REALIDADE MORTA PARA MIM
Esta é uma Segunda-feira...tal como as outras...dia nebulado mas sem sinais de agueceiros, é o meu dia preferido...pois à semelhança deste dia é o que sinto por dentro. Esta tudo cinzento dentro...sem sentimentos mas tambem sem sinais de lagrimas.
Bom...melhor eu me apresentar...Sou Aaron Ostin, tenho 14 anos, 9 ano de escolaridade. Faz algum tempo que mudei de escola...e é ai que começa a minha historia...
A minha maior prioridade é que eu odeio a minha turma...
Vou explicar o motivo: ao contrario da minha antiga escola este lugar tornou-se num sitio sujo...adolescentes que fumam, brigam, só pensam em tranzar e nao estudam...os meus colegas ignoram me o que passei a fazer tambem...claro que, nao sofri bulliyng nem nada mas...eu odeio os...so por serem assim...sao pessoas ignorantes e mal comportados e eu nao quero me tornar assim.
Eu estou farto...doi me ...doi me ao pensar que assim que eu voltar para a escola nao tenho nenhum amigo mas mais vale andar sozinho do que numa companhia assim...
Quer la saber o que eles pensam de mim, ate que estes estao constantemente a olhar para mim com cara de espanto.
Bem..posso dizer que sou diferente deles, primeiramente fisicamente, porque tenho cabelo demasiado longo...ate ao meio das costas mas eu gosto dele...isso aconteceu porque no ano passado eu estava tao metido nos estudos que nao reparei nos meus cabelos que se tornaram compridos...mas eu cuido muito deles e gosto da cor...
Ja me chamaram de gay, idiota...e outras coisas mas eu nao ligo...ninguem é perfeito e alias eu gosto daquela forma que sou e isso é muito raro para uma pessoa ser assim...
Eu tambem uso botas longas...porque esta frio mas os outros rapaz nunca usaram e espantam-se muito..o que tambem odeio.
Nao deixo ninguem aproxima-se de mim e tambem nao sou muito falador com ninguem.
Nao quero marcar-me como um antissocial porquer nao sou e nunca serei...
Cheguei a escola e faltavam uns 5 minutos...eu subi ate a sala e entrei...
de novo este ambiente, palavroes...nomes mal criados, pessoas a gritar do nada, correr, rir, brincar como num infantario...sempre a mesma coisa...todos os dias a mesma coisa...
O professor entou e começamos a aula...
Equaçoes, oraçoes, trabalhos de casa, testes, exames finais, trabalhos de grupo....
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os dias iam passando assim....sem nada de especial....ate este dia...
Era uma quinta feira e eu tinha voltado da escola...
Ja passava das 5horas da tarde, quando a mae tinha ligado do trabalho a dizer que ia ficar no trabalho ate tarde e mandou-me ir comprar qualquer coisa nas lojas para comer...
Ja estou habituado a isto, eles, os meus pais, sao viciados no trabalho e gostam bastante de trabalhar...
Peguei no dinheiro que tinha guardado e sai...
Estava frio mas bastante agradavel para mim...
Passei algumas ruas e fui à uma das lojas que tinham no centro...
Entrei e estava muito quente...muitas pessoas e muitas montras decoradas ja com coisas de natal.
Entrei na secçao das comidas rapidas e começei a escolher...
Havia pessoas à volta de mim que passavam...riam...ou simplesmente passavam calmamente por mim...
Demorei algum minutos a escolher e finalmente peguei num...quando de repente ouve um som muito alto...e parecia....uma explosao????
Nao...deve ser apenas engano...sim deve ser....um engano...
Passado alguns segundos uma outra mas esta estava mesmo perto de mim..talvez umas 2 filas atras de mim...
As pessoas começaram a gritar, correr, deitaram toda a comida das maos....eu nem consegui segurar-me nos pes...eu nao consegui a me mexer...estava um caos...pessoas a correr de um lado para o outro ate que esta calamidade foi paralisada por tiros...muitos tiros...e sons de passos muito rapidos.
-TODOS QUIETOS NOS SEUS LUGARES!!!!.-Gritou alguem atras de mim.
-MAOS ATRAS DA CABEÇA E QUIETOS.-Acresentou mais alguem.
As pessoas tiveram uma reação desobediente...e errada.
Lançaram umas contra as outros, a gritar, a fugir, a correr.
Então foi nesse momento que houve o inicio de tiros contra as pessoas...eles avisaram....
Sangue por toda a parte...pessoas caiam mortas...olhos trespassados pelos tiros...manchas de sangue por paredes, ate nas minhas roupas.
Fechei os olhos...eu não aguento...isso não pode ser...isso não pode estar a acontecer...Porque? Porquê agora e hoje? Não entendo...só podem estar a brincar....ELES ESTÃO A MATAR AS PESSOAS MESMO!
E eu? Eu tenho que fugir tambem? o que fazer?
Mas espera...porque é que EU estou tão preocupado com isso? Quer lá saber o que é que se passa connsoco!
Se eu morrer aqui...vai ser marcado com acidente, certo? Não vai doer e não vou sofrer mais com esta vida inutil...
Levantei me e fiquei de pé, continuei com os olhos fechados...vai acabar certo? é...sim! talvez!
Os tiros, de uma leve espresão rapidamente aproximavam de mim, detras das costas! Quase lá!
-Fica quieto e anda para a frente ate ao armazem!.-Disse alguem, senti algo frio a aproximar-me nas costas.
Ele tapou a minha boca e levou-me para o armazem.
Eu não estava a perceber a situação...Se ele quer tanto me matar então porque é que ele não faz logo? Tem que levar ao armazem e tudo?
Demos passos e chegamos ao armazem, ai ele largou-me e fechou a porta, mas ficando para verificar a situação.
Visionei-o.
Era alto, mais velho que eu, usava botas altas amarelo escuro, jeans, lenço preto e branco...algo que me lembrava aqueles terroristas em Iraque....e uma enorme e preta arma por cima do pescoço com as mãos por cima dela.Tinha cabelo comprido...é tal como o meu...IMITADOR!!
Como posso ser tão otimista nesta situação?
-Bom...agora a situação piorou...-murmurou ele.
-O qu-.eu tentei perguntar.
-Não fales alto!.-Ordenou ele, tinha uma voz firme mas nada seria.
-O que é que se passa?.-Perguntei por fim.
-Ainda não entendeste?.-Disse ironico, agora olhando para mim.
-... Bem...de acordo com isto tudo....tu e os outros são terroristas!.-Conclui eu.
Ele desviou o olhar para visionar pela porta.
Reparei que tinha correntes na orelha e tatuagem no pescoço.
Com certeza ele era um deles....mas o que é que ele quer fazer comigo???
-Sou um refem?.-Arrisquei a perguntei.
-Exatamente não! Tou a tentar tirar-te daqui.-Respondeu. A corrente dele mexia-se ao ele olhar para mim.O metal estava a brilhava muito.
-Tentar tirar-me daqui?.-Raiva, raiva, raiva.
-Supostamente PORQUE? MATAM PESSOAS! CRIAM CAOS! E DEPOIS ESCOLHEM PESSOAS PARA TIRAR DAQUI? WHAT THE FUCK?-ele lançou-se para mim tapando me a boca. Ele cheirava a mentol.
-Cala a boca!!! EU NÃO MATEI NINGUEM! ELES É QUE....-ele parou.-Enfim...silencio!
Afastei as maos dele.
-Okay, Okay!.-Senti raiva, eles estava pessoas...aquelas que eu odeiam ontem ...tornaram-se vitimas...e eu tenho pena deles agora...
-Sou Armin, e tu?.-Perguntou.
-Aaron Ostin.-Respondi bruscamente.
-Estranho, es diferente dos outros....mas ainda não sei porque...-Concluiu.
-Se 'tas a referir ao cabelo, é igual ao teu!.-Sublinei eu.
-Não! Isso não...talvez...tu eras o unico parado entre eles todos.-Refletiu ele.-Suicidio?
-Não é da tua conta, voces tambem matam toda a gente e não iam nem notar que fui atingido por isso não é suicidio mas sim homicidio em massa.-Expliquei.
-Eu já disse, eu não matei ninguem!
-Nota-se logo!.-Ironizei eu.-é por isso que tens ate uma ARMA! E tas aqui comigo como refem!!!
-Não! Eu não quero que crianças sejam envolvidas em algo assim, doi so de olhar! e eu não tenho nada haver com ele...simplesmente não tive escolha a não fazer isso mas eu não fiz um unico tiro.-Disse e mostrou-me o interior da arma, e de verdade, ainda não foi usada recentemente.-Não es refem.
-Crianças? SOU ADOLESCENTE! e tambem, tem mais crianças aqui, sabias? Porque eu? SABES LÁ SE EU QUERO VIVER OU NÃO!!!-Disse eu, tinha raiva mas temia-o, sabe-se lá o que ele pode fazer...mas à primeira vista parece calmo e não é agressivo...tambem a maneira de como fala...e isso tudo...sera que é verdade o que ele ta a dizer?
Ele olhou para mim espantado...mas tambem preocupado.
Acho que passou a cerca de 2 horas.
Continuamos a falar, à primeira vista ele parecia muito calmo...enfim tudo menos um terroristas e acho que não tem nem intenção de me matar.
-Porque é que estas a fazer isso? Não devias i-.ele interrompeu me.
-Eu não nunca tive um unico amigo, sempre problemas em casa, e pai teve varias enormes dividas e uma vez ele apostou-me na sua jogada e se ele perder eu pertenço a esta banda de terror...ate que ele perdeu...-Ele estava contar aquilo sem nenhum sentimento no rosto, sem pena?
-Ah, eu...-Não sabia o que dizer...aquilo foi o que eu menos achei que seria.Então ele não esta por vontade propria...ele não matou ninguem...
-Eles disseram que se eu não fazer isso eles iam matar a minha familia...e é a minha mãe...por isso eu tenho que fazer isso mas não consigo e lá estas tu! No meio deste caos todo, no meio do sangue...parecia mesmo que querias ser morto!.-Afirmou ele.
-Não parecia...era mesmo.-Baixei a cabeça.-Eu...não tenho amigos, odeio a minha turma, sou diferente...e eles é que são estranhos mas...eu não quero voltar mais para lá...eles são lixo e eu os odeio imenso. Sou uma pessoa horrivel...-Disse por fim.
-Ao teu redor...-começou ele suspirando.-Tu sentiste pena deles...isso é verdade...eu sei que é. Não és uma pessoa horrivel, simplesmente eles são outro nivel...outras pessoas...
De facto...eles....a morrer e eu não senti felicidade nisso....tive pena...é...
-Acho que eles param de atirar...-Começou.-Prepara-te vais fazer de refem.
Ele tirou o seu cachecol com o cheiro de mentol e tapou-me os olhos.
Agora apenas aposto nos meus ouvidos.
Ficamos em silencio por momentos, talvez ele estivesse a olhar para mim.
-Usas trança?-Riu-se ele.
Fiz um som de reprovação e desperezo.
-Tal como eu no tempo livre.-Lamentou-se ele.
Ele levantou-me e guiou-me ate a saida.
-Que tal fazer-los de refens?-Perguntou Armin já numa outra voz, mais rude e desprezivel.
-Otima ideia, este lixo merece ser torturado, mas levar os sobreviventes para o nosso rebordo.-Gritou mais alguem.
-Fica quieto e não te movas.-Ordenou Armim sussurrando no meu ouvido.
Ele guiou-me para frente ate que paramos e ele fez me sentar. Pelas vozes que haviam lá eu não era o unico, de certeza havia mais pessoas!
Passaram um eternidade e fomos levados todos por um carro para algum sitio.
Durante o caminho eu estava sentado de tal forma que quase que ia caindo mas fui rapidamente agarrado por ele.
-Estou aqui, não te preocupes.-Avisou a voz de Armim.
-Não me importo.-Disse ignorando.Mas na verdade...a voz dele ajuda...porque isso é assustador.
-Ouve, eu sei que assustador, mas confia-em mim!.-Disse ele.Ele lê mentes o quê?
Passamos uma serie de tempo no carro e paramos.
Eles arrastaram nos para algum edificio?
Armim não saia do meu lado.
Ate que nos colocaram sentados outra vez.
-Bom...o que fazemos com eles?-Perguntou um a rir.
-Talvez tortura-los e usar agua escaldante?-Riu-se outro num tom sadico.
Estremeci.
-Por favor, deixem sair!!-Gritaram alguns.
-O QUE É QUE SE PASSA?-berrou um.
-VAMOS JÁ TRATAR DESSES.-Avisou uma serie de pessoas e alguns foram levados....
Ate que houve uma calamidade eternal dentro...so ouvi o meu coração a pular.
-Aaron, ouve, vamos fugir daqui a alguns minutos, eu vou te soltar...e vens comigo.
-Essas pessoas são tão estupidas.-Gritou alguem passado alguns minutos, acho que eram os mesmos que foram se embora a tempos atras.
-Nao me digas nada!!!-Riu-se outro.
-Mas eu não concordo por não termos torturado-os.-Exclamou um.
-O QUE?-berrou um.-CALA A BOCA!!!
-Não mandas aqui!-Gritou um outro.
Agora estava a transformar-se numa briga...
Ate que ouviu-se de novo tiros.
Briga entre eles continuou...
Passou minutos e num exato segundo ouvi tiros e acho que acertaram em alguem.
-Aaron, agora!-Gritou Armim, ele tinha me desapertado as maos da corda e o lenço dos olhos.
-OIEE!!-berrou outro.
Armim agarrou na minha mão e começamos a correr.
Saimos dum enorme pavilhao....estava frio...estavamos a correr em direção de um dos carros.
-Sabes conduzir?-Perguntei entre a minha respiração ofegante.
-Sim! Não te preocupes!.-Respondeu ele.Continuava com uma arma na mao direita.
Enquanto corria, de um momento para o outro ouviu-se tiros e de repente senti enorme dor na perna esquerda. Foi de um tiro, e eu nao pude mais correr...uma imensa dor...Armim parou.
-Aaron!-Gritou.
Os outros,agora disparavam em todos os lugares, uns ate ja tinham acertado nos seus proprios companheiros.
Não havia nada que eu pudesse fazer, tinha um enorme sangramento na perna.
Armim, de repente agarrou-me e pos no colo e continuou a avançar.
Ele, parece que não sentiu nenhuma dificuldade comigo ao colo...
Depois, já ao lado do carro e ele colocou-me cuidadosamente e baixou-se um pouco.
-Abraça-me...-Pediu.
-O QUÊ?-disse incredulo.
Ele começou a apontar a arma e combrindo-me com o seu corpo.
Eu lancei me para ele, e nesse exato momento ele encostou-se a mim e começou a disparar...
Simplesmente sairam 2 balas em 2 pessoas...certinho sem um unico engano.
Fechei os olhos e fiquei agarrado a ele.
Só ouvi o som do bater do coração dele e do meu.
Acho que acabou...por mim...e por ele...e pelas pessoas que ainda estao la dentro...vivas....
para mim sempre ira haver este heroi que conheci ainda hoje que já se tornou uma pessoa muito confiante...
Passaram acerca de 4 meses.
O caso do terrorismo foi fechado, e Armim, que pelas palavras de Aaron como testemunha foi salvo da prisão...conseguiram salvar alguma pessoas...
Armim e Aaron continuaram juntos, porque ate que enfim Aaron tinha encontrado alguem ...como um otimo amigo...aquele que para sempre marcou-se como um hero e ao principio pareceu um terrorista!