Quem sou eu?
- Ah! Se não fosse tão complicado, tão cansativo, tão "obscuro"... Mas esse foi o dever que me deram. Estou lá quando alguém sofre um acidente, ou quando alguém está doente, em guerras principalmente.
- Quem é você?
- Se eu lhe disser você não irá mais querer falar comigo. - Disse à ela tentando esconder o que sou.
Por quê? Você faz coisas erradas? Maléficas?
- Talvez...
Eu estava cansada, porém, de alguma forma, gostava do que fazia, mas as pessoas enxergam como se o que fizesse fosse algo ruim, e talvez seja. Meu trabalho é muito solitário, não converso com ninguém, as pessoas tem medo de mim, mas naquele dia, hesitei em conversar com alguém. Avistei uma pessoa no banco branco da praça, sentei-me ao lado dela. Não me apresentei, nem deixei com que ela se apresentasse, queria apenas desabafar... Eu sabia perfeitamente que ela não estava me entendo. Quem entende um ser estranho que já chega reclamando da vida que leva sem ao menos se apresentar? E então perguntou-me novamente:
- Quem é você?
- Você não precisa saber.
- Como não? Você senta ao meu lado e começa a falar da sua vida, não deixa com que eu me apresente e nem ao menos se apresenta. Vejo que você tem problemas na vida, talvez eu possa lhe ajudar. Me diga ao menos seu nome!
- Você vai sair do meu lado quando souber...
- Juro que não!
- Me chamo Morte...