MEU PRIMEIRO SALTO
Eles eram bem mais jovens do que eu, que gostava de esportes radicais - saltar de asa delta, paraquedas e todos os outros que dão aquele frio no estômago. Estávamos no Rio de Janeiro, em férias; minha irmã, seus dois filhos e eu.
- Vamos para a Pedra da Gávea, ou entrar naquele bi-motor antes? Você escolhe.
- Eu??? Vou escolher nada, tou morrendo de medo de cair lá de cima, de ter um troço em pleno ar, sei lá... Vocês são loucos de me trazerem aqui.
Eles eram bem mais jovens do que eu, que gostava de esportes radicais - saltar de asa delta, paraquedas e todos os outros que dão aquele frio no estômago. Estávamos no Rio de Janeiro, em férias; minha irmã, seus dois filhos e eu.
- Vamos para a Pedra da Gávea, ou entrar naquele bi-motor antes? Você escolhe.
- Eu??? Vou escolher nada, tou morrendo de medo de cair lá de cima, de ter um troço em pleno ar, sei lá... Vocês são loucos de me trazerem aqui.
Minha irmã saiu fora, mas ficou insistindo que eu experimentasse essa nova emoção.
-Vai, mana... Deve ser o máximo ver o mundo lá de cima. Depois você me conta...
- Ta! Então vamos de paraquedas primeiro, acho que é menos perigoso! Eu, heim!
O bi-motor fazia evoluções no ar, tentando me amedrontar ainda mais do que eu estava. Me vestiram o paraquedas - eu tremia feito vara verde. De repente, alguém me empurrou para fora do avião - o salto foi desastroso. Embaracei-me nos cabos e, com muita dificuldade, consegui me desembaraçar e acionei o paraquedas. Desci, lenta e tranquilamente. Aí eu pude observar o mundo lá de cima. O verde das matas, o azul do mar, o marrom da terra. Foi lindo... Fantástico! Mas era o mesmo que a gente vê daqui de baixo. Só não temos tempo (nem paciência) de observarmos a natureza, como se deve.
Não sabia ao certo onde iria cair, mas desejava que fosse em um local tranqüilo, deserto e de muita beleza ao meu redor. Queria ver isso de perto e poder sentir como é belo este mundo em que vivemos. Fechei os olhos por um momento e... Acordei. Ao meu lado, nada de Pedra da Gávea, bi-motor, paraquedas, nada! Só mesmo a cama, toda desarrumada (devo ter me mexido bastante) e minhas duas gatinhas miando, que já era hora de me levantar.
-Vai, mana... Deve ser o máximo ver o mundo lá de cima. Depois você me conta...
- Ta! Então vamos de paraquedas primeiro, acho que é menos perigoso! Eu, heim!
O bi-motor fazia evoluções no ar, tentando me amedrontar ainda mais do que eu estava. Me vestiram o paraquedas - eu tremia feito vara verde. De repente, alguém me empurrou para fora do avião - o salto foi desastroso. Embaracei-me nos cabos e, com muita dificuldade, consegui me desembaraçar e acionei o paraquedas. Desci, lenta e tranquilamente. Aí eu pude observar o mundo lá de cima. O verde das matas, o azul do mar, o marrom da terra. Foi lindo... Fantástico! Mas era o mesmo que a gente vê daqui de baixo. Só não temos tempo (nem paciência) de observarmos a natureza, como se deve.
Não sabia ao certo onde iria cair, mas desejava que fosse em um local tranqüilo, deserto e de muita beleza ao meu redor. Queria ver isso de perto e poder sentir como é belo este mundo em que vivemos. Fechei os olhos por um momento e... Acordei. Ao meu lado, nada de Pedra da Gávea, bi-motor, paraquedas, nada! Só mesmo a cama, toda desarrumada (devo ter me mexido bastante) e minhas duas gatinhas miando, que já era hora de me levantar.
Este texto faz parte do EC
"Um salto de paraquedas"
Para conhecer os demais participantes, acesse:
http://encantodasletras.50webs.com/umsaltodeparaquedas.htm
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ÓTIMA SEGUNDA-FEIRA A TODOS