A Marca Do Demônio
Oito milhões de anos antes de cristo. Uma guerra de nível interplanetária coloca tropas que há anos foram unidas em um caos de sangue. Ambos os lados percebendo a dimensão do problema resolvem proclamar um cessar fogo, decidir os termos de paz. Após milhares de anos de acertos e rompimentos uma carta de intenções foi forjada, Opus Dei. A carta não foi de imediato aceita, mas com a detenção do líder do exercito oponente e sua condenação por genocídio, à paz se fez.
O general, soldado das trevas, foi condenado a ficar por toda a eternidade na dimensão temporal.
A dimensão temporal se trata da Quarta dimensão. As Três dimensões são ortogonais no espaço e as conhecidas são comprimento, largura e altura. A dimensão temporal ou a quarta dimensão é a dimensão no espaço que está em um ângulo reto com estas três dimensões observáveis. A partir da dimensão temporal um indivíduo pode ver todas as outras dimensões em consequência observar todas as pessoas à sua volta, mas as pessoas não o enxergam, toca, podendo ocupar o mesmo lugar no espaço sem ser visto.
Quando o general, soldado das trevas, foi expulso de Caelum (Capital do Reino), foi escolhido um corpo celestial em que deveria existir vida. Mas coberta de bestas. A atmosfera deveria ser propicia a execução da punição. O ar deveria ser tão saturado de oxigênio que a única alternativa do soldado das trevas seria viver no fundo da terra onde encontraria gases semelhantes ao encontrado em seu planeta.
Quando foi expulso de Caelum, heilel Ben-shacharr, foi lançado no espaço contínuo para o seu destino. Em uma última decisão todos os seguidores de heilel Ben-shacharr teve o mesmo destino, serem expulsos e lançados na profundeza da terra em um planeta estranho, coberto de bestas. Estes seguidores perfaziam o montante de um terço dos guerreiros de Caelum.
Os milênios se passaram e tendo em vista a ambição de heilel Ben-shacharr, que pretendia transformar a atmosfera do planeta para seu Reinado na superfície e a fim de evitar a sua ascensão à terra de seu inimigo, o Rei mandou que fosse colocada na terra uma vida que teria a sua semelhança. Mas devido ao ambiente carregado de oxigênio e que não era propicio a vida de sua espécie, houve algumas mudanças para que a criatura se adequasse. A criatura não seria um de sua espécie, mas a sua semelhança.
Entretanto heilel Ben-shacharr ficou satisfeito com o acontecido, considerando que ele deveria aumentar o seu exercito a ponto de se igualar com o do Rei ou até mesmo ultrapassa-lo em soldados.
Na construção da criatura, não lhe foi concebido o conhecimento da transmutação. O seu cérebro era mal utilizado e no seu conhecimento limitado não cabia à percepção do corpóreo e o espectro. Sendo assim heilel Ben-shacharr poderia oferecer a vida eterna, algo que estava na criatura e que seu parco conhecimento não alcançava. Criatura chamada de ser humano. Heilel Ben-shacharr tinha um trunfo, seus seguidores poderiam tomar um corpo criado pelo Rei, assumindo inclusive o senhorio sobre o corpo desta pessoa, manipulando suas atitudes e palavras, influenciando fortemente os seus pensamentos. Para se chegar a este ponto algumas substancias tinham que ser liberadas no corpo para facilitar a possessão. Nestas condições facilitaria a geração de estímulos que liberaria as substancias necessárias para o domínio e a absorção deste pelo seu exercito, legião. Para isso só bastava...
A Marca do Demônio
De nove entre todos, três são soldados da Legião.
Heilel Ben-shacharr
Rogério levantou de sua cama após uma madrugada de muito trabalho. Pisou no chão de seu quarto com o cuidado de colocar sua sandália. Caminhou até a janela. Abriu-a e sentiu o ar quente da manhã. Olhou para uma pequena cafeteria à frente de sua casa. Inspirou fundo e sentiu a fumaça entrando em suas narinas. Olhou novamente para a cafeteria e resmungou: - Do jeito que este clima caminha, um dia estarei tomando café ao lado do inimigo.
Rogério foi até a cozinha para se servir de um copo de água. No caminho ele escutou seu telefone tocar: - Alô.
- Rogério prepare-se, no final da manhã estaremos embaixo da plataforma nove para uma luta com um soldado. Traga todas as ferramentas.
- Sim, meu guia. – Respondeu Rogério sem se preocupar em entrar em detalhes.
Rogério desceu as escadas de seu apartamento. Chegou até a rua, procurou atravessa-la a fim de chegar à cafeteria. Ele sentou à mesa, pediu um pão de queijo e um capuchino. Aproveitou o seu café. Pediu para que o custo de sua refeição fosse colocada em sua conta. Não demorou muito e Rogério se levantou e começou a caminhar pela cidade. Rogério chegou a uma banca de jornal. Pegou um exemplar. Sentou em um banco de parada de ônibus e começou a ler as manchetes: “Governo pede aos cidadões que utilizem com frequência suas máscaras. A tendência do clima é aquecer mais 20% no decorrer de dez anos”.
Passado algumas horas Rogério se levanta. Ele olha o relógio e percebe que estava chegando a hora de se reunir com o grupo. Rogério entrou em um ônibus. Passado alguns minutos ele desceu em um ponto e caminhou até o ponto de encontro.
Rogério se aproximou de um carro. Dele desceu o seu guia e ambos ficaram observando o que ocorria embaixo de um viaduto.
Uma mulher linda estava escorada em um dos pilares do viaduto. Sobre ela um homem forçava seu corpo. Tocava todas as suas saliências e tentava beiá-la. A mulher sentindo-se subjugada deixou-se ser beijada. A mão da mulher começou a roçar a nuca do homem até que com seu dedo polegar ela abriu um compartimento em um anel. O anel continha uma agulha que perfurou o pescoço do homem.
Cambaleando o homem caiu para traz. De sua boca as palavras saiam desconexas. Rogério e seu guia saíram correndo para o viaduto. No caminho Rogério pode escutar saindo da boca do homem uma frase: - Deus me ajude.- Rogério foi percebido pela mulher que começou a recuar.
Chegando embaixo do viaduto Rogério e seu guia colocaram suas bolsas no chão. Rogério pegou um cutelo. Ele olhou a mulher, levantou o cutelo e comentou: - Se afaste Raquel, não quero machucá-la. - Rogério e seu guia estenderam um plástico azul ao lado do homem. Arrastaram o corpo sobre o plástico.
Um golpe forte e preciso desferido por Rogério cortou o pescoço do homem. Passando pela jugular, traqueia, destroçando a cervical, colocando a cabeça a rolar até a ponta dos pés de Raquel.
Rogério pegou a cabeça e a colocou em um saco plástico e o saco plástico em sua bolsa. Olhou para o guia e o cumprimentou com um leve acenar de cabeça, o guia falava-lhe que a única forma de matar a serpente era cortando a cabeça. Rogério olhou para Raquel: - Raquel, à noite eu passo em sua casa. Vou te levar para um restaurante de oxigênio. - Raquel acenou com a cabeça dando a entender que concordava.
Rogério caminhou em direção ao seu carro acompanhado por Raquel. Ele olhou para trás e viu uma caminhonete parando e dela descerem dois homens. Eles ajudaram o guia a colocar o resto do corpo na caminhonete.
Rogério, após deixar Raquel em casa, chegou em sua casa. Subiu ao seu apartamento e levou a sacola até a área de serviços. Retirou o saco plástico da sacola. Retirou do saco plástico a cabeça e a colocou dentro de uma panela e a panela dentro de seu tanque de lavar roupas. Pegou um frasco com ácido e derramou na cabeça. Após alguns minutos deixou a torneira aberta e o líquido que sobrara desceu pelo cano. Rogério virou a panela deixando o que restara em seu conteúdo descer pelo cano. Ele lavou com cuidado a panela, guardou e foi tomar um banho. Após se lavar colocou um terno e caminhou até a sala. Pegou o envelope que recebera e nele continha 10 mil reais. Rogério colocou 5 mil reais no bolso, colocou uma máscara e foi para rua. Rogério entrou em seu carro, fechou as janelas, ligou o seu filtro de ar e retirou a sua máscara. Rogério levou seu carro até a casa de Raquel. Ele buzinou até que Raquel saiu com um belo vestido e sua máscara. Entrou no carro de Rogério e retirou a máscara.
Chegando no restaurante, Raquel e Rogério escolheram uma mesa. Rogério estava de cabeça baixa e Raquel percebendo tentou compreender:
- O que foi Rogério?
- Antes de morrer aquele homem pediu ajuda.
- Você sabe Rogério, até chegar o momento todos acreditam que seriam levados para o nosso exercito, mas na verdade para aquele homem faltava pouco para entrar para a legião.
- Eu sei Raquel que a nossa luta é para que o quanto menos de soldados sejam acrescentados à legião, mas ele chamou o nome!
- Quando chegar a hora nós estaremos ao seu lado em combate!
Rogério e Raquel aproveitaram a noite. Após o jantar Rogério foi até a casa de Raquel. Ele subiu e entrou no apartamento e aproveitou a companhia de sua namorada.
Rogério saíra da casa de Raquel e estava em frente de sua casa. Subiu e deitou em sua cama. O telefone tocou:
- Rogério, amanhã eu quero você no mesmo lugar em que fomos hoje.
- Mas por que, nós só deveríamos ver um soldado na próxima semana.
- Eu sei, mas o dever nos chamou. - Rogério desligou o telefone. Voltou para a cama, se deitou e ficou rolando inquieto, preocupado.
Rogério levantou de sua cama. Pisou no chão de seu quarto com o cuidado de colocar sua sandália. Caminhou até a janela. Abriu-a e sentiu o ar quente da manhã. Olhou para uma pequena cafeteria à frente de sua casa. Inspirou fundo e sentiu a fumaça entrando em suas narinas. Olhou novamente para a cafeteria e resmungou: - Do jeito que este clima caminha, um dia estarei tomando café ao lado do inimigo.
Rogério abriu a porta para sair e sentiu uma mão tocar o seu rosto. Rogério desmaiou. Rogério acordou sentado em uma cadeira. Seus braços e pernas estavam amarrados. A sua frente estavam o seu guia e Raquel:
- Chegou a hora de você ter a certeza do que faz. - falava mansamente o seu guia.
- O que vocês querem?
- Você matou, foi preso e nós salvamos o seu destino. Você vive de 10 mil reais por semana para fazer o que faz! – Interrompeu Raquel utilizando toda a sua eloquência.
O guia de Rogério levantou a mão e desferiu um único golpe em seu peito, enquanto gritava: - Comandaras agora!
O corpo de Rogério foi jogado para trás. Rogério se viu lançado pela janela. Ao olhar para baixo ele viu guerreiros lutando contra um exercito duas vezes maior. Rogério chorava em sua queda. Ele fechou os olhos pedindo para que acabasse logo.
Rogério acordou assustado em sua cama. Levantou e agradeceu por ter sido tudo apenas um sonho. Foi até o banheiro e pode ver em seu peito uma marca profunda, dois pontos. Rogério caminhou até a janela e o seu telefone tocou:
- Mestre nós temos um serviço hoje. – Rogério ficou assustado. O seu guia agora o chamava de mestre.
- O que está acontecendo?
- Vamos nos encontrar e você saberá.
Rogério desceu para a cafeteria. Sentou em uma mesa e pediu um capuchino e um pão de queijo. À sua frente um homem se sentou:
- Posso sentar. – Rogério acenou a cabeça dando consentimento para aquela figura.
- Obrigado. Este clima a cada dia esta pior.
- Concordo.
- Temos que aumentar a nossa legião e impedir que soldados cheguem para o outro lado. Bem agora eu tenho que ir.
- Do que está falando? Deve-me explicações! Você acabou de chegar!
- É verdade, mas ainda só posso ficar por 10 minutos encima da terra. – Rogério se levantou bruscamente encarando o visitante.
- Calma meu soldado e cuidado com o que deseja.
Fim...
"Todo o texto é apenas ficção voltada para o entretenimento."
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