Passado - Parte 5
Passado – Parte 5
Enquanto esperava notícias dos médicos, Danielle ficou pensando em tudo que havia acontecido. Seus móveis tinham sumido, como acharam seu diário e onde seu marido havia ido com seus filhos. No meio dos seus pensamentos ela lembrou-se que ainda não havia visto o que tinha no porão.
Sem pensar duas vezes ela pegou sua bolsa, saiu do hospital, entrou em um táxi e pediu uma corrida até sua casa. Nem sequer lembrou de que seus filhos também estavam lá.
Ao chegar a casa, foi diretamente para o porão, chegou à porta, respirou fundo e abriu. Olhando, viu que todos os móveis desaparecidos estavam lá. Ela deu um passo e sentiu ter chutado algo. Olhou para o chão e viu que era uma vela acesa. O fogo queimou um pequeno rastro de gasolina que havia no chão. Este levava para dois lugares: uma tocha ao lado da parede, e a um círculo no chão. Ao redor deste círculo havia três fotos: em uma estavam seu pai, sua irmã e ela. Na outra, ela, seu marido e seus filhos. Já a última queimou antes que pudesse ver.
Ficando nervosa novamente, chegou perto da tocha e viu que havia algo escrito na parede:
“ Uma vez li a seguinte frase: Enterre seus mortos mademoiselle.
Pois então, eu vim para enterrar os meus.”
Ela saiu de lá correndo e parou diante da mesinha. Só que agora seu diário não estava mais lá, no seu lugar havia apenas um celular. Comentou consigo mesma:
- Onde está aquele bendito diário, Será que o Daniel pegou?
Foi quando percebeu que aquele celular ele era idêntico ao dela. Abriu sua bolsa e começou a procurar pelo seu.
Já desesperada por não encontrar o seu e por não imaginar como o outro parara ali. Danielle pegou aquele e foi ver os arquivos afim de confirmar se realmente era o seu. Ao olhar para tela percebeu uma mensagem que dizia:
Crianças não deveriam brincar com aparelhos tão tecnológicos.
Terminando de ler, se lembrou de que havia deixado o celular com os seus filhos para que jogassem um pouco e não pensassem no pai.
Danielle entrou no carro correndo. Sem encontrar outra saída, ligou para a única pessoa que podia ajudar.
-Alô, pai?...
continua...