"O Demônio de Blackchapel" - Parte VIII"

Capítulo 8: Sophie Rockfeller (Parte 2)

Sophie Rockfeller

- Meu nome é Sophie Rockfeller.

- Mary Frost, prazer.

As duas apertaram as mãos e Sophie retomou ao assunto em questão:

- Este é um...como posso dizer..."amigo". O nome dele é John e tem 20 anos. É portador de autismo e eu meio que cuido dele.

- Você é o que, estudante de psicologia? - Perguntou Mary

- Não, mas minha irmã médica psiquiatra e ele era um de seus pacientes, um pouco mais, como posso dizer, "próximos".

- E por que não é sua irmã quem está com ele agora?

A expressão de Sophie de repente assumiu um tom mais sombrio e sério - Minha irmã... foi morta. O assassino nunca foi encontrado.

- Eu lamento.

- A única pista que obtiveram, foi uma carta deixada pelo assassino. Ela dizia "obrigado por ter cuidado do pequeno monstro, ele agora cresceu e esta agradecido."

- A quem ela se referia?

- Eu não sei, provavelmente a John, por ser alguém especial. Chama-lo de "monstro" me irrita ainda mais.

- E agora ele...

-Não sabemos o que fazer com ele - explicou Sophie - Por determinação da justiça, ficamos com ele até que seja decidido o que fazer. Aparentemente, ele não tem pais, nem família. Ele sequer parece ter um passado.

- Entendo. Não deve ser fácil.

O ar desinteressado de Mary era nítido, mas Sophie continuou:

- E não é mesmo, mas de certa forma - o tom de voz de Sophie agora ficou mais suave - acho que me apeguei a ele.

Mary não parecia nenhum pouco interessada na conversa, nem na garota desconhecida à sua frente. Ela não queria ser indelicada ou grossa, não obstante, desejava encerrar a conversa logo, mas não sabia como. Seu celular começou a tocar; era a sua deixa. Pegou o aparelho rapidamente e atendeu:

- Alô?...Sim...Sim...Sim Clarisse, eu já disse que sim... Entendo... Sim, eu passo aí. Entendi. Até mais.

Mary agora parecia mais enérgica.

- Desculpe, tenho que ir.

- Tudo bem, prazer em conhece-la.

- Prazer em conhecer você também...

- Sophie.

- Isso, Sophie. Então... até algum outro dia. Quem sabe não nos encontramos por aí.

- É, quem sabe.

Mary se virou e foi embora, logo em seguida Sophie disse pra si mesma e em voz baixa.

- Tenho certeza de que vamos nos encontrar de novo, Mary Frost.

Nameless
Enviado por Nameless em 21/11/2013
Código do texto: T4580952
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