(ATRIBULADA VIDA DE AUGUSTO CESAR DOS ANJOS!)
(ATRIBULADA VIDA DE AUGUSTO CESAR DOS ANJOS!)
Entre os pingos da chuva, seguia condolente ser, em sua atribulada vida silenciosa.
Seus passos dúbios, imperceptíveis soavam sobre a calçada deserta.
Sussurrante vento emitia um cântico triste.
Adentro de cenário, augusto Cesar dos anjos caminhava.
Seus pensamentos estavam impregnados de reminiscências tristes.
O ano que acorreu sua desdita vida foi no dia vinte três novembro de mil oitocentos e setenta e cinco, na cidade de Altamira, minas gerais.
Caminhava ela por uma viela iluminada por lampiões, quando subitamente surgiram cincos indivíduos, todos empunhando extensos facões.
Um deles, rapidamente colocou o facão em direção do seu coração, em seguida disse:
Passe todos os dinheiros almofadinha!
Apanhado de surpresa, o jovem augusto por momento ficou extático, um calafrio percorreu seu intimo.
Primeiro pensamento foi.
Vou morre!
Outros dois facínoras seguraram firmemente o jovem, o primeiro passou apalpar os bolsos não somente do paletó, como os demais componentes da vestimenta, logo achou uma bolsa cheia de moedas.
Havia uma quantia polpuda.
Feliz o facínora que parecia o chefe disse.
Antero pode dar fim á vida desse janota da grande cidade.
Inesperadamente o jovem augusto sentiu a grande e larga lamina penetra nas suas costelas.
Por dois minutos ele sentiu o estertor da morte.
Estava ele com vinte sete anos, praticamente na flor da sua vida, inesperadamente ela foi ceifada.
Mas, naquele transe mortal, ele se saber o porquê ele reviu toda sua existência detalhadamente desde seu nascimento até aquele momento, lentamente seus olhos foram ficando vítreos, e inesperadamente ele se viu fora do corpo físico.
Por momento ele ficou pasmo, sentia dores nas costas, mas como?
Por momento se viu em lugar estranho.
Tudo estava turvo, nevoas cinzas cobria o local, inesperadamente ele entrou em pânico.
A tensão foi tanta que ele desmaiou.
Quando voltou a si, estava em local tétrico.
Tochas iluminavam o local.
Sentiu um frio intenso, seu corpo estava enrijecido, seus lábios desfigurados.
Pareciam que ele tinha levado uma sova.
Inesperadamente um vulto disfórmico surgiu.
Sua fisionomia era terrificante, olhos esbugalhados, possuía uma bocarra que mostrava dentes como garras, emitindo grunhidos como risos, falou com uma voz gutural.
Como vai meu antigo algoz?
Ainda desnorteado, augusto com a voz tremula, indagou.
Eu algoz?
Voltando a gargalha o horripilante ser contrapões.
Sim! É meu facínora algoz!
Como assim?
É estou vendo que você não se lembra, mas vou refrescar sua memória assassino!
Admirado com as palavras augusto aguardou o desenrolar das explicações, uma vez que ele nunca tinha visto aquele apavorante ser.
Sentando em pedra negra, o abjeto ser, estendeu uma das suas mãos que se esticaram até a fronte do jovem, ambos estavam separados cerca de dois metros.
Aparvalhado, augusto subitamente entrou em transe, inesperadamente ele se viu em fazenda vasta, avistou muitos gados, plantio de canas de açúcar, lindos cafezais, em uma enorme vivenda.
Era de manha, cerca de cento cinqüenta negros de ambos os sexos estavam trabalhando, uns com os gados, outros nos canaviais, e demais nos cafezais.
As mulheres faziam os múltiplos trabalhos na grande vivenda.
Observando o cenário, o espírito de augusto sentiu que já tinha vivido naquela local.
Subitamente ele avistou um homem de quarenta e oito anos vindo em cavalo, seu porte era extremamente orgulhoso.
Sua vestimenta demonstrava a posição de comando.
Um chapéu branco feito de feltro.
Calça azul de linho, camisa amarela feita do mesmo pano. Sua montaria era um tordilho malhado branco e marrom.
Altura um metro de oitenta e cinco, sua constituição física era robusta, mas delgada.
Intrigado! O espírito de augusto foi atraído incontinente em direção de aquele ser.
Para sua surpresa, ele naquele ser, era ele!
Perturbação! Questionou-se:
Como posso se eu? Se eu estou aqui!
Inesperadamente ele voltou a ouvir a voz terrificante.
Continua vendo o cenário, e você entenderá toda trama que fez parte, seu assassino!
O pavor voltou adentra no espírito do espírito de augusto.
Mas uma força irresistível o prendia naquele local.
Inesperadamente um escravo forte, esbelto saiu correndo em direção do grande matagal que havia ao norte da vivenda.
Gritos foram ouvidos, voltando sua montaria, avistou a fuga do escravo, como um possesso, ele bateu violentamente nas ancas da montaria, partiu em perseguição.
Em poucos minutos alçou o negro fujão, com destreza o laçou, fazendo a montaria estancar abruptamente, o escravo foi ao chão violentamente.
Atrás dele, três capitães dos matos estavam com possantes cordas, olhando um deles, deu a ordem. Ananias! Amarre bem este escravo, uma vez que terei um excelente exemplo aos demais que desejarem escaparem.
Sua ordem prontamente atendida.
Um dos capitães do mato gargalhando disse:
É negro Antonio, hoje você não escapa!
Amarrado como um porco, ele foi levado em direção de um enorme tronco, lá suas mãos foram presas em uma argola, seus pés em outra.
Em seguida encaminhou-se em direção da bela vivenda, legando chamou patrão Armindo! Como o senhor pediu o nego Antonio já este preso.
Saindo o fazendeiro Armindo, deu novas ordens.
Agora chame Afrânio, Alencar, vão juntam todos os escravos, pois desejo que eles vejam que vou fazer com aquele salafrário de negro!
Voltando Ananias, montou no seu cavalo, rapidamente foi buscar os dois.
Uma hora após os três vinham campeando todos os escravos eram jovens, adultos, e idosos.
Obrigando os sofridos escravos a fazer um circulo em volto do escravo preso, os três aguardaram a vinda do patrão.
Em poucos minutos, o maldoso fazendeiro trazia em uma das mãos um pequeno galão feito de alumínio, chegando diante do torturado negro Antonio, disse.
Hoje negro! Hoje você vai me pagar!
Com a voz entrecortada este respondeu.
Mas, sinhozinho, que eu fiz para o senhor me odiar tanto?
Dando um sorriso sarcástico, ele respondeu;
Lembra-se da negrinha Maricota?
Sim me lembro, mas que tem ela ver comigo?
Vou refrescar sua memória nego!
Eu estava interessado naquela negra, queria que ela tornasse uma mucama minha, mas você com seu autoridade de um dos antigos chefes tribais dos bantos,
Conseguiu com ajuda de outros amigos envia-lha em direção de um quilombos existentes em varias freguesias não somente aqui nas Minas Gerais como outras.
Assim em noite vocês levaram a sexual Maricota, não sei com conseguiram.
Passei meses procurando-a, mas nada!
No entanto fique sabendo quem comandou a fuga dela, foi você negro Antonio, sendo assim hoje terei minha vingança!
Rindo estridulosamente, o maldoso fazendeiro começou a derramar sobre a cabeça do sofrido negro betume, que lentamente foi cobrindo aquele corpo atlético.
Em poucos minutos, o deserdado ser humano estava coberto daquele óleo preto.
Em seguida chamando o capataz Luciano, disse-lhe;
Vamos deixar ele assim até o por do sol, se ele ainda sobreviver, lá pela uma da manha você conjuntamente com Afrânio, Alencar, deverá levar há “boca dos lobos”, e La jogá-lo no rio.
“Boca dos lobos” era o nome dado pelos aqueles carrascos há um profunda caverna existente perto da fazenda.
As horas passaram lentas, os demais sofridos escravos, obviamente tiveram que voltaram aos seus trabalhos, mas seus corações estavam oprimidos, uma vez que o nego Antonio é não somente respeitado nas duas senzalas existentes, como era muito querido!
A noite chegou e o capataz Luciano vai ver o estado no nego Antonio, pra sua surpresa, ele ainda conseguia respira, mas seu estado era critico, quica ele teria somente no Maximo uma hora de vida.
Chamando o maldoso fazendeiro, disse:
Patrão! O nego continua vivo, mas penso que tem pouco tempo.
Quanto tempo Luciano?
Pelo meus cálculos uma a duas horas de vida;
Sendo assim, espere com combinamos, depois jogue aquele corpo imprestável na “boca dos bolos”.
Assim, foi feito. Uma hora da manha um corpo praticamente totalmente disfórmico foi arremessado em profunda grota onde passava um rio caudaloso, cerca de cinqüenta metros de profundidades;
Assim encerra a vida daquele nego, que na sua saudosa áfrica foi não somente um chefe, mas um príncipe.
Inesperadamente, o acabrunhado espírito de augusto Cesar dos anjos voltou há tétrico recinto. Aparvalho, desvairadamente gritou.
Tudo isto é uma alucinação! Tudo!
Novamente a figura terrificante, soltou uma sonora gargalhada sinistra, para em seguida responder.
Não maldoso ser, que vós vistes é real.
Com seu duplo etéreo em frangalho, ele rebateu.
Não! Estou somente tendo um terrível pesadelo!
Gargalhando novamente, o sádico ser retrucou.
Não! Vil ser! Você não está tendo nenhum pesadelo, que você viu são fatos verídicos que por seu desalmado espírito ambicioso massacrou centenas de vidas, no intuito de auferir bens matérias!
Sua ambição! Tornou-se um flagelo diante daqueles seres que foram trazidos como animais em caravelas torpes, milhares de seres humanos que viviam livres, mas os chamados homens brancos com suas desvairadas cobiças, os sequestraram, trazendo para este país desconhecido, os transformando em execrandos seres.
Suas liberdades, suas fé, seus cultos, foram podados.
Em fim, por fim suas vidas tornaram um suplicio imaginário.
E você foi um dos ativos participantes desses massacres!
Mas, agora estais aqui perante minha presença!
Mais calmo augusto Cesar dos anjos, inquiriu:
Que deseja de mim sórdida ser?
Tornado a gargalhar, o ser metaforseado, com intenso ódio expeliu as seguintes palavras.
Abjeto ser, filho de Mefistófeles! Não me reconhece?
Não!
Foi há resposta de augusto Cesar dos anjos!
Então lhe direi quem eu sou!
Novamente estendendo um dos seus tentáculos que representava suas mãos, gravo-a novamente na cabeça do augusto.
Inesperadamente uma enorme transmutação acorreu.
Novamente estava ele augusto Cesar na fazenda, mas ao seu lado o energúmeno ser.
Que mostrando novamente o sofrimento do nego Antonio, disse:
Aquele lá que está atado no troco, sou eu!
Não somente os pensamentos de augusto Cesar dos anjos entraram em total distonia, como todo seu corpo.
Espantosa transformação operou naquele sofrido ser.
Seu corpo plasmático se transformou em um licantropo totalmente cinza, uivando ele saiu em disparada em direção do nego que estava atado no troco, deitando diante do mesmo, furtivas lagrimas começaram descerem daqueles enormes olhos negros injetados de um vermelho púrpuro, suas mandíbulas entreabrindo desejou falar algo, mas somente saiu uivos tétricos.
Assim aquele espírito voltado inteiramente ao mal, retornou perante uma das suas vitimas.
Quanto tempo ele ficará ali, somente o tempo dará resposta, mas um dia ele será recambiado, amparado terá novas oportunidades na roda das existências no intuito de repara os escabrosos crimes que perpetrou.
No entanto o verdugo que assistia “feliz” os fatos, por momento ficou radiante.
Sua vingança estava consumada.
Mas, no momento que ele desejou retornar ao seu lucubre habitat, uma inexplicável força fez ele do mesmo modo juntar-se à sua vitima.
Algo extraordinário sucedeu.
Em um torvelinho cinza ele foi envolvido, e foi enviado em direção do seu algoz.
Deu-se um raro fato, ambos se fundiram em uma espantosa simbiose.
Ele se transformou em um grande e dantesco morcego.
Assim se encerra mais uma contenda de duas criaturas que por orgulhos intensos se converteram em dois títeres dos seus próprios ódios.
Porem como as leis do pai eternal são justas, eles terão novas oportunidades de resgatarem seus erros, se não for aqui ao planeta terra, obviamente em outros orbes similares.
Serão duras suas provações, uma vez que ambos reencarnarão conjuntamente em diversas vezes.
Quicas em alguns séculos ambos não estarão unidos como dois grandes irmãos em luminosas rotas do grande amor universal?
Sim! Como disse nosso amigo irmão, companheiro, Jesus.
Nenhuma “ovelha”, mesma desgarrada, não deixará de viver no redil do pai!
AA. ------- J. ------- C. ------- DE. ------- MENDONÇA.
DATA. ------- 24. ------- 07. -------- 2013.
HORAS. ------- VINTE E UMA HORAS E CINCO MINUTOS.