O RITUAL DOS CRÂNIOS

Iniciando o planejamento da restauração de uma obra bem antiga, com mais ou menos quinhentos anos, localizada há um pouco mais de oitenta quilometro da capital do estado, os mentores da ideia e responsáveis pela obra, se depararam com alguns imprevistos, uns deles fora do normal.

O primeiro foi à mão de obra. É que os nativos, ao saberem que foram convocados a trabalhar, até ficavam contente, mas quando descobriam onde era o trabalho, eles desistiam, alguns confessavam que tinha medo, outros tentavam assustar os recrutadores. E diziam que ali era um lugar sagrado não podia ser tocado, esses falavam com muita sinceridade porem, não inibiu ninguém.

Com este primeiro impasse, a empresa resolveu, coloca anúncios, em jornais e na internet, teve que fazer um grande alojamento, para os funcionários que eram todos de fora da comunidade. Para outros, foi alugado casas em pequenas cidades a dez e quinze quilômetros de distancia do local.

O Arquiteto e o engenheiro muito arrogantes disseram que os nativos eram preguiçosos e não queriam trabalhar, só ficavam pescando e dormindo de rede.

A empresa responsável pela engenharia e arquitetura, veio com um grupo fechado de funcionários, na parte de administração, engenheiro e arquiteto. Mas, tinha um grupo de arqueologia, a parte que precisava fechar o quadro de supervisores e de oito vagas para mão de obra “pesada”. O anuncio posto na internet, foi visto por acaso, por um aventureiro curioso muito inteligente, mas com pouco prestigio, apenas por ser afrodescendentes. Ele resolveu se inscrever pela internet mesmo, achou interessante este trabalho de supervisor de arqueologia. Lá já tinha um arqueólogo uma geóloga e uma historiadora. Havia duas vagas para supervisor. Ele e mais dez pré-selecionados, foram chamados para entrevista e dois foram aprovados, pelo arqueólogo Dr. Paulo, um senhor muito simpático, de cabelos grisalhos, que gostou muito de Rômulo e uma menina chamada Eliana, uma bela morena, de estatura mediana.

O serviço de arqueologia era muito delicado. O campo de trabalho era classificado como sítio, divididos em alas; ala norte, ala central, ala sul, etc. Dentro das Alas era feito varias sondagens, de um metro cúbico, separado mais ou menos cinco a dez metros de distância, se a sondagem fosse fértil, ou seja, se tivesse muito material arqueológico, abriria uma trincheira significa que, cavava mais um metro cúbico para o lado mais fértil da sondagem, ou aprofundava com muita cautela, toda terra retirada do local, era peneirada. La era encontrado pedaços dos objetos utilizados pelo povo que viveu ali, em varias épocas. Cachimbos, louças, machadinhas feito de pedra, pratos e louças portuguesas etc. Esse material todo era coletado registrado e feito uma avaliação e estudo da época que foi utilizado. Alguns deles quando possível era restaurado.

A obra já estava atrasada mais de quinze dias, devido ao primeiro imprevisto, por isso o arquiteto e os mentores da obra, resolveram pegar no pé da arqueologia para adiantar o trabalho. Assim começo o primeiro desentendimento entre o pessoal da engenharia e a arqueologia. Porque todo e qualquer buraco aberto na área, teria que ser feito pelo grupo de arqueólogos e seus auxiliares e o trabalho era lento. Mas, o problema é que Dr. Paulo também tinha um chefe e o arquiteto Douglas, um homem gordo e arrogante, ele foi ate este chefe do senhor Paulo, conseguiu mudar algumas coisas com o órgão que monitorava a Arqueologia. Antes da nova ordem, cada sondagem de um metro cúbico era concluída em dois dias, com ela fértil poderia durar ate quinze dias ou mais por metro cúbico, e com a nova ordem, era para fazer uma sondagem por hora assim os ajudantes da engenharia também vieram para a área de arqueologia e começaram a cavar no ritmo deles. Rômulo, Eliana e Julia a historiadora que chamava a atenção por ser uma loira bonita sem muita frescura e colocava o pé na lama quando precisava, faziam a supervisão.

Até que em uma das sondagens, quando um servente da engenharia estava soltando a terra com a picareta ,Rômulo viu uma coisa diferente, antes disso houve uma ventania repentina, que parou depois do grito de Rômulo, que pulou dentro do buraco, todos vieram ver o que era e delicadamente tirou a terra e todos, viram que era um crânio humano que foi partido pela picareta do servente da engenharia e Arquitetura. Com o acontecido, o arqueólogo foi chamado, lá chegando, ele viu o engenheiro e o mestre da obra cochichando separadamente e viu o crânio ao mesmo tempo fez uma ligação que mudaria os planos da engenharia, ao ouvir a conversa, que a arqueologia teve com o chefe deles retornando toda liberdade para arqueologia. Então começou uma discussão. Que não levou a lugar nenhum. Porque os arqueólogos começaram a mobilizar setenta por sento do pessoal deles, para aquela Ala, próximo desta sondagem. Por causa disso, seis serventes da engenharia foram dispensados por tempo indeterminado. Já que os serviços iriam demorar e alguns deles iriam ficar sem ter o que fazer.

Ao chegar à noite um destes funcionários dispensado, morre atropelado, no outro dia chega a noticia na obra. A noticia foi aceita normalmente pelos pião e todos em redor.

Ao dar continuidade ao trabalho, mais ossadas humanas foram encontradas, quase todas próxima uma das outras, dois dos homens que foram dispensados, e moravam juntos não estavam satisfeitos com a situação e foram visitar a obra, com má intenção em um dia de domingo à tarde, ao chegarem no local, que não tinha segurança, nem vigilância nenhuma, os peões insultaram os mortos e urinaram no buraco, onde estava o esqueleto, enquanto um deles sai, o outro que fico mais um tempo, se assustou com canto de um gavião e caiu no buraco, lá no buraco ele chutou o esqueleto e saiu nervoso, sem falar nada com o outro que estava a uma boa distancia, e ao chegar perto, percebeu que ele estava assustado. No caminho de volta para casa, beberam algumas cervejas e outras coisas mais, quando chegaram a casa, os dois bêbados, eles tiveram uma briga muito seria, um deles matou outro, o assassino levou o corpo para o mato, e o enterrou, já em casa ele esqueceu o fogão ligado com o gás escapando, já era noite, e estava escuro ele chegou em casa acendeu a luz e a casa explodiu, ele morreu queimado.

Neste mesmo momento os nativos da comunidade onde a obra era realizada, estavam se reunindo para um ritual. E Rômulo tinha chamado Julia, para passear no local, já que eles se davam muito bem. Lá eles viram o ritual, e ficaram abismados porque no altar tinha um crânio e estava sendo colocado mais dois, além disso, surge um velho senhor do nada e fala:

- vocês tem que ir embora enquanto há tempo.

Quebrando o clima que rolava entre eles, era pra ser uma noite de diversão, mas tudo acaba em um grande suspense. No dia seguinte eles ao chegarem ao trabalho, viram o estrago feito na escavação e enquanto Julia ligava para o seu chefe, Rômulo muito furioso partia em direção ao mestre de obra, para um conflito, mas foi contido por colegas, ficou apenas em agressão verbal, o pior foi que, ninguém da engenharia tinha visto ainda o acontecido, quando o mestre de obra vê , ele sorrir ironicamente e olha para Rômulo. O acontecido, na verdade, era um crime federal por ser um patrimônio da humanidade, mas ninguém sabia quem foi o autor e as autoridades estavam fazendo pouco caso daquilo.

No dia a dia, de qualquer obra grande, sempre existia alguns desentendimentos, entre os funcionários. E em uma delas um funcionário que era apelidado de trovoada, por ser gordo e ter um timbre de voz bem grave, foi provocado por outros colegas que estavam no andaime juntos com mais quatro ajudantes, eles começaram a rir de trovoada. Como ele era muito forte, mas era bem devagar ele pegou o pé do andaime balançou e derrubo todos, três deles foram parar no posto de saúde, com isso gerou a vontade vingança entre os hospitalizados, armaram uma emboscada para Trovoada. Juntaram uma turma e espancou Trovoada, ele morreu acidentalmente, ao tentar se defender, escorregou e bateu a cabeça bem forte no meio fio.

Já eram quatro mortos e o trabalho continuava bem lento, porque tinha bastante material, nas imediações da obra, isso causa mais irritação ao engenheiro que resolveu por fogo na relação entre os arqueólogos e serventes de engenharia e falou:

- Por causa deles os arqueólogos, vocês poderão ficar sem trabalho, pensem nisso.

Isso gerou uma repercussão muito ruim, tanto que no dia seguinte quinze homens cercaram os arqueólogos, e simplesmente ninguém falou nada. Mas foi uma coisa para intimidar, por isso doutor Paulo começos a andar armado. Uma semanas depois a quantidade de esqueletos aumentou, a obra estava com segurança, dia e noite, mas isso não intimidava os ajudantes, que tentando disfarçar como um acidente joga um carro de mão cheio de pedra, em uma das escavações. O outro foi ajudar e caiu no buraco também, resultado, mais esqueletos perdidos. No dia seguinte estes dois funcionários foram mortos atropelados por um ônibus. Dai Rômulo começa a desconfiar das mortes e vai ate a vila de moradores, onde ele vê seis crânios no altar da capela na vila e vai procurar Julia, para que tente entender junto com ele, a situação. Ela não acreditava muito nesta relação feita por ele, mas, estava acompanhando para tentar esclarecer. E eles foram procurar o velho que alertou, no ultimo domingo, não o encontrou depois de procurar e perguntar na vila, chegaram na capela e o velho senhor aparece novamente de repente como da outra vez e pergunta:

- Estava a minha procura? Venham comigo.

Eles foram para dentro do mato em um espaço estranho onde ele parecia morar, uma morada bem diferente, difícil de ser encontrada. Ele fica um tempo em silencio e depois de acender alguns incensos ele pergunta:

- O que vocês querem comigo? Já disse que vocês deveriam ter ido embora, ainda há tempo para vocês.

− Porque temos que ir embora? Disse Rômulo

- Existem coisas do passado que não devem ser resgatadas, é perigoso.

– É por isso que aqueles crânios na capela estão aumentando? Nós temos alguma coisa haver com aquilo?

Julia fica apenas ouvindo o questionamento de Rômulo, meio sem acreditar.

O velho senhor fica calado um tempo e começa a contar uma historia.

“- Era um povo bem pacifico, em uma época muito diferente, onde tinha um senhor que era o mestre de todos. O curandeiro, ele era tudo para a comunidade, e eles faziam o que o curandeiro queria”. Só que chegou um povo diferente na comunidade eles eram estrangeiros e queriam que o povo local, nosso povo, trabalhasse para eles, ninguém queria, mas eles não desistiram, fizeram propostas e propostas, até que um dos estrangeiros disse, não vai por bem vai por mal, e começaram a bater em um dos nativos, os outros tentaram ajudar e foram surpreendidos por uma arma que não era muito conhecida entre os nativos, um dos nativos tomou um tiro e caiu, os outros assustados recuaram, e os estrangeiros levaram dois homens para trabalhar forçadamente e três se ofereceram. no dia seguinte os homens voltaram, chicoteados e muito cansados do trabalho que foram forçados a fazer, mesmo os que foram de boa vontade. Quando o curandeiro viu, ele resolveu tomar uma atitude e disse:

- Nenhum de vocês, vai trabalhar para esses homens, nem hoje nem nunca.

Um soldado que atrasou e fico na comunidade por acaso, acabou ouvindo tudo do que curandeiro falou, ele correu para o alojamento deles. Onde ele procurou seu líder e falou o que ouviu e também alertou que eles seguiam ordem deste curandeiro. O chefe estrangeiro pensou então vamos pegar o chefe deles e o fazer trabalhar, assim os outros trabalharam, foi dado à ordem para pegar o curandeiro eles seguiram ate a comunidade onde invadiam as casas procurando o curandeiro e o encontrou ajoelhado dentro de um espaço, que parecia uma sala de oferendas. Os soldados com medo não quiseram entrar, e a missão não foi comprida, no dia seguinte eles vieram com o sargento e levou o chefe curandeiro. Muito maltratado no caminho, quando eles chegaram, o curandeiro totalmente ensanguentado, foi jogado aos pés do chefe estrangeiro, e o líder estrangeiro falou:

- Você é o bruxo da comunidade, né? E também o líder? Mas agora você vai segui minhas ordens.

O Curandeiro levantou, olhou nos olhos do Chefe Estrangeiro. E falou:

-Meu povo é forçado a fazer o que não quer, eu não deixarei isso acontecer com o meu povo, e se vocês me fizerem algum mal terá um resultado igual, para seus homens, então eu sugiro que faça seu trabalho, sem tocar em meu povo, para não ter nem um problema. E também nunca terminara esta obra.

Depois de ouvir atentamente o Curandeiro, o Estrangeiro, sorriu das palavras firmes do velho sem acreditar nele, e mandou cortar a cabeça dele na frente dos seguidores e trazer para a obra, antes dos soldados o pegarem, ele gritou para o estrangeiro;

-Para cada um meu terá três seu e ele ficou repetindo isso em uma língua estranha, até arrancarem a cabeça dele, na frente do seu povo. Após a sena de degola, os soldados levaram a cabeça para a obra e deixaram o corpo do Curandeiro na vila.

No outro dia, com os nativos ainda chorando a morte de seu líder. Os soldados foram à comunidade pegaram os quinze homens pra trabalhar e nem um deles quiseram trabalhar por isso foram mortos.

E os soldados também começaram a morrer. De quarenta e cinco pessoas que estavam com a expedição estrangeira, sem contar as mulheres, todos morreram com acidentes estranhos, e ele não conseguiu o objetivo que esperava querendo e foi morto também. ”

O velho ao contar este fato, ele complementa, ninguém conseguiu terminar esta obra ate hoje, porque morre muita gente misteriosamente, algumas pessoas falam que existe uma maneira de quebrar este feitiço.

E Rômulo acreditando nisso perguntou ao velho que já estava saindo da casa onde morava.

-Como pode ser quebrado este feitiço?

Dai o velho falou;

-é simples, tudo tem que esta em seu devido lugar.

E ele sumiu da mesma maneira que apareceu.

Rômulo e Julia ficaram abismados com a(há) historia e foi contar para o arqueólogo chefe e no meio do caminho ficaram tentando decifrar o que o velho falou

-tudo tem que esta em seu devido lugar. O que ele quis dizer com isso?

- Rômulo, eu também não entendi , vamos falar com doutor Paulo.

Ao chegarem à obra eles se surpreenderam com mais uma morte, um pião caio do andaime e quebro o pescoço. Eles param para pensar e ambos chegaram à mesma conclusão, que ninguém iria acreditar neles, então eles teriam que agir sozinhos. Mas eles tinham que da um jeito de para a obra, se não, muito mais gente iria morrer. Então eles tentaram convencer os arqueólogos a embargar a obra sem fala o motivo exato. o chefe. Dr. Paulo disse:

-Eu não estou entendendo vocês, acho que tem outra coisa que vocês estão escondendo de mim.

Dona Morgana, uma senhora que era a vice-diretora além de geóloga da empresa de arqueologia, muito rígida com seu trabalho, queria uma explicação para o que eles queriam, ela era uma boa pessoa, mas, não admitia erros, além disso, era cheia de segredos com um baú que vivia trancado.

Rômulo e Julia se olharam e tentaram enrolar, mas não conseguiu enganar doutor Paulo e acabo contando para o arqueólogo, no final da história, a doutora Morgana perguntou:

- E vocês acreditaram nisso? Como é que vamos parar a obra alegando que existe uma maldição neste lugar? E todos vão morrer. Não podemos fazer nada, se falarmos isso para nossos superiores, vão chamar a gente de maluco.

Dr. Paulo, muito pensativo, olhou para os dois e viu no olhar que eles estavam muito amedrontado e até acreditou que eles não estavam inventando esta estória, justifica as mortes que estão acontecendo e ele disse:

- Me leve até este senhor que falou isso com vocês

Dona Morgana não estava gostando da ideia do Dr. e ficou estressada com ele, saiu da reunião chamando todos de doido. Na sala ao lado ouvindo toda conversa, estava à outra auxiliar, Eliana.

Eliana tinha uma vida sexual, muito ativa ela era muito dada e não tinha obstáculo para ela querer um homem, toda a administração já tinha ficado com ela. Mas ela tinha um grande desejo por homens autoritários, estava querendo o engenheiro Pablo, boa pinta, que era casado, mas maltratava muito a esposa, que tinha um filho com ele.

Ela procura Pablo o engenheiro, e para ganhar a atenção dele, falo que tinha um assunto muito importante sobre a obra, Ele já tinha percebido os olhares dela há um tempo e se aproveitou da situação, marcou um encontro com ela, sem se interessa muito no que ela tinha para dizer. As vinte e três horas da noite, dentro da estrutura da obra.

Ninguém viu os dois conversando, e logo depois ele saiu deu um tapinha ousado nela. Eliana olhou para ele sorriu e ficou muito ansiosa para se entregar para Pablo. Ao chegar à noite ela sem paciência se arrumou toda e saiu sem que ninguém percebesse, chegou meia hora antes do combinado, ficou esperando no local marcado, quando de repente ela ouviu um barulho fora da sala da obra e sai pra ver, eram as folhas que balançavam forte, ela chamou Pablo, pensando ser o engenheiro, mas, não teve resposta, ela então com uma lanterna na mão, foi em direção à mata, e foi adentrando chamando ele achando que ele estava brincando com ela, as arvores parecia que atraia mais ela pra dentro, quando á mais ou menos cinquenta metros, do local marcado, ela caiu em uma ribanceira com três metros de altura, quebro o pé e desmaiou. Pablo chegou ao local vinte e três e quinze e ficou esperando ela até vinte e três e quarenta e cinco, foi embora muito irritado com o bolo que supostamente ele tinha tomado, além disso, tinha esquecido o celular, quando chegou na casa que a empresa alugou pra ele e a família, Pablo ainda encontrou a mulher acordada , ela começou a discutir com ele e falou:

- Liguei varias vezes para você porque não atendeu?

Ele irritado tomou duas doses de uísque, agrediu ela fisicamente e logo depois a violentou sexualmente a mulher com medo que o filho de dez anos acordasse, fez o possível e não gritou, e logo após o ato passou a noite em claro.

Enquanto isso, na obra dentro do mato, Eliana acordou duas horas depois da queda toda suja e com o pé quebrado, procurando o celular, tudo estava muito escuro ela resolveu pegar a lanterna para procurar a celular, foi picada no braço por uma cobra, ela gritou bem alto, mas, o segurança estava bem distante com um fone no ouvido ouvindo musica, o outro estava no banheiro. Nenhum dos seguranças viu Eliana entrar, nem o Pablo. Eliana encontra o celular, mas, o veneno da cobra fez efeito muito rápido e ela não conseguia se mover direito ela ainda digitou a letra P e ligou, a cobra picou ela novamente a ligação nem foi completada.

O dia amanheceu e a mulher de Pablo, muito depressiva com muita raiva, pegou uma faca de cozinha foi em direção a Pablo que estava em um sono profundo e o esfaqueou, logo depois arrumou as malas acordou o menino e sumiu com o filho.

As horas se passaram, e antes do horário de trabalho, Dr. Paulo, Rômulo e Julia foram até a comunidade procurar o homem misterioso, que contou sobre a maldição, eles chegando lá foi ate o salão onde os nativos se reuniam, no altar já tinha nove crânios. Rômulo olhou para Julia e disse:

-Não pode ser! Morreram mais duas pessoas da obra, quem pode ter sido?

E logo depois foram na casa do velho e não encontraram nada lá, nem a casa. Dr. Paulo começou a questionar, sobre a confiança que ele tinha em Romulo e Julia , eles disseram que tinha uma prova, e chamou ele de volta ao salão dos crânios de barro, lá ele disse:

- Esta vendo aqueles crânios de barro ali? Eram sete ate ontem, porque tinha sete mortos, hoje tem nove, é porque morreram mais dois.

- Vamos trabalhar e parem com esta loucura. Entrem no carro e vamos embora.

Rômulo insistia, Dr. Paulo se irritou e disse:

- Se continuar, vou deixar vocês aqui para irem andando.

De repente o telefone toca, era Dra. Morgana, o que ela falou deixou Dr. Paulo de boca aberta, Julia e Rômulo apreensivos e ansiosos, querendo saber o que era logo depois que ela desligou o telefone ele falou:

- Pablo foi morto a facadas em casa na cama, as pessoas acham que foi a própria mulher, já que ele batia nela. E não tem nada dela em casa.

E ficaram um tempo no carro parado, todos em silencio, logo ele já foi tentando frear os dois e disse:

- Foi uma pessoa que morreu vocês falaram que eram mais duas. Vamos embora.

Todos estavam, chegando para trabalhar abalados, mas não podiam para a obra.

Já era oito e trinta, a tolerância máxima para atrasos, ninguém estranha o atraso de Eliana que estava sempre atrasada mesmo. Deu nove horas e dona Morgana pede pra Julia ligar para Eliana, o telefone toca, toca e ninguém atende. Julia ai falou:

- Ela costuma atrasar, mas não falta assim, sempre que tem um problema ela avisa. Vamos ver se ela liga mais tarde.

Rômulo quando soube que Eliana não apareceu para trabalhar e não deu satisfação já ficou desconfiado e disse:

- Aquela dali é uma Periguete de carteirinha, mas é responsável no trabalho.

Após o almoço, mais ou menos quatorze horas Julia e Rômulo começaram a ligar para as pessoas que Eliana andava mas, ninguém dava noticias dela. Enquanto isso, lá na obra, de vez em quando, um dos piões dava uma fugidinha adentrando o mato, para fumar a erva da paz, dessa vez foram dois, Pirulito e Doca. Já no mato fumando um baseado, Doca ouviu um som de um celular, e disse;

-Mano! Essa erva é da hora, estou até ouvindo o som do celular que eu quero comprar para minha patroa.

- É verdade porque eu também estou ouvindo?

Dai se olharam, e saíram procurando o celular. Só que parou de tocar, quando eles já estavam desistindo, o celular tocou de novo, agora bem mais perto deles, daí Doca quase cai onde Eliana caiu e pirulito o segurou, lá eles avistaram o celular, a lanterna e o corpo de Eliana. Eles desceram a ribanceira, Doca pego o celular e Pirulito pegou a lanterna Doca perguntou:

-Ela está morta?

Pirulito baixou ao lado do corpo, colocou o ouvido próximo à boca de Eliana e disse:

-Acho que sim. Vamos retornar a ultima ligação e avisar.

-E se o mestre bola, “era como eles chamavam o mestre da obra” se ele perguntar o que a gente estava fazendo aqui?

Pirulito responde:

- A gente diz que ouviu o celular e viemos procurar.

- Mas eu queria ficar com o celular, ela não vai querer mais mesmo.

Foi quando o celular tocou mais uma vez e Doca tomou um susto tão grande que derrubou o celular, Pirulito rapidamente pegou o celular, mas, ficou na duvida se atendia. No quinto toque ele atendeu, mas ficou em silencio. Do outro lado da linha estava Julia e percebeu que alguém tinha atendido, ela ansiosa ficou falando:

- Alô Eliana, Eliana fala comigo.

Pirulito foi curto e disse:

- Eliana esta morta, quem esta falando é Pirulito e eu preciso de ajuda aqui.

Julia muito nervosa não conseguia nem pensar direito, daí Rômulo que estava sempre com ela, tomou o celular e disse:

- Quem esta falando?

E Pirulito já nervoso disse:

- É Pirulito, eu preciso de ajuda aqui meu irmão, manda alguém pra cá, quem fala ai?

- Aqui é Rômulo da arqueologia. Onde você esta?

Rômulo ao ouvir a resposta de pirulito disse para Julia.

- Julia, chama a ambulância que eu estou no celular qualquer coisa me ligue.

E foi correndo até o local oito a dez minutos depois, ele chegou lá com mais dois ajudante, com a ajuda dos gritos e chamado de Pirulito.

Chegando no local, Rômulo logo percebeu que Eliana estava realmente morta, e começou a fazer varias perguntas aos ajudantes, Pirulito e Doca.

- Como ela chegou até aqui?

-Não sei.

- Como vocês a encontraram?

- A gente estava no mato fazendo o numero dois e Doca ouviu o celular.

- Vocês tocaram no corpo?

.- Não, o celular e a lanterna estavam no chão.

- Lanterna! Que lanterna? Essa que esta na sua mão?

- Sim

Dai, Rômulo deduziu que ela chegou até aqui à noite, ou alguém trouxe, quando olhou no corpo dela tinha alguns arranhões e no braço ele viu a picada da cobra. E disse:

- Ela caiu aqui e foi mordida por uma cobra, vou ligar para Julia. Julia chame o IML que ela esta morta, eu vou ligar para policia, aparentemente foi um acidente, mas temos que ter um trabalho profissional.

Meia hora depois todos os funcionários da obra estavam no local onde Eliana morreu, e Rômulo liga para Dr. Paulo que já sabia do acontecido, e ficou perplexo sem saber o que dizer. Mas tomou uma decisão, pegou o celular que estava tocando e atendeu o chamado de Rômulo e foi logo falando:

-Não podemos parar a obra, mas podemos tentar decifrar o que o velho maluco falou.

- Dr. Paulo, eu concordo em partes, mas outras pessoas podem morrer e eles são inocentes, não tem nada haver com isso. Por isso temos que parar a obra.

- Não podemos, nós não temos argumento para isso, eles vão me chamar de maluco e pode ate caçar meu diploma.

- Mas Doutor tem mais de trinta pessoas trabalhando aqui se não conseguirmos decifrar e acabar com essa maldição, até nós podemos morrer, não sabemos quem é a próxima vitima. Pode ser eu ou o senhor.

– Depois a gente conversa deixa resolver o problema de Eliana.

- Ok ate mais tarde.

Logo depois a policia chegou, isolo a área e fez uma pequena pericia e perguntou quem encontrou o corpo , Pirulito levantou a mão e Doca se escondendo , foi empurrado pela galera e levantou a mão timidamente. O perito chefe, com um cigarro na boca, disse com uma voz autoritária:

- Vocês destruíram tudo e não podemos trabalhar direito, Vocês tocaram no corpo? Alguém tocou no corpo?

Todos balançando a cabeça negativamente. E o colega policial chegou e falou:

-Chefe vem ver uma coisa, ela seguiu numa trajetória diferente do pessoal e não estava correndo e também só tem o rastro dela por aqui, isso quer dizer que só precisamos saber o que ela veio fazer aqui à noite? Já que ela estava com uma lanterna, no resto, foi acidente ela caiu aqui e foi picada no braço por uma cobra e ao tentar se movimentar a cobra pico ela de novo. O IML deve confirmar na autopsia, as outras coisas serão utilizadas como prova, o celular, a lanterna, tudo, Já liguei pra eles que estavam vindo porque outra pessoa tinha ligado.

-Bom trabalho. Vamos convidar os rapazes que acharam o corpo, para dar um depoimento, só para seguir protocolo, eu quero dar uma olhada no celular antes de entregarem.

Quando um dos policias pegou o celular que já estava no saco e entregou ao chefe, e ele olhou as ultimas ligações feitas só que ele não sabia mexer no celular e pediu a ajuda do outro perito que conseguiu identificar a ultima ligação feita, a uma e quarenta para Pablo e o Policia chamou Rômulo e pergunto:

- Você conhece algum Pablo?

- É o engenheiro da obra, Por quê?

–Foi a ultima ligação que ela fez.

- Mas Ele também esta morto, foi esfaqueado hoje de manhã.

- Eu vi este caso, foi o outro DP quem pegou, ele trabalhava aqui também?

- Sim, é estranho não acha?

- O que é que você achou estranho?

- Nada, esqueça.

– Se tem alguma coisa para falar, fale logo.

- Não é besteira de minha cabeça.

- Agora você pode ser preso por não favorecer as investigações, fala logo.

- Ta bom senhor, é que já morreram nove pessoas nesta obra, não é estranho?

- É verdade isso? Então eu quero que você vá ao meu departamento pra contar esta estória direito.

O perito não deu muita importância e também a policia já estava se arrumando para ir embora, porque o IML estava já fazendo o trabalho deles.

Ao chegar o dia seguinte, Julia foi visitar a família de Eliana que estava de Luto, lá encontrou alguns colegas de trabalho e parentes de Eliana, ela era de uma cidade a mais ou menos 20 km do local de trabalho e eles ainda estavam esperando o corpo.

Dai ela conversou um pouco com os familiares e amigos depois volto para o local de trabalho. Dr. Paulo marcou uma reunião, com seus funcionários de administração e supervisão, para tentar resolver um problema que nunca pensou que iria ter. Com todos os presentes, Dr. Paulo, já foi direto ao ponto tentando convencer dona Morgana, ela ainda estava achando que era loucura, mas Paulo contou tudo que aconteceu, quando ele foi à comunidade vizinha da obra , para esclarecer o que Rômulo e Julia tinham dito, sobre as mortes. Ai Dr. Paulo falou:

- Todos os Historiadores falam que esta obra teve sua construção finalizada, o pessoal da vila disse que nunca conseguiram terminar, eles podem ter razão, porque durante as escavações, nós não encontramos nada, que esteja relacionado ao teto da estrutura.

Ai dona Morgana discorda e fala:

- As telhas e todo este material pode ter sido saqueado pelos nativos da época, para as construções da região.

Rômulo impaciente fala:

-Temos que parar a obra o mais rápido possível.

Julia concorda e senhor Paulo fala:

-Eu vou me arriscar com o pessoal, vou tentar marcar uma reunião à tarde, mas antes vou fala com uma pessoa de minha confiança, ela vai ajudar com isso. Vamos trabalhar normalmente , qualquer novidade eu ligo.

Ele pegou o telefone e conseguiu marcar a reunião.

Já na capital, Dr. Paulo foi até a sala da suposta amiga, dele um pouco antes da reunião. Esta pessoa era um amor antigo de Dr. Paulo. E com ela, trocou abraços beijos e começaram a falar da estória amorosa deles, dona Áurea era uma coroa que não parecia ser tão velha ela se preocupava muito com a saúde. Então Dr. Paulo falou:

- Estou com um problemão, só você pode me ajudar.

- Você nunca me procurou para resolver problemas de trabalho, deve ser muito serio mesmo, para você me procurar assim.

- Sente para não cair.

E começou a contar o caso. Ao terminar, Paulo ficou com medo da reação dela. Mas, ela acreditava muito nele e disse;

– O Claudio não vai acreditar nisso, foi bom você ter me contado. Faça o seguinte; cancele a reunião com ele, diga que teve uma emergência e você teve de sair, eu faço o resto, vou levar ele até lá para você conversar com ele.

- isso tem que ser o mais rápido possível.

- tudo bem.

E Paulo foi embora.

Enquanto isso, na obra, o pessoal da administração fala que esta precisando de outro engenheiro e o arquiteto Rodrigo fala que consegue uma pessoa. Sobe para ver como esta à obra, ao chegar à sala onde foi descoberta uma escada ele se decepciona, porque não andou muito, esta no terceiro degrau ainda. Ele pergunta para o mestre da obra:

- porque não saiu do lugar este serviço? Porque esta lento assim?

– O trabalho está lento porque é a arqueologia que esta fazendo, não posso fazer nada senhor.

E ele recebe um telefonema, eram os financiadores, da obra. Perguntando como andava a obra, Rodrigo ficou sem saber o que falar. E mudou de assunto. Depois o Patrocinador disse:

-Quero saber como esta à obra?

- Muito bem senhor, mas ouve um imprevisto aqui. Nosso engenheiro teve um problema e a gente precisa contratar outro.

O patrocinador irritado, o corta e fala:

- Não quero saber dos problemas pessoas de ninguém, quanto mais vocês demoram, com esta obra, mais dinheiro eu perco vai ficar sem engenheiro você pode assumir esta parte.

- Tudo bem tudo bem.

Enquanto isso, Rômulo e Julia ficaram tentando desvendar, o que o velho misterioso falou, e Julia, repeti o que o velho falou, com outras palavras:

- Ele disse que é para colocar as coisas no lugar de origem, naquele ano houve uma degola, então eu acho que já sei. A gente precisa achar a cabeça do líder dos nativos que foi degolado, e levar para a capela. Ela deve esta em um lugar de difícil acesso para os nativos, na época. Então não esta entre estas que nos achamos. Mas na duvida, a gente remove e coloca todas lá.

Rômulo não concorda, ele coloca um obstáculo claro.

- Como vamos convencer. Dr. Paulo e principalmente dona Morgana, ainda tem o presidente do órgão que fiscaliza os sítios arqueológicos e patrimônios?

– É eu não pensei nisso.

– Já sei a gente precisa de outros crânios, para colocar no lugar dos originas.

- Sim, mas onde vamos conseguir esses crânios? Agente vai virar ladrão de cova?

Assim os dois ficaram pensando em uma solução para a única ideia além procurar o crânio escondido.

Enquanto isso Dr. Paulo, espera um telefonema da amiga Áurea que é funcionaria muito importante no órgão nacional de patrimônios históricos. E ele também muito preocupado. O dia se passou e neste dia houve mais duas mortes envolvendo funcionários da obra, somando onze no total. E um pouco antes de chegar a casa ele recebe um telefonema que esperava, Dr. Áurea marca com ele, e diz para esperar eles no dia seguinte, entre nove e onze horas da manha. E ele revela as outras mortes para ela. Ela se assusta e fala:

-Amanha a gente conversa.

Julia também liga para Dr. Paulo para saber noticias, ele responde:

- Amanha o chefe estará aqui.

E ela também fala para ele à conclusão que chegou com Rômulo. Sobre o enigma do velho

Ele concorda. Mas, manda esperar a vinda de Claudio e Áurea para ter uma conversa com o grupo, ainda fala que quer Rômulo e ela presente. Para ser mais convincente.

Ao chegar o dia seguinte na obra, todos silenciosos e ansiosos esperando o chefe geral.

De repente surgem dois carros diferentes na obra, não era dona Áurea e o Claudio, na verdade eram os financiadores da obra, fizeram uma visita surpresa. Foi ate a administração procurar o arquiteto ele não tinha chegado ainda, quando Rodrigo chega, ele toma um susto com a surpresa, e leva a maior bronca, por não esta no trabalho, todos os funcionários que ver e era subordinado a ele, rir, porque ele dava bronca em todo mundo.

Em seguida ele leva o pessoal para ver a obra e tenta enrolar e diz que a obra esta bem.

E um dos patrocinadores fala:

- Porque está todo mundo com cara de velório aqui?

- É que morreu uma pessoa muito querida por todos aqui, mas, esta tudo normal.

- Era funcionário?

- Sim era

- Que dia foi?

- A uns dois ou três dias atrás.

– Ela era querida mesmo, em?

- vocês não sabem como!

Enquanto isso, Já era 10hrs e o pessoal não tinha chegado para a reunião da arqueologia. Dr. Paulo então ligou para dona Áurea. Ela prefere não atender porque já estava há dois minutos dali e o telefone estava no silencioso.

Dr. Paulo já ficou preocupado, mas, é surpreendido com a chegada deles logo depois, daí ele passa a informação por radio para todos:

-Eles chegaram, pode vir todos pra reunião.

E todos descem pra sala de reuniões, todos se cumprimenta e começa a reunião dona Áurea prefere abrir a reunião e falar realmente qual o assunto sem tocar no termo embargar ou cancelar a obra. Ao terminar ela mesma pergunta;

- Tem alguma coisa para acrescentar Paulo?

– Foi exatamente o que eu passei para você, então eu prefiro que vocês digam o que fazer. Já que ouvi muitas mortes ultimamente. E tememos que venha a acontecer mais, queremos uma solução.

Mas, Rômulo fala sobre da conclusão que Julia chegou, sobre o velho.

Dr. Claudio fica em silencio um tempo e fala:

-Nunca me vi em uma situação igual a esta.

Dona Morgana o corta e diz:

-Ta vendo eu disse a vocês que isso é uma loucura não podemos parar a obra vocês são loucos.

DR Claudio com uma grande serenidade fala:

- Desculpa dona. Morgana, eu não falei nada para você concordar ou discordar de mim, nós somos uma equipe, precisamos tomar uma decisão que todos concordem. Quem discordar, precisa se explicar e encontrar outra solução. Como eu falava antes, eu estou diante dos melhores profissionais que já trabalhei, não posso deixar de acreditar neles. Nunca passei por esta situação. Mas, é preciso tomar uma atitude seria, com o que aconteceu. Pelo pouco que conheço Rômulo ele deve ter uma ideia para compartilhar conosco. Não é Rômulo?

Rômulo surpreso por ele já conhecer sua pessoa, perguntou rindo:

- Andou me monitorando?

– Mais ou menos, com a tecnologia de hoje a gente sabe tudo de quem quer. Apontando para o notebook que estava em sua mesa

Rômulo riu um pouco e disse impacientemente e sem pensar muito :

- Bom já que o senhor pediu minha opinião, eu acho que devemos fazer uma paralisação de um mês na obra, a gente inventa uma epidemia de algum vírus sei lá. Mas, temos que dar um tempo para a gente encontrar o crânio.

- Vírus, não pode dar certo Rom. porque a secretaria de saúde tem que ser acionada.

- Julia esta certa, Rômulo. E se assustarmos eles? Botarmos eles pra correr? Com fantasma, com a tecnologia isso é fácil hoje.

– Não Áurea, se alguém for embora eles colocam outro, os nativos já fizeram isto. Na verdade fazem ainda.

- Isso é verdade Paulo, eles realmente tentaram amedrontar a gente, mas Vamos tentar encontrar o velho que vocês falaram quem sabe nós damos sorte desta vez, sai mais gente procurando, eu vou com Julia, e Rômulo vai com Áurea é mais seguro o casal.

- Concordo, vamos agora mesmo não podemos perder tempo.

E Rômulo se levanta. Ao levantar ele percebe a entrada do arquiteto com os patrocinadores e o arquiteto fala ironizando:

-Seria muito interessante ver você trabalhando com toda esta pressa que eu ouvi Rômulo!

- Bom dia pra você também Rodrigo.

-Bom dia a todos estes são os patrocinadores da obra, acho que vocês já se conhecem, ou não?

Todos apertam as mãos, mas não deixam muita brecha para conversar e sai todo mundo. Deixando o arquiteto sem ter o que dizer para os patrocinadores. Eles invadiram a sala de reunião, foi uma falta de educação e recebem a retribuição.

Ao saírem da reunião fizeram o combinado, eles foram até a vila de moradores, lá se separaram e começaram a procurar o velho senhor.

Pergunta a um, pergunta a outro e com as respostas que ouviram eles perceberam que ninguém conhecia o senhor, Rômulo ligou pra Julia e perguntou:

-Onde vocês estão?

- Estamos na Capela esperando vocês.

Bem antes de Rômulo chegar, logo depois que ela desliga o telefone, o senhor aparece na capela de repente vem em direção a Julia, quando chega bem próximo, pega no ombro dela, que leva um grande susto e o celular cai na poça, que ela estava próxima. O velho fala:

-Porque ainda esta aqui? E quem é o coroa ai?

Seu Claudio no mesmo momento liga para Áurea e o telefone de Áurea além de ela esquecer no carro estava no silencioso. Ele não conseguiu falar para ela e Rômulo adiantarem. Então começaram a tentar tirar o máximo de duvidas com o velho, ele começou a andar e ele atrás ate que chegaram ao barraco dele sem responder nada, ele falou só uma coisa.

- Espere a menina já sabe o que precisa trazer de volta, então vocês precisão encontrar e fazer o ritual que é feito pela comunidade, colocando o achado no altar, existem pessoas na comunidade que podem ajudar, faça a pergunta certa que você terá a resposta certa.

E ele saiu sumiu de novo. Enquanto isso Rômulo e Áurea estavam tentando falar com eles desesperadamente e quando estavam saindo em busca do celular de Áurea lembrou que estava no carro de Claudio e a chave estava com Claudio. “a comunidade não é muito grande, mas as casas são distantes umas das outras, coisa de interior”.

Alguns minutos depois Julia e Claudio chegaram. E Rômulo perguntou preocupado:

-Onde vocês estavam? Pensei que você tinha dito que esperariam aqui?

- Foi, mas, nós encontramos o senhor e não conseguimos falar com você, meu celular molhou e seu Claudio ligou para dona Áurea ela não atendeu.

- O meu celular esta no carro de Claudio e a chave esta com ele.

- bom, o importante é que encontramos o senhor e ele deu uma luz. Disse que Julia já sabe o que fazer realmente, Vamos voltar no caminho nós contamos o restante, o primeiro passo é encontrar o crânio.

- Mas ele disse onde encontrar?

-Não Rom. ele falou: “vocês tem que fazer a pergunta certa e o povo respondera o que vocês precisam saber”.

Ai então Rômulo fala:

-Pare o carro.

Ele saiu e foi direto em uma casa, que tinha passado, mas, ninguém respondeu nada. Todos seguiram pedindo para ele voltar. Ele bem firme com sua atitude foi a um senhor que estava em uma rede na frente da casa e perguntou:

-Onde eu encontro a cabeça do curandeiro? O que tenho que fazer?

Ele percebeu que chamou a atenção do senhor porque ele parou de balançar a rede. Julia ficou desesperada puxando Rômulo e ele não saia do lugar, até que o senhor levantou olhou bem para Rômulo e disse:

-Você vai fazer o que deve ser feito?

- Sim vou onde posso encontrar?

- todos os nativos e outras pessoas que tentaram, foram mortos, mas eles ainda não sabiam onde encontrar. Porque todo nativo que entrou ali morreu, ela esta lá dentro em uma daquelas salas.

Estranhamente todo nativo evita falar os nomes crânio cabeça e curandeiro. Parecia ser a maneira dele de respeitar.

O velho da casa da comunidade vai em direção a sua casa e chama Rômulo. Ao entrar, Rômulo e seus acompanhantes veem uma historia contada na parede através de desenhos e Áurea já com o seu celular em mãos, finge que esta fazendo uma ligação e tira fotos de tudo sem ninguém ver. De repente uma senhora vem lá do fundo e bota todo mundo para fora sem deixar ninguém se explicar. Eles não gostam de visitantes porque os maltrataram durante muito tempo.

Rômulo e Claudio ficaram comentando sobre o que viram enquanto Áurea mostrava as fotos para Julia. E voltaram rindo da atitude da velha que colocou todo mundo pra correr.

Ao falar com Dr. Paulo, eles disseram o que aconteceu:

-Temos que voltar lá.

- Não precisamos, nós temos a tecnologia a nosso favor, eu tirei fotos com o meu celular.

– nossa Áurea! Como você fez isso sem a gente ver?

- Que bom, não precisamos voltar lá. Vamos ver então

-é ROM, na sala de reuniões tem uma TV vamos pra lá.

- É verdade, no final da tarde a gente vê isso, temos algumas outras obrigações agora. Falou Morgana

- Não, temos que ir embora ainda hoje, não é Claudio?

- Tudo bem, vamos lá então. Rômulo pegue a chave, por favor. E vamos rápido.

Ao chega à sala eles ligam a TV e conecta o celular no notebook e projeta a imagem para a TV que é bem maior. Eles conseguem ver mais detalhes das imagens na parede era realmente uma historia contada por desenhos. E Julia fala.

- Então tudo que o velho falou era verdade

- Olha só isso depois de mortos eles eram jogados aqui. Esta sala é onde pode estar o crânio do curandeiro do povoado.

– Mas onde é esta sala Rômulo? Ela é muito diferente.

- Eu lhe uma historia daqui, antes de vir para cá, que eles tinham uma espécie de jaula onde ficava uns leões e os escravos eram jogados lá. É dentro do castelo tinha um acesso de escada. Mas, isso é loucura não acredito.

Todos olharam para Morgana e quando ela terminou Rômulo e Julia, saíram direto para a obra onde tinha uma escada que estava sendo escavado, La eles encontraram os funcionários da arquitetura conversando com os da arqueologia e a obra toda parada. E Julia falou:

- Depois eles ainda falam que é a gente que atrasa tudo. Rsrsrs...

Eles mandão todos dispersar e só ficar o pessoal de arqueologia, e fala:

- Vamos acelerar, esta parte do trabalho aqui vai ser um intensivo.

Logo depois chegam Dr. Claudio e D. Áurea.

– Como estar ai? Falou Dr. Claudio

- Vamos tentar adiantar o trabalho aqui.

Rômulo, quando vê o ritmo lento do pessoal, ele toma a picareta deles e sai batendo no chão, ao redor do mesmo setor, para sentir o som, em um certo ponto ele percebe que o som é diferente, pede para eles afastarem e começa a cavar, com muita violência, em pouco tempo ele faz um buraco, que sai um cheiro que ninguém aguenta e acaba saindo de perto. E Rômulo continua e consegue colocar a picareta dentro do buraco para forçar e abrir, até que ele abre o suficiente para colocar a mão com um celular e clarear dentro do buraco, mas, o celular não tem luz suficiente para isso e ele pede para alguém ir buscar uma lanterna e Julia aproveita e diz;

-traga mascaras também, não, é melhor eu ir com você.

Enquanto a lanterna não chegava, Rômulo pediu para o ajudante Antônio, mais conhecido como Toni, para aumentar o buraco.

No caminho o ajudante José, o Zé, fala para Julia:

- Patroa, estamos com o horário de trabalho estourado, vocês vão pagar hora extra?

– Na volta eu libero todo mundo, só me ajude a levar o material que precisamos.

Ao chegar ao almoxarifado estava fechado por causa do horário e eles foram ao laboratório, lá ela pegou quatro capacetes com a lanterna acoplada e uma lanterna grande normal. E Julia disse:

- Pode ir embora você não precisa ficar, da para eu levar sozinha isso aqui.

– Valeu patroa...

E Julia sobe sozinha para a área , quando o telefone toca , era Dr. P. e ele fala:

- Oi Julia como esta as coisas ai? Eu tenho uma má noticia. ,

– O que foi? O que aconteceu agora?

– Um dos carros que esteve aqui com os patrocinadores se envolveu em um acidente, já perto da cidade e duas pessoas que estavam no carro morreram.

– Que horrível! Nossa, e quem foi que morreu?

– Não sei ainda, mas eles estiveram aqui, acho que esta ligada a o que estamos fazendo.

– Qualquer noticia você me liga. Nós encontramos alguma coisa aqui, mas não está claro. Eu ligo para o senhor também para informar.

– está bem estou terminando alguns trabalhos, atrasados aqui, mas estou atento a vocês.

– Tudo bem tenha cautela ai com o que faz.

– Eu estou no escritório! Você esta em campo é muito mais perigoso!

Horas antes, Dona Morgana, que saiu para casa mais cedo, logo após verem as fotos. E no caminho ela estava lembrando da ultima aventura onde conheceu um cara, antes de vir para esta obra. Ele chamava-se Gilberto. Gilberto era um mergulhador da região onde morava. E enxergou confiança em Morgana que resolveu contar sobre um navio, que teria encontrado em um de seus mergulhos, para ver se ele ganha alguma coisa com isso. Eles trocaram contatos e se encontram no dia seguinte começaram a sair como se fossem namorados e dois dias depois que se conheceram ele a convidou e levou para a terra dele. Depois de dias ele já estava apaixonado, pós era uma pessoa solitária, mas ela estava apenas curtindo o momento e ficou interessada no achado dele, em um dia, ele deu aula de mergulho com cilindro para ela que pegou muito rápido, no dia seguinte eles saíram para o local, com a experiência que tinha e o material moderno, encontrou o navio com facilidade, chegando lá ele desceu primeiro, foi ate o navio e olhou o lugar onde estava o corpo de Chico, um amigo que ele tirou a vida, mas não encontrou, com certeza os peixes comeram, a corda continuava lá. “Pensou ele”. Logo depois ele esconde a corda e sobe. Chegando lá em cima Morgana já estava pronta, apenas esperando ele que diz:

- Vamos encontrei, pode entrar. Vamos descer só é me acompanhar, com calma.

- Ta tudo bem, lá vou eu.

E os dois desceram para ver o navio, ao chegar próximo, ela reconhece que é realmente antigo e é de pirata, ele a leva até o quarto do capitão ela fica abismada com o achado. Quando ele abre outra porta, é surpreendido pelo cadáver desfigurado de Chico, Morgana também se assusta e fica querendo subir o mais rápido possível, e é contida por Gilberto se ele deixasse ela subir daquele jeito, era morte certa. Então o passeio acabou com um susto, mas ele não muito contente, levou ela para a praia onde tinha guardado um baú de moedas.

Ela ainda assustada perguntou:

-O que foi aquilo?

- Deve ter sido algum mergulhador que se afogo. Eu não tinha visto ele da outra vez. Quando voltarmos eu vou até as policia avisar. Ao chegar na praia vou avisar ao pessoal para vim ver. Não é ninguém conhecido

Já na praia ele leva ela até o baú, tira do esconderijo abri mostra diz para ela:

- Podemos viver felizes para sempre.

- Essas moedas são de ouro e pode valer uma fortuna.

- É, vamos fugir pra algum lugar e viver como marajá.

Morgana sem palavras com o que viu e com um olhar ambicioso que fez Gilberto mata Chico disse:

- Realmente podemos ter uma vida de marajá com este baú. Mas eu não posso sumir assim de repente.

-Porque?

- Eu assumir a restauração de uma obra antiga junto com meu chefe e vamos começar daqui a dois dias, minha equipe esta contando comigo, Dr. Paulo devi me ligar hoje mesmo. Mas eu prometo a você que vamos ficar bem com isso, depois do trabalho eu digo que vou viajar e fujo com você.

Ele fica triste, mas aceita e acariciando ela, diz:

-Vou te esperar até quando você quiser.

Ela, antes do achado iria dispensar ele e voltar para a sua vida normal, como ela também é ambiciosa disse:

- Vamos levar isso para outro lugar que aqui não é seguro.

- O que agente faz?

-Tira do baú e coloca roupas, e leva pra vila depois coloca em outro baú que não chame muito a atenção.

- é verdade la na praia, vai chamar muito a atenção do pessoal.

Tudo foi fácil até em casa, ninguém viu eles chegando. Ele morava sozinho e não era muito popular. Gilberto estava muito feliz, rico, com a mulher de sua vida. Morgana percebe que não pode ficar com as moedas, sem porque ele não daria a ela. Assim prefere entra na alegria dele diz:

-Temos que comemorar vamos tomar um drink

- Na geladeira tem cerveja, pega ai para brindarmos.

Morgana vai até a geladeira, pega uma cerveja grande coloca em nos copos, logo depois pega em sua bouça um sonífero e coloca dois comprimidos, no copo dele, enquanto ele terminava de guardar o material. Logo ao terminar, ele vai até a cozinha para preparar alguma coisa para comer, ela já estava na sala esperando por ele, e Gil queria mostrar que sabia cozinhar. Liga o gás do fogão mas não encontra o fosforo, ela já arrumada para ir embora sem ele saber, impaciente com sua demora, entra na cozinha pega no braço dele e ele acaba deixando o gás aberto ele fala:

- Você já esta arrumada? Tenho que fazer uma coisa rápida aqui, me espere por favor

E volta para a cozinha, desliga o fogão, vai para a sala, se empolga com Morgana, logo depois do brinde os dois viram o copo da bebida tomando toda ela. em seguida ela começa a acariciar ele como se fosse uma despedida, Gilberto começa a sentir-se mal, ele tinha problemas com alguns remédios o efeito do sonífero foi um veneno para Gilberto, ela vai para o quarto dele pega as moedas e coloca em uma sacola e vai em bora deixado Gilberto no sofá da sala, morto por overdose. Assim que Morgana sai do quarto, ela recebe uma ligação, era o chefe dela que precisava da presença dela urgente porque iria começar a obra. Dai ela fica sem tempo de fazer alguma coisa com as moedas, então ela compra um outro baú simples que possa trancar, e vai para o trabalho com ele, lá no trabalho ela sentiu que era seguro, porque na sala só entrava os chefes. Morgana ficou esperando a obra acabar para tentar vender as moedas, ela planejava derreter as moedas e vender no mercado negro, para depois fazer uma viajem de ida.

Já no momento atual.

Ele Já estava no quarto da pousada, pois cada chefe da arqueologia tinha uma suíte bem simples em uma pousada que fica próximo, a 10 quilômetros da obra. Para o lado oposto da comunidade mais próxima, seguindo para a cidade. Dona Morgana já estava no banho, quando um gato entrou em seu quarto, ela estava ate acostumada com este gato, que sempre ia ao quarto dela, em busca de comida. O gato estava passeando pela casa enquanto ela tomava banho, este gato estava procurando comida e subiu até a cama, mas derrubou o abajur de um jeito que quebrou e o fio do abajur ficou exposto no chão. Ela sabia que era o gato porque ele sempre entrava no quarto, mas, nesta hora a água do banheiro estava escorrendo para fora , e ela saiu chamando o gato, quando leva um grande choque, porque a água chegou atém o fio na mesma hora, ela cai em cima do abajur desacordada, e recebe mais cargas de energia, logo depois fica tudo silencioso.

E na obra, já escurecendo, Julia, Rômulo, Dr. Claudio e Dona Áurea, Ficam tentando descobrir os segredos do passado e livrar o lugar da ”maldição”.

Todos os ajudantes foram dispensados. Rômulo consegue abrir um buraco que da para passar se arrastando e Julia muito assustada vai também, Dr. Claudio e dona Áurea ficam do lado de fora apreensivo, e perguntando:

– O que vocês estão vendo? Falou dona Áurea

– Esta difícil respirar aqui e tem muitos ossos no chão, aqui era uma espécie de jaula mesmo. E tem outras passagens, vamos procurar mais coisas aqui.

Julia, com muito medo, ficava sempre próximo de Rômulo. Tinha muitos crânios no chão, mas, Rômulo de com certa intuição sabia que não era nem um deles, porque ele esperava uma coisa diferente, um destaque diferente neste crânio.

Depois de procurar a cabeça do curandeiro da vila, em quase todas as salas interligadas faltava uma e Rômulo entra nesta ultima sala e ele vê que tem um crânio bastante diferente da situação dos outros já que todos estavam quebrados e este até cabelo ainda tinha, uma coisa inexplicável. Eles teriam que remover este crânio para a comunidade. E Rômulo fala:

- Não podemos pegar nele de qualquer jeito, precisamos de saco, pá e outras coisas.

– Você esta certo, vamos pedir a seu Claudio pra pegar uma caixa lá em baixo.

– Não pode ser uma caixa grande porque não passara no buraco.

– Vamos falar com eles.

– Dr. Claudio precisamos do material de remoção da arqueologia e de uma caixa só esta caixa tem que passar neste buraco ou a gente tem que aumentar.

- Eu acho que se aumentarmos o buraco será arriscado, podem cair mais pedras e outra parede pode cair encima da passagem. Falou Dr. Claudio

– Vamos, podemos dar um jeito juntos.

E dona Áurea foi junto com Claudio ate o deposito ”laboratório” da arqueologia, lá encontraram muitas caixas, mas, todas grandes e Claudio vai ate o escritório e Dr. Paulo ainda esta lá e fala:

- O que você procura Claudio?

– Eles encontraram o crânio, mas, não pode remover precisamos de uma caixa de no máximo cinquenta centímetros, este baú serve, de quem é?

– De Morgana ela tem muito ciúmes deste baú.

– E a chave você sabe onde esta? É um caso de vida ou morte, ela vai entender liga pra ela.

– Espere um pouco vou ligar depois a gente resolve.

E ele ligou e ela não atendeu mais uma vez. Então Paulo fala:

- Não da para esperar?

Claudio já tentando quebrar o cadeado fala:

- Não, não podemos esperar.

E na terceira tentativa ele quebra o cadeado, abrindo o Baú, se surpreendem com o que vê.

– O que é isso?

– Você esta surpreso com o que esta vendo então não tem nada haver com isso, eu também vou querer saber, mais agora a prioridade é outra, depois agente precisa conversar sobre isso.

Claudio saiu e chamou Áurea, enquanto isso, Paulo tenta falar com Morgana e nada, e ele resolve sair para ver o que aconteceu e ao chegar à pousada, de dentro do carro ele vê a janela do quarto aberta às luzes apagada e fala para si mesmo:

- Ela esta no quarto, porque não atendeu ao telefone? Será que esta dormindo.

E ele sai correndo para o quarto, bate na porta chamando ela depois olha pela janela só que o quarto está escuro, ele entra pela janela e tenta acender as luzes e percebe que não tem energia com o celular ele clareia o quarto o suficiente para procurar ela e haver no chão quando ele percebe que ela não respira usa o celular para ligar, mas percebe que não tem jeito, ela esta morta.

Apenas os quartos estão sem energia, por isso que o pessoal da pousada não suspeita de nada.

Então ele percebe que foi um acidente e fica desesperado sem saber o que fazer e faz uma ligação

Enquanto isso, Rômulo esta com Julia na sala tentando remover o crânio sem danifica-lo, Julia com muito medo e olhando pra um lado e para o outro e de repente o celular de Rômulo toca e eles levam um grande susto. Principalmente Julia. Rômulo diz:

- É doutor Paulo, vou atender, pode ser urgente, oi doutor Paulo. Alguma novidade?

– É a Morgana...

– Alo Dr. Paulo, o que aconteceu com Morgana? Alo, alo,

– Ela esta, ela esta morta.

– Como assim? A onde?

– eu preciso de alguém de vocês aqui, estou apavorado com isso.

– agente vai resolver, calma estamos indo.

E desliga o telefone e Julia aflita querendo saber o que foi e pergunta

- O que foi? O que foi?

– Morgana, está morta e seu Paulo está apavorado, alguém tem que ir pra lá.

– Como? Não pode ser ela estava...

E Julia começa a chorar, Rômulo a abraça e diz:

- A gente precisa ser forte para encarar estas situações. É muito difícil, mas, é a realidade da vida. Vamos falar com seu Claudio e D. Áurea, para eles irem até a pousada. E agente fica aqui.

Após falarem com o pessoal de fora da sala, eles voltam a fazer a remoção do crânio. E seu Claudio vai para á pousada muito abalado com o acontecido e Áurea vai junto com ela e eles vão comentando sobre Morgana. Além de coisas boas. Claudio fala:

- Morgana tinha um baú, que Paulo disse que vivia trancado, eu teve que abrir por causa da necessidade da caixa, para o crânio.

-Mas, o que tinha no baú?

- Moedas de valor arqueológico e ouro encontrado em outras escavações, que ela monitorava. Ela coletava, mas, não registrava como objeto encontrado no sitio arqueológico tinha também outras moedas de ouro bem diferente.

- Mas como? Ninguém desconfiou de nada? Ela estava sozinha?

– Praticamente, porque os ajudantes não tem a liberdade de se envolver muito. Mas, vou tentar mudar isso. Foi bom, isso de certa forma tem seu lado bom.

– eu gostava dela, apesar de ela estar sempre de mal humor.

– não fale sobre o baú com Paulo, agente vai deixar passar este momento muito triste.

– sim claro...

Quando eles chegaram à pousada já tinha bastante, policia e curiosos. A polícia fez uma perícia e não foi difícil saber que foi acidente. Eles foram a procurar Paulo que não queria sair do quarto dele, ele estava muito abalado. Eles trabalharam muito tempo juntos.

A polícia tenta dispersar os curiosos e alguns foram embora, enquanto eles esperavam o pessoal do IML.

Enquanto isso, Rômulo e Julia estavam na remoção do crânio. Tinha acabado de fechar caixa e Julia falou:

- precisamos ir pra vila o mais rápido possível, antes que morra mais alguém. Vamos sai daqui.

– Saia primeiro que depois eu passo pra você o baú.

– Ta tudo bem eu vou sair.

Ela sai do buraco sem problema, mas, Rômulo depois que passa a caixa para ela, demora de sair e Julia se apavora começa a chama-lo auto quando ela resolve voltar para o buraco ate que ele surge e fala:

-Fui pegar o celular que iria deixando lá dentro.

Já eram oito horas da noite e eles pegaram um carro e foram para a vila tenta fazer o ritual adequado. La chegando, eles procuraram alguns dos nativos, mais velhos porque eram eles que sabiam e faziam estas coisas, não precisou muito tempo para encontrar alguém disponível, eles vieram em direção a Julia e Rômulo. Parecia que eles eram atraídos pelo crânio do curandeiro, viam como zumbis, focado apenas no baú, ao chegar perto eles param, e ficaram esperando abrir a mala do carro para pegar o baú , quando Julia se deu conta disso, Ela pegou a chave abril a mala, eles mesmo pegaram o baú, com muito cuidado foi passado de mão em mão, até que um deles começou a andar com o baú na mão e todos seguiram juntos. Antes de ir para o altar onde ficavam os outros crânios, eles foram em direção ao mato, onde o velho que alertou Julia e Rômulo ficava lá eles fizeram umas orações e voltaram em direção à capela.

Julia comentou com Rômulo cochichando;

- O lugar esta diferente de quando nos viemos

– É verdade, eu estou chegando a uma conclusão...

Dois dos nativos olha para eles, como se estivessem pedindo silêncio. Rômulo se cala. O ritual continua. E quando o crânio é colocado no altar, com muito cuidado. Em uma cerimônia demorada. De repente um vento forte vem adentrando a capela dos crânios e para, logo após aparece o senhor que falava com eles sempre, olha fixo para Rômulo fala algumas palavras em uma língua estranha e some. Julia bastante assustada agarra Rômulo. Conclusão, o senhor misterioso, era o espírito do curandeiro. E os nativos saem com gritos de felicidade. Rômulo olha para Julia fixamente e eles se beijão. Um dos nativos para na frente deles e os convidam eles para participar de uma festa de comemoração, daqui a três dias.

Eles vão embora, para contar a novidade para Paulo, Claudio e Áurea, e encontram apenas Paulo e Áurea porque Claudio foi acompanhar o corpo de Morgana. Ainda abalados, Rômulo quebra o clima de velório e fala sobre o ritual do crânio. Eles ficaram felizes, mas, Paulo volta à depressão. Áurea fala:

- Nós estávamos esperando vocês para vê, se viriam conosco ou não, nós vamos para casa de Morgana.

– Nós vamos também, né Rômulo?

– Sim vamos. eu dirijo só vou pegar umas coisas no quarto.

Logo depois eles saem para a cidade, lá chegando encontra os familiares esperando o corpo. Claudio estava cuidando de tudo, ele também passou a noticia para todos que ele podia.

Após a chegada do corpo eles participam do velório, pernoitando e às onze horas da manhã o enterro acontece. Depois do enterro todos são dispensados. Julia liga para a obra e pedi para os seguranças dispensar os ajudantes, que aparecerem sós à arqueologia trabalhava no sábado, mas o arquiteto Douglas chegava sempre de surpresa, às vezes nem os seguranças o viam chegar, ele escondia o carro e vinha andando para dar alguns flagrantes, e neste sábado não foi diferente, ele entrou na obra, sozinho, foi até a sala das escadas, lá ele viu o buraco, ficou muito curioso e surpreso também por não ter ninguém, ele queria entrar porque do lado de fora não dava pra ver nada, como ele era baixinho, mas, era gordo não dava pra ele passar, dai então pegou uma ferramenta que esqueceram lá e começou a abrir mais o buraco, a estrutura estava no limite para desabar ele parou, e entrou utilizado o celular como lanterna, logo depois que ele entrou começou a chover, uma chuva muito forte ele percebe que a estrutura não aguentaria a chuva e tenta sair, mas era tarde, desmoronou só a parte onde estava o buraco que acabou fechando, uma das pedras bateu na cabeça de Douglas que desmaiou, o celular cai com a lanterna do celular ligada E com ele desmaiado o celular toca varias vezes e acaba descarregando, eram os seguranças que encontraram o carro dele, Mais ou menos duas horas depois eles acorda. Com tudo escuro na sala ele tenta acha o celular mais não iria servir para nada, já que estava descarregado, ele então começa a gritar desesperado, porque estava preso. As paredes de pedra eram muito largas, do lado de fora não dava para ouvir muita coisa, ate que ele cansa de gritar e o cheiro forte de dentro da sala fica insuportável. Porque o ar não esta entrando, e o cheiro o faz desmaiar. O dia passa e ninguém desconfia que o arquiteto estivesse preso no buraco. Na segunda-feira era feriado e ninguém foi à obra e a noite Julia e Rômulo vieram para o evento dos nativos, ao chegar eles foram bem recebidos. Puxou ela para dançar, deram um colar para Rômulo e a festa foi uma maravilha.

Amanheceu o dia e todos foram ao trabalho na terça-feira Paulo chegou para Rômulo e Julia e disse:

- Tudo isso que aconteceu foi com algum objetivo e espero que tenha acabado tudo.

– Acabou, graças a Deus, nós fizemos tudo certo, tanto que os nativos comemoraram com festa.

– Dr. Douglas está desaparecido desde sábado, a última vez que o viram , estava vindo pra cá. Encontraram o carro, mas ele sumiu.

– Não devi haver relação porque esta tudo em seu devido lugar.

– Tudo bem vão trabalhar então.

Paulo preferiu não falar sobre o que eles descobriram sobre Morgana.

Ao chegarem ao local do buraco da obra na escada eles percebem que o buraco foi fechado e Rômulo fala:

- Depois do ritual, o espírito deve ter tapado o buraco.

E fala para os ajudantes:

- Ninguém bole mais aqui, só seu Paulo Julia ou eu.

Eles colocam um cordão de isolamento e vai trabalhar em outro lugar enquanto o arquiteto fica morto dentro da sala que foi bloqueada sem ninguém saber.

No dia seguinte a obra parou porque ninguém conseguiu encontra o arquiteto, que estava morto, e os patrocinadores estavam mortos.

E não se tem a certeza que a maldição foi quebrada. Mas, depois do arquiteto, não houve mais mortes.

FIM

aguimar santana
Enviado por aguimar santana em 07/10/2013
Reeditado em 07/10/2013
Código do texto: T4515560
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