O Mascarado
Baila pela madrugada afora o atônito, indeciso e calado mascarado.
Sua fama tem se estendido por ai... Uns falam que viestes do além
Enquanto outros lhes descrevem como um mero vagabundo sem nome e renome
Toda a população circunda com o coração na mão, a cada viela o suspense decorrente da fama que tu plantaste, oh, disfarçado!
Porque tanta indecisão nos passos seus?
Porque não declaras o que veio buscar?
Enquanto tu perambulas a cidade dorme forçadamente em horários prematuro...
Não sei quantas faces tu tens, mas as vozes falam que são oito, pode tu está em vários lugares
Ao mesmo tempo?
Será que tem outros plagiando sua ideia?
Pensando comigo acho que logo, logo esta cidade virará um carnaval,
Pois tua irresponsabilidade abriu brechas para outros mascarados e agora como ficarão as nossas crianças?
Toda inocência está diluindo com essa tua ideia, hoje os pequeninos querem desfazer esta tua lenda assim como rasga um livro obsoleto.
As velhinhas ouvem coisas que não existe, e tem aquelas que o facão já está amolado embaixo da cama, nem os animais se sossegam... Quantos latidos desnecessários...
Põe-se o Sol e com ele a alegria deste povo que nem sabe mais se ora ou se procura as autoridades “competentes”.
Quero:
Que tua mascara caia.
Que tua capa se enganche.
Que tua bota se enterre... Nas ideias infrutíferas que criaste tu.
Anseio:
Que a verdade te invada
E no íntimo que afaga
Essa tua criancice enleada
Abrolhe a lisura de pronunciar quem és.
Não sei se quero que se vá
Oh, mascarado que mudaste esta rotina Insuportável
... Foi bom te ter aqui...