EUGENE
A macabra mansão, se erguia em meio aquela imensa floresta desta vez, não havia ruídos somente o silêncio longo, inquietante, avançou ainda alguns passos e esperou, uma estranha sensação se instalou em seu peito, ignorou e continuou a caminhada faltava pouco para chegar ao seu destino,que os deuses o ajudassem.
Sentia olhos o observando por toda parte porém, preferia pensar que o medo estivesse alterando seus sentidos, olhou para os céus as nuvens estavam acinzentadas e aquele maldito silêncio, que surge logo antes de um temporal o aterrorizava, empurrou com muito cuidado, a velha porta rangeu fúnebre, impossível que ninguém tivesse ouvido, sim era aquela casa, como a velha havia dito, a mansão parecia deserta, entrou, a luz tétrica das velas ocultava as molduras nas paredes, vários pontos de onde pareciam que olhos prescrutavam, ela devia estar nos andares de cima se a visão estava correta, resolveu subir as escadas devagar, para não provocar mais ruídos pois, a velha bruxa não havia conseguido ver qual seria o fim ou resolveu não dizer, quem poderia saber?
Logo no topo das escadas estava ela, Eugene seu coração disparou, estava amarrada com uma tosca corda e um pedaço de seda azul cobria sua boca, podia ver somente seus lindos olhos tristes e desesperados, como um aviso, seria uma armadilha?
Sabia através da visão que o maldito Lorde Eddard se casaria com ela naquele mesmo dia, ao pôr do sol, era uma armadilha agora tinha certeza até a maldita velha também fazia parte do jogo, como foi ingenuo mas, agora como voltar atrás? Eugene estava ali, precisava salvá-la. Desatou as cordas que a prendiam, o jeito era sumirem antes que o lorde chegasse com seus lobos,Eugene chorava compulsivamente e pedia que ele sumisse o mais rápido possível, ignorou, com ela nos braços desceu correndo as escadas só que tarde demais, uma alcateia de lobos esperava no andar de baixou, rosnando, ouvia ao longe as risadas do Lorde, várias velas se acenderam e ele pode ver,o que antes estava oculto pela escuridão, os quadros das paredes eram crânios! seu sangue gelou seria comida de lobos, acabaria assim, viu o maldito surgindo de um comodo ao lado seus dentes amarelados e os longos cabelos negros brilhando em sua veste púrpura, com um gesto fez com que Eugene se acomodasse junto dele, desesperada,implorando perdão, com a faca em uma mão e a espada na outra, encarei meu destino, não olhei Eugene nos olhos nem uma vez, estava envergonhado, ouvia as risadas sarcásticas do Lorde e os gritos dela.
Lutei bravamente pelo que parecida uma eternidade mas, os lobos eram muitos, um saltou em meu pescoço senti seus dentes dilacerando minha carne, o sangue jorrando e os gritos cada vez mais ao longe.
Acorde! por favor, acorde!
Acordei sobressaltado toquei a garganta tudo estava em ordem, não exitia Eugene nem o maldito Lorde, era somente mais um sonho com lobos.