Silêncio

Ele estava muito estressado,

Que dia, só problemas...

Chegou até o rochedo da ilha arfando.

Observou por segundos aquela paisagem anilada,

Despiu-se, ficando só com a sunga negra.

Mergulhou do alto para encontrar-se com o mar.

Um arrepio percorreu-lhe o corpo,

Água morna e relaxante.

Perspectiva  diferente: a vida marinha, calmaria, águas calmas, suave brisa.

No oceano, algas, peixes de diversas espécies e cores, conchas, crustáceos e águas vivas.

Que belo mergulho num mundo encantador.

Pensara: quisera que ela estivesse aqui comigo, me sinto tão só nesta imensidão!

Mas juro, guardarei todo o flash de meu olhar para relatar a maravilhosa aventura  sentida.

As ondas estavam em calmaria e o percurso do aventureiro marinho  renovava as energias, sentia-se perfeito.

Tarde agradável, o sol iluminando a praia semi deserta, os corpos semi nus de jovens e donzelas, clima ameno, convite ao amor!!!

Ela deveria estar lá aguardando por ele que fora mergulhar!

Não conseguia visualizá-la entre os banhistas.

Este tempo, ah...este eterno portador de falácias!!!! Ela me disse que viria.

O horizonte já se tingia de rubro e nada do esperado amor.

O sol resolvera mergulhar lentamente nas águas mornas do Atlântico.

De repente o grito desvairado.

Correria, aglomeração.

Náuseas e vertigens, choro desconsolado...

Era ela boiando, sem vida entre as ondas que chicoteavam os rochedos próximos.

Silêncio sepulcral.

 

Publicado no Jornal Evolução de São Bento do Sul/SC:
 

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