ORGULHO FERIDO.
_Saia daqui! Agora! Seu ser bacteriano!
José jurou que saíria, mas não ficaria assim.
Em uma bela terça-feira, voltou para seu trabalho habitual, no entanto, já havia modificado a droga no laboratório e colocado no pó do café. A composição que tinha sido feita era perversa. Às 15h 30 min o café seria servido e todos o tomariam com aqueles saborosos biscoitinhos amanteigados...
Quinze minutos depois, levanta Rodrigo dizendo-se não estar tão bem.
Depois Letícia, a abusada Letícia que sempre humilhou José, queixando-se de um certo mal estar, cambaleia e cai.
Depois outro...e outro...
Até que o primeiro diz estar sangrando.
José observa.
Cerca de vinte e cinco pessoas começam a sangrar.
O laboratório começa a ser lavado pelo sangue de todas aquelas pútridas pessoas. Sangram pelos olhos, pelas narinas, órgãos genitais, ouvidos e o algoz de José sangra até pelos poros. Todos se sentem fracos. Todos caídos no chão pedem socorro.
´´Todos sangrarão até a morte`` pensa José.
José termina de lavar o banheiro pacientemente como se nada acontecesse.
Sebastião Maldonado, aquele que distratou José, percebe que José nada tem. Sebastião, pálido, caído no chão e muito fraco, com voz quase inaudível, sussurra:
_você...você...foi você...que nos fez....isso...
´´Tchu!``. ´´Prár!´´
José, sorridente ao sair, cospe e fecha a porta.