Pânico no Quarto

Eu já estava pronta para ir dormir, quando, de repente, algo passou voando sobre a minha cabeça. Gritei. Olhei para os lados na tentativa de compreender o que tinha sido aquilo e vi uma criatura tenebrosa, pousada no chão em posição de ataque, prestes a me devorar. Gritei mais uma vez. Eu estava entrando em pânico, sentia o desespero tomando conta de mim.

Corri pelo quarto, sem saber o que fazer. Gritei novamente. Gritar parecia uma boa solução quando eu não conseguia pensar em nada mais útil. A minha correria fez com que eu esbarrasse na luminária, derrubando-a no chão. Subi na cama.

Ouvi alguém gritando do lado de fora do quarto. Mas não conseguia responder, eu só era capaz de gritar, gritar e gritar. Enquanto isso, a criatura caminhava lentamente pelo chão do meu quarto, estava decidindo a hora certa de voar em cima de mim, eu estava certa disso.

Alguém se jogava contra a porta. Queriam arrombá-la. A minha chave estava na fechadura, mas eu não conseguia colocar o pé no chão para abrir. Após alguns minutos, a porta cedeu e alguém entrou aflito: meu pai. Gritei novamente, enquanto apontava para o chão. Não conseguia falar, mas sabia que tinha que fazer algum sinal para ele entender qual era o problema. Meu pai, com um rosto de decepção, correu para perto da criatura e, em um só movimento, ele acabou com aquela tortura, esmagando a barata.

Lianderson Ferreira
Enviado por Lianderson Ferreira em 16/02/2013
Reeditado em 09/01/2014
Código do texto: T4143200
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