Efeito contrário
Gato maduro saiu da sala de tratamento intensivo, após enorme e grave cirurgia. Compartilhou quarto com outros enfermos das mais variadas patologias. Entregou sua vida a um médico competente que deixou todas as prescrições e recomendações no plantão de enfermagem. O Zeca ainda não podia caminhar sozinho, mas estava lúcido e esperto. A esposa também classificada como de terceira idade, conversou com o marido e foi para casa dormir. Na manhã seguinte, a enfermeira cuidadosa chegou a beira da cama, levantou a cabeça do Zeca e pediu que ele engolisse o comprimido. Bem comportado, meio sedado, obedeceu a solicitação, sem nem saber o que estava tomando. Às nove horas, chegou sua bela companheira, olhou para a cama – ninguém. Que susto! Gritou: ‘ o que aconteceu meu Deus, onde está o Zeca?’
Aproximou-se da cama e quase tropeçou no marido. Estava estendido no chão. Foi correndo e gritando ao posto de enfermagem. Pedia socorro. Parecia uma tragédia; voltara para o quarto acompanhada de duas enfermeiras que não sabiam de nada. Ele parecia moribundo, sem forças e sozinho não parava em pé. Colocaram-no na cama e começou o interrogatório. A enfermeira permaneceu à cabeceira da cama falando, tentando reanimá-lo. Josefa, em pânico, quis saber qual foi a medicação ministrada, enquanto aguardava pelo médico. Escutou toda a fala:
— Acorda seu Zeca... o que está sentindo?
— Sono. Não posso acordar, me diga que remédio era aquele.
— É muito bom. O senhor disse que estava com coceira e melhorou.
— Eu não.
Falou enrolando a língua. O paciente da cama ao lado gritou:
— Enfermeira! Era eu que estava com coceira.
Sou alérgico. Não aguento mais!
Gato maduro saiu da sala de tratamento intensivo, após enorme e grave cirurgia. Compartilhou quarto com outros enfermos das mais variadas patologias. Entregou sua vida a um médico competente que deixou todas as prescrições e recomendações no plantão de enfermagem. O Zeca ainda não podia caminhar sozinho, mas estava lúcido e esperto. A esposa também classificada como de terceira idade, conversou com o marido e foi para casa dormir. Na manhã seguinte, a enfermeira cuidadosa chegou a beira da cama, levantou a cabeça do Zeca e pediu que ele engolisse o comprimido. Bem comportado, meio sedado, obedeceu a solicitação, sem nem saber o que estava tomando. Às nove horas, chegou sua bela companheira, olhou para a cama – ninguém. Que susto! Gritou: ‘ o que aconteceu meu Deus, onde está o Zeca?’
Aproximou-se da cama e quase tropeçou no marido. Estava estendido no chão. Foi correndo e gritando ao posto de enfermagem. Pedia socorro. Parecia uma tragédia; voltara para o quarto acompanhada de duas enfermeiras que não sabiam de nada. Ele parecia moribundo, sem forças e sozinho não parava em pé. Colocaram-no na cama e começou o interrogatório. A enfermeira permaneceu à cabeceira da cama falando, tentando reanimá-lo. Josefa, em pânico, quis saber qual foi a medicação ministrada, enquanto aguardava pelo médico. Escutou toda a fala:
— Acorda seu Zeca... o que está sentindo?
— Sono. Não posso acordar, me diga que remédio era aquele.
— É muito bom. O senhor disse que estava com coceira e melhorou.
— Eu não.
Falou enrolando a língua. O paciente da cama ao lado gritou:
— Enfermeira! Era eu que estava com coceira.
Sou alérgico. Não aguento mais!