fui eu, armaram pra mim.
_ Não adianta tentar esconder, tudo está contra você, alguém nos ligou dizendo que foi você, vamos embora.
_ Tenho que ir com ele para o hospital não para cadeia.
_ Cala a boca e anda. Diz o Policial.
_ Mas e o Pedro?
_ A ambulância já está chegando aí.
Cesar lembrou-se de Pâmela e ficou imaginando que ela podia está dizendo a verdade.viu como é triste dizer a verdade e ninguém acreditar.
Todos foram avisados do acontecido, Pâmela, Breno e Regina foram para o Hospital e lá foram comunicados que Pedro havia passado por uma cirurgia, mas que ele iria ficar bem.
_ Vou ficar no hospital até que Pedro acorde. Não vou perdoar Cesar. diz Breno.
_ Não acredito que foi Cesar que fez aquilo com Pedro. Diz Pâmela.
_ Não acredito que depois de tudo você ainda o defende Pâmela.
Passados dois dias os policiais foram até o quarto de Pedro.
_ O que aconteceu Pedro?
_ Estava fechando minha lanchonete e não vi nada, quando acordei já estava aqui no hospital.
_ Você não quer acusar seu amigo que está preso?
_ Quem está preso Policial?
_ O Cesar. Foi ele quem atirou em você?
_ Sim, quer dizer acho que foi.
_ E porque ele fez isso?
_ Porque ele pensa que sou o pai do filho que a esposa dele espera, ou melhor, a ex- esposa.
_ E você não é?
– Não,
_ Mas como foi que aconteceu?
_ Como eu disse estava fechando minha lanchonete e não vi nada.
_ Pode não ser Cesar então.
_ Mas só ele tem motivos, ou pensa que tem para me matar.
_ Tudo bem Pedro, iremos investigar o caso.
Os policiais saíram e Pedro muito triste começou a chorar.
Na cadeia o Carcereiro chegou até a cela onde estava Cesar.
_ Visita para Cesar.
Cesar ficou surpreso quando viu que era Pâmela que estava lá.
_ O que você está fazendo aqui Pâmela?
_ Você tá sabendo que Pedro te acusou Cesar?
_ Sim, estou, por quê? Você também veio me acusar Pâmela?
_ Claro que não, eu só vim ver como você está e dizer que acredito em você.
_ Obrigado Pâmela, não sei como, mas acho que você também pode estar dizendo a verdade, mas como Pedro está?
_ Fisicamente ele está bem, mas sinto que por algum motivo que não sei qual é, ele está mentindo.
_ Será que seu filho não é filho do Pedro?
_ A Regina me acusou de ter um caso com ele, mas não tenho. Vamos fazer o exame de DNA para tirar essas duvidas da cabeça dela.
_ Porque se for, aí sim eu estou ferrado Pâmela.
_ Ele pode não ser seu filho, mas juro que não sei de quem é. Eu te juro que não fiquei com outro homem, só se eu estivesse drogada ou algo parecido.
_ Ás vezes acho que isso é um plano seu e do Pedro para acabar comigo.
_ Vou embora, não tem como conversar com você.
Passados alguns dias Pâmela e Pedro fizeram o exame de DNA, o resultado foi negativo, com isso Regina (esposa de Pedro) resolveu pedir desculpa a eles por ter desconfiados deles. Pedro retirou a queixa contra Cesar e ele imediatamente foi liberado. Alguns meses depois o filho de Pâmela nasceu e Breno estava lá.
_ Pâmela, quero assumir seu filho, já que Cesar não quer assumi-lo.
_ Você está sendo muito legal comigo Breno, mas não posso aceitar isso. Não antes de eu saber o que aconteceu.
_ Mas o que você precisar pode falar comigo Pâmela.
_ Obrigada Breno! Não sabia que você era tão legal.
_ Pois é, se você tivesse me dado uma chance, tudo poderia ser diferente, mas se você quiser ainda tá em tempo.
_ Por favor Cesar! não estou com cabeça, não estraga nossa amizade.
_ Tudo bem Pâmela, esquece.
Pedro procurou Cesar.
_ Cesar, você não desconfia de Breno?
_ Não, por quê?
_ Desde o inicio dessa confusão, ele aproximou de Pâmela dando uma de bom moço.
_ Pode ser, mas porque eles não se assumem? Não faz sentido Pedro.
_ E se ele tiver drogado ela?
_ Não sei, mas acho que aí já é demais. Mas já sei, vou dar um jeito de fazer o exame de DNA do Breno e do filho de Pâmela.
_ Boa ideia Cesar! Breno interessou por Pâmela primeiro que você, lembra? Será que tinha conformado? Ele nunca tinha levado um fora.
_ Acho que isso não é motivo para ele tentar acabar com minha vida, né Pedro. O que eu sei é que estou cansado de perguntas, quero respostas.
_ Porque não vamos procurar Ângela? ex-esposa de Breno.
_ Claro! Boa ideia Pedro! Ela deve saber de alguma coisa.
Eles foram à casa de Ângela.
_ Oi Ângela! Como você está? Diz Pedro.
Ângela_ Não está fácil, mas estou bem.
_ Você ainda ama o Breno? Diz Cesar.
_ Muito, mesmo sabendo que ele nunca me amou.
_ Como assim Ângela? Antes ele te amava, não?
_ Pensei que vocês sabiam, ele sempre amou Pâmela e é por isso que eu não gostava que ele ficasse com vocês.
_ Eles são amantes Ângela?
_ É difícil de acreditar, mas acho que não é, acho que ele só aproveitou a oportunidade, assim que você separou ele separou de mim também.
_ Tenho certeza de que Breno está por trás de tudo e eu vou fazê-lo confessar.
Pedro e Cesar foram até a casa de Breno.
_ Quero falar com você Breno.Diz Cesar.
_ Que bom ver vocês, que tal irmos tomar uma cerveja?
_ Pode deixar de teatro Breno, estou sabendo de tudo.
_ Você está ouvindo conversa do Pedro, ele está te colocando contra mim. Pedro responde.
_ É exatamente ao contrário, você é que está tentando colocar Cesar contra mim, mas isso é muito fácil de resolver porque vamos contar tudo para Pâmela e ela irá pedir para fazer o exame de DNA para comprovar que o filho dela é seu.
_ Não vou aceitar que atrapalhe minha vida de novo, eu mato vocês caso vocês conte alguma coisa para Pâmela.
_ Não entendo porque você não quer que a Pâmela saiba que o filho dela é seu filho, se você quer tanto ficar com ela.
_ Tá bom então, já que vocês querem saber, vou contar tudo para vocês, eu nunca engoli o seu namoro e seu casamento com a Pâmela.
_ Porque você não lutou por ela naquela época então?
Breno_ Porque eu pensei que fosse passar, mas não foi o que aconteceu, sempre que eu ouvia você falar sobre ela lá no bar que a gente se encontrava, eu ficava mais louco para tê-la em meus braços.
Cesar_ Desde quando vocês são amantes?
Breno_ (sorriu ironicamente) nós não somos amantes.
Cesar_ Mas você é ou não é o Pai de Lucas, o filho de Pâmela?¬¬
Breno_ Sou sim, só que ela não sabe e nem vai saber.
Cesar_ Mas como você fez?
Breno_ Um dia eu disse que iria embora porque senão a Ângela iria se aborrecer, você disse que a Pâmela nunca se aborrecia com você e até deixava a porta aberta, aí tive uma ideia e coloquei-a em prática, passei em sua casa antes de irmos para a lanchonete do Pedro e coloquei calmante na água que ela iria beber, depois dei um jeito de embora mais cedo, como você deixava a porta aberta, o resto você já sabe o que aconteceu.
Cesar ficou muito nervoso deu um soco em Breno.
_ Eu vou te matar desgraçado.Pedro separa os dois.
_ Espera Cesar, calma! Conta Breno foi você quem atirou em mim.
_ Claro que foi Pedro, tudo que eu queria era ficar livre de Cesar, então bolei o plano, como todo mundo estava desconfiando de que o filho de Pâmela era de Pedro, Cesar teria motivo para matá-lo, eu sabia que ele tinha uma arma, fui até a casa dele e peguei a arma sem que ele soubesse, tomei bastante cuidado para não deixar minhas digitais na arma, mandei uma mensagem do celular de Pedro para Cesar dizendo que queria falar com ele, ai falei para Pedro que iria embora e fiquei no carro, quando todos saíram atirei em Pedro e coloquei a arma perto dele, aí Cesar chegou e o resto vocês já sabem.
_ Que bom que você confessou tudo, porque agora eu tenho a prova.
Pedro gravou a conversa no celular. Pedro e Cesar saíram.
_ Não acredito que cometi essa burrada, droga! Mas isso não vai ficar assim. Diz Breno.
Breno procurou Pâmela.
_ Oi Pâmela!
Pâmela_ O que aconteceu Breno? Quem te bateu?
_ Foi Cesar, ele está querendo me matar.
_ Mas por quê Breno?
_ Alguém disse a ele que somos amantes. Precisamos fugir.
_ Como assim? Ele está me ligando agora.
_ É sério Pâmela, não atende, tenho medo que ele faça algum mal a seu filho.
_ Tá bom Breno, o que você quer fazer?
_ Comprei uma fazenda esses dias e ninguém sabe, vamos pra lá uns dias até a poeira baixar.
Pâmela_ Tá Breno, vou com você então.
Pedro e Cesar levaram a gravação para a polícia, com isso eles passaram a procurar por Breno.
Dias depois.
Breno prepara uma jantar para Pâmela e declara pra ela e nesse clima de romantismo acaba rolando um beijo.
_ Você terá que ter paciência comigo Breno. Não consegui esquecer Cesar.
Breno_ Tudo bem Pâmela, só não fica falando dele, assim fica mais fácil você esquecê-lo.
_ Você tem razão Breno. Vou lavar as vasilhas do jantar.
_ E eu vou ver como está nosso filho Pâmela.
_ Nosso?
_ Desculpa Pâmela! Quis dizer seu filho, mas o considero meu filho.
Pâmela ficou desconfiada e seguiu Breno. Breno conversa com Lucas, o filho de Pâmela.
_ Oi Filho! Quero compartilhar com você minha alegria, hoje eu beijei sua mãe, eu amo sua mãe desde o primeiro dia que eu a vi, mas veio um cara malvado e tomou-a de mim, mas eu lutei e estou conseguindo ela de volta, tive que fazer coisas feias, depois quando você tiver maior eu te conto, mas valeu a pena, nós vamos ser muito felizes, sua mãe não sabe, mas você é meu filho de verdade, você é meu filho biológico. Beijo filho, papai ama você e sua mãe.
Nisso Pâmela ficou ouvindo a conversa por trás da porta, fingiu não ter ouvido, mas não conseguiu dormir, passou à noite toda acordada. No outro dia eles foram até a cidade mais próxima fazer compras.
_ Segura o Lucas pra mim Breno? Preciso ir ao banheiro.
_ Claro que sim Pâmela.
Tinha outra moça no banheiro e Pâmela pediu para ela o telefone emprestado e ligou para Cesar.
_ Cesar sou eu Pâmela, não posso falar muito, por favor, me escuta, eu descobri tudo que o Breno fez, por favor, venha me buscar eu estou com muito medo dele, nós estamos em uma fazenda chamada olhos d’água, a cidade mais próxima é Santa Luzia. Tchau tchau.
Cesar diz a Pedro.
_ Pedro vou buscar Pâmela, descobri onde ela está.
_ Vou com você Cesar, no caminho ligaremos pra polícia.
_ Então vamos Pedro, que daqui até lá é longe.
Santa Luzia fica bem longe de onde eles estavam, umas 5 horas de viagem. Breno, Pâmela e Lucas voltaram pra fazenda.
_ Breno, vou preparar um suco pra gente.
_ Você vai dormir comigo hoje Pâmela?
_ Estou disposta a tentar, você está sendo muito legal comigo Breno.
Pâmela foi para cozinha e Breno achou estranho, ela não tinha costume de beber suco à noite e resolveu segui-la sem que ela percebesse e viu-a colocando algo em um dos copos de sucos, ele voltou pro quarto. Pâmela chegou e entregou um copo para Breno e ficou com outro na mão e Breno diz:
_ Já que vamos começar uma nova fase nas nossas vidas, já que tudo que é meu vai ser seu também, vamos começar por esses copos, eu bebo o seu e você bebe o meu.
Pâmela se assusta.
_ Pra que isso Breno? É do mesmo suco, vamos beber logo vai.
_ Se é do mesmo Pâmela, o que custa a gente trocar? Pega esse copo e bebe o suco, ou você colocou algo aqui?
_ Não gostei da brincadeira Breno, você está insinuando alguma coisa?
_ Só quero que você beba esse suco.
_ Tá bom eu bebo Breno.
Pâmela pegou o copo e fingiu estar passando mal e caiu fingindo ter desmaiado, depois de alguns minutos ela abriu os olhos e Breno estava sentado em uma cadeira perto dela tranquilamente.
_ Vai demorar sua encenação? Pode levantar daí Pâmela, eu vi você colocando algo no suco.
Pâmela levanta.
_ Coloquei mesmo, como você foi capaz de fazer aquilo tudo?
_ Tudo que fiz, é porque eu te amo.
_ Que amor é esse Breno? Que só destrói a vida do outro, você não ama nem a si mesmo. Como você fez pra transar comigo sem eu perceber?
_ Colocava sonífero na sua água, entrava na sua casa e fazia amor com você, e agora você vem tentar colocar sonífero logo pra mim, você deve pensar que eu sou um idiota.
Breno tira uma algema de dentro de uma gaveta e coloca no braço de Pâmela que tenta resistir, mas não consegue.
_ Vou transar com você e dessa vez você vai ver tudo.
_ Não faz isso Breno, por favor!
Quando Breno estava tirando a roupa escutou um barulho de motor de carro lá fora.
_ Graças a Deus!Diz Pâmela.
_ Você contou pra alguém na cidade Pâmela?
_ Eu liguei para o Cesar.
_ Você não devia ter feito isso, eu vou mata-lo, você não vai se livrar de mim. Breno saiu com uma arma na mão. Antes Cesar havia pedido que Pedro fosse pelos fundos da casa pra salvar Pâmela.
Breno vai ao encontro de Cesar.
_ O que temos aqui? O chifrudo, o corno, Cesar o herói! você é muito corajoso, você tá sozinho?
_ sim Breno, porque não vem acabar comigo sem arma, mas esqueci que você é covarde, só faz as coisas às escondidas, tem medo de encarar, você é um merda, que precisa colocar sonífero pra ficar com uma mulher.
_ Com sonífero ou não, o que me importa é que eu fiz um filho na sua mulher Cesar.
_ O que importa é que ela me ama, não ama você Breno.
_ Vou te matar é no braço, só pra você ver quem é covarde aqui.
Breno jogou a arma para o lado e começou a brigar com Cesar, era soco pra lá e pra cá, ponta pé e tudo mais. Cesar derrubou Breno, foi onde estava a arma e pegou-a e apontou-a para Breno.
_ Pelo amor de Deus cara, não faz isso, você ainda pode ser feliz com Pâmela. Implora Breno.
_ Mas vou ser feliz só depois que você estiver morto. Com essa bala vou botar fim em tudo que você fez comigo.
Nesse momento aparece Pâmela.
_ Não, não faz isso Cesar, por favor, se você me ama ou já amou um dia não faça isso, você não é igual a ele.
Cesar virou para olhar para Pâmela e Breno saiu correndo entrou em seu carro e saiu feito um louco, a poucos quilômetros dali ele encontrou com uma viatura da polícia, se assustou e capotou o carro, os policiais socorreram Breno, mas o estado dele era grave. Assim que Breno saiu no carro, Cesar foi correndo ao encontro de Pâmela.
_ Será que você pode me perdoar Pâmela?
_ Isso serve de resposta Cesar?
Pâmela beija Cesar..
_ Você aceita meu filho Cesar?
_ Claro que sim Pâmela, é o mínimo que posso fazer para me redimir com você.
Voltaram para cidade e lá foram saber noticias de Breno.
_ Oi Ângela! Como Breno está?
_ Vai sobreviver, mas ele teve uma lesão na coluna, perdeu os movimentos das pernas.
_ Que horror Ângela!
_ Que bom que vocês estão bem. Vocês querem ver ele?
_ Desculpa, mas prefiro não. Diz Cesar.
_ Entendo Cesar, vou cuidar dele.
Pâmela e Cesar foram pra casa correr atrás do tempo perdido.
Fim