PREMONIÇÃO
Maria Tomasia
O negrume da noite chegara, embora não fosse tão tarde. Eu me encontrava ali, naquele topo de montanha cuja vegetação era variada, pois havia árvores frondosas e também arbustos. O vento sibilava e era cortante e eu sentia frio. Chovia e a neblina espessa não permitia que se enxergasse coisa alguma em volta. O que eu fazia ali? Não sei! Nada se ouvia, a solidão era total e absoluta.
De repente, um ronco forte de motor se fez ouvir. Olhei para o céu e vi uma aeronave descendo, descendo desabaladamente, coberta pelo fogo. Tentei correr, temendo que fosse cair sobre mim, mas não sabia para onde ir. Resvalei montanha abaixo, sentada, parando sob uma árvore não muito grande.
Aquela bola de fogo estava próxima e o ronco do motor era cada vez mais audível. O medo tomou conta de mim e eu indaguei: será que cairá onde estou? Meu Deus, não permita que isso aconteça!
De repente, um estrondo e altas labaredas; quase atingiam o céu... Eu ali, apavorada, mais parecia um bichinho assustado; o local e tudo o mais era apavorante. Quis sair de onde estava e voltar ao local de onde caíra, mas minhas pernas se recusavam a andar. Tentei chegar perto e ver se havia algum sobrevivente, mas o fogo e o cheiro forte de querosene não permitiam.
Esperei algum tempo; nenhum grito, nenhum pedido de socorro! Só havia o silêncio e a claridade provocada pelo fogo! A chuva continuava, bem como o vento forte que espalhava as labaredas. A vegetação queimava próximo ao local, dava estalos por estar verde e molhada.
Consegui me recompor e aproximei-me um pouco mais, porém o calor e o cheiro insuportável não permitiam que eu chegasse mais perto. Senti que nada podia fazer pelos passageiros e tripulantes daquela aeronave. O local era de difícil acesso e eu não possuía meio algum para me comunicar com quem quer que fosse e relatar o ocorrido. Comecei a rezar, porque era só o que podia fazer.
De repente, coração aos pulos, tomada de um pavor tamanho, roguei ao Senhor por mim e por todos que estavam no avião. Olhei para o céu escuro e uma claridade inusitada me assombrou ainda mais e vi o céu se abrindo e naquele rasgo apareceu o Senhor, gigantesco, de meio corpo, olhar triste.
Fiquei sem movimentos por alguns instantes e logo depois voltou a escuridão. A chuva e a ventania não cessavam, então acordei transpirando e tomei consciência de que tivera um pesadelo.
Uma semana após esse pesadelo, logo pela manhã, era noticiado um acidente de avião com as mesmas características daquele do pesadelo, no mesmo local onde eu estava, sem sobrevivente algum.
Aquele pesadelo só poderia ter sido o que chamam de PREMONIÇÃO.
Depois disso, tive outras premonições, mas sem gravidade. Nunca falei sobre isso, pois se contasse a alguém, poderia ser taxada de louca.
Agora, nada mais vejo em sonhos; apenas sinto o meu coração apertado, um desassossego toma conta de mim e o que temo acontece. É horrível!
De repente, um ronco forte de motor se fez ouvir. Olhei para o céu e vi uma aeronave descendo, descendo desabaladamente, coberta pelo fogo. Tentei correr, temendo que fosse cair sobre mim, mas não sabia para onde ir. Resvalei montanha abaixo, sentada, parando sob uma árvore não muito grande.
Aquela bola de fogo estava próxima e o ronco do motor era cada vez mais audível. O medo tomou conta de mim e eu indaguei: será que cairá onde estou? Meu Deus, não permita que isso aconteça!
De repente, um estrondo e altas labaredas; quase atingiam o céu... Eu ali, apavorada, mais parecia um bichinho assustado; o local e tudo o mais era apavorante. Quis sair de onde estava e voltar ao local de onde caíra, mas minhas pernas se recusavam a andar. Tentei chegar perto e ver se havia algum sobrevivente, mas o fogo e o cheiro forte de querosene não permitiam.
Esperei algum tempo; nenhum grito, nenhum pedido de socorro! Só havia o silêncio e a claridade provocada pelo fogo! A chuva continuava, bem como o vento forte que espalhava as labaredas. A vegetação queimava próximo ao local, dava estalos por estar verde e molhada.
Consegui me recompor e aproximei-me um pouco mais, porém o calor e o cheiro insuportável não permitiam que eu chegasse mais perto. Senti que nada podia fazer pelos passageiros e tripulantes daquela aeronave. O local era de difícil acesso e eu não possuía meio algum para me comunicar com quem quer que fosse e relatar o ocorrido. Comecei a rezar, porque era só o que podia fazer.
De repente, coração aos pulos, tomada de um pavor tamanho, roguei ao Senhor por mim e por todos que estavam no avião. Olhei para o céu escuro e uma claridade inusitada me assombrou ainda mais e vi o céu se abrindo e naquele rasgo apareceu o Senhor, gigantesco, de meio corpo, olhar triste.
Fiquei sem movimentos por alguns instantes e logo depois voltou a escuridão. A chuva e a ventania não cessavam, então acordei transpirando e tomei consciência de que tivera um pesadelo.
Uma semana após esse pesadelo, logo pela manhã, era noticiado um acidente de avião com as mesmas características daquele do pesadelo, no mesmo local onde eu estava, sem sobrevivente algum.
Aquele pesadelo só poderia ter sido o que chamam de PREMONIÇÃO.
Depois disso, tive outras premonições, mas sem gravidade. Nunca falei sobre isso, pois se contasse a alguém, poderia ser taxada de louca.
Agora, nada mais vejo em sonhos; apenas sinto o meu coração apertado, um desassossego toma conta de mim e o que temo acontece. É horrível!
RJ, 03/10/12