À procura do que nunca se perdeu.

Quando é chegada a madrugada, todos deitados em suas camas, mas eu estava ali, sentada, chorando. Aguardando a volta de algo que na verdade nunca se foi, coisas da minha mente, um ladrão no anoitecer roubou meu sono e me fez pensar em tudo que fiz até aqui.

Fez-me pensar no dia que teu coração agarrou o meu e o fez sofrer. Fez-me lembrar de também do dia em que eu corri na chuva imaginando que assim voltaria a ser criança. Fez-me lembrar das travessuras que eu aprontava com meus vizinhos que eu não gostava, nesse dia, essa insônia jogou tudo que eu tinha dentro de mim na minha cara, me fez relembrar até mesmo o que pensei ter perdido, me fez relembrar o dia que eu te conheci.

Essa insônia me levou até um jardim, no momento de devaneio, estava eu sentada num banco em noite de primavera, esperando algo ou alguém que avistava ao longe, mas quanto mais eu gritava por isso, mais longe isto estivera. Então comecei a caminhar em direção a tal luz, com uma lanterna na mão, corri velozmente, mas acabei num labirinto sem fim. E o que eu procurava? Ainda não sei responder, já se passaram anos, mas ainda procuro essa luz que perdi de vista, mas a mim nunca pertenceu.

Carolina Esteves K
Enviado por Carolina Esteves K em 18/11/2012
Código do texto: T3992770
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