OS TRÊS CONSELHOS
Havia o homem chamado Simão, ele resolveu deixar sua casa para procurar melhora de vida. No entanto ele deixou sua esposa em uma humilde residência e se foi pelo mundo a fora.
Depois de andar muito, Simão chega em uma fazenda onde encontra guarida. Passado alguns dias, o dono da fazenda por ocasião de necessidade propõe ao viajante desconhecido que fique tomando conta da fazendo em troca de um bom salário. De já ele aceita.
Na administração de Simão os negócio prosperam bastante. Mas todas as vezes que o patrão ia pagar o salário Simão disse que ele guardasse para quando resolvesse partir em busca da família que deixou no sertão.
Depois de quinze anos de árduo trabalho, Simão resolve pedir acerto de contas. No momento da acerto o patrão propõe: Antes de lhe pagar quero fazer uma proposta, aqui está seu dinheiro neste saco, você aceita o dinheiro ou três conselhos que tenho a lhe dá? Se aceitar um coisa perde a outra. Simão pensou um pouco e resolveu aceitar os conselhos e deixar o dinheiro para lá. Por isso o patrão falou: Sábia decisão a sua. Então vamos lá os três conselhos são: Primeiro, não cortar caminhos na vida; segundo, não ter curiosidade para coisas alheias; e terceiro e último, não tome decisões com raiva. Espere um pouco, leve consigo este dois imensos pães o da minha esquerda você come, mas este da direita você só poderá comer com sua esposa.
Assim ele foi. A certa altura do caminho encontra um viajante que ao passar por ele o alerta que para chegar a próxima cidade ele só precisa pegar o caminho mais curto, ele sairá um pouco da rota mais chegará mais cedo e poderá pegar os melhores lugares da pensão da cidade ante dos outros viajantes. Simão pensa um pouco e resolve não sair de sua rota e segue o caminho mais longo e mais transitado.
Depois de muito andar ele chega a pensão, mas não encontra os outros viajantes que vinham a caminho. De repente chega à pensão um dos viajante todo ferido e machucado. A vitima chega dizendo: Roubaram nossa caravana, levaram nossos animais e ainda mataram meus companheiro. Isso porque resolvemos cortar caminho. Com isso Simão lembra do primeiro conselho.
Ele resolve ir dormir depois daquele susto. Lá pelas altas horas da madrugada ele escuta muitos gritos de desespero, tudo cessa por alguns instante, mais em seguir ele ouve uma mulher chorar e soluçar no quarto ao lado. Ele imagina: O dono da casa vai matar a esposa. Vou já impedi-lo. No exato momento Simão relembra do segundo conselho: Não seja curioso para coisas alheiras.
Ao amanhecer o dono da casa o elogia dizendo: Parabéns você é um homem prudente. Aqui tenho dois irmãos loucos que se debatem nas madrugadas de lua cheia. E se algum visitante se levanta para interrompê-los eles os matam. Você sobreviveu por não ser um homem curioso.
Já próximo de casa, ele apressa o seu passo. Logo ao chegar, sem que ninguém o perceba. Simão ao longe ver sua mulher acariciando um homem desconhecido. Ele de súbito diz para si: Maldita, vou matar os dois. Então ele pega sua faca e marcha a caminho da casa enquanto sua mulher entra com o homem estranho. Simão raivosamente imagina: Vou bater na porta quando eles abrirem os esfaquearei salpicando sangue por todos os cantos dessa casa.
Ele sobe o batente da porta, já estava para bater. Então volta um filme em sua cabeça, ele lembra do patrão e dos três conselhos, é quando percebe que o último não se cumpriu ainda, o que diz: Não tome nenhuma decisão baseado na raiva. Dai se busca forças onde não tem. Mas mesmo assim abre bate na porta.
Sua esposa ao ver corre para seus braços desesperada e chorando diz: Simão quanto tempo esperei, cheguei a pensar que havia morrido. Graças a Deus você voltou. Sabe quem é este? Este homem é Simão Junior, nosso filho. Quando você saiu, você me deixou grávida. Esse é seu filho. Com isso Simão se derrama aos pranto. E começa a agradecer seu patrão que o salvou por três ocasiões através dos conselhos que o deu.
Para terminar eles sentam em volta da mesa. Ainda tremulo ele diz: Não trouxe nada, apenas esse imenso pão que gostaria de comer com você em honra ao meu patrão e para cumprir seu último desejo. Quando partiram o pão, não havia miolo, mas estava cheio de dinheiro com notas de grande valor. Era o correspondente aos anos de trabalho na fazenda. Então eles se alegraram e festejaram aquele noite de muita alegria.