Quando menos percebi, meu mundo parou...
Quando menos percebi, meu mundo parou. Eu me faço várias perguntas. Ciência, religião, vida, porém parece que as respostas voaram para um destino longe e vazio. Eu olho pela janela e vejo um dia chuvoso misturado com um turbilhão de negatividade a minha volta. Eu corro? Eu choro? Eu não sei o que fazer.
Pela primeira vez na vida, me vejo numa situação tão trágica, onde todos os conselhos dados para meus amigos não serviram nem a mim. Como posso fazer algo que nem mesmo eu consigo desfrutar?
Se eu já encarei coisas piores? É claro que sim. Nada na vida é pior que um coração partido ou a perda de um ente querido, mas dessa vez as coisas estão bem diferentes do que eu mesmo imaginara.
De repente ouço um barulho na porta, escuto alguém entrar, mas quando vejo, não há ninguém, apenas um vulto. E não seria a tal da sorte indo embora? Pois bem, não sei dizer. Contudo não sinto medo, pânico e nem frios na espinha, apenas talvez, eu denominaria de arrependimento. Talvez do que eu fiz, talvez do que eu não fiz, quem poderá decifrar uma pessoa cercada de letras, enigmas e mistérios.
E se essa atmosfera irá? Se ela for, será através de letras, pois o maior refúgio do momento está no que eu tenho certeza de que sou boa, as palavras.