FOI ALGO MUITO ESTRANHO!
Era o ano de 1966, mais ou menos o mês de agosto. Era uma noite escura, sem luar e sem estrelas... Meus irmãos e eu brincávamos no terreiro da chácara onde estávamos morando temporariamente, até que desocupasse uma casa na pequena cidade de Indianópolis no Noroeste Paranaense. A chácara a que me refiro, vizinhava com muitas outras onde um córrego margeado por uma mata ainda intacta, cortava todas elas. Do lado oposto haviam outras chácaras situadas em um terreno em declive. De onde estávamos mais ou menos uns 400 metros avistava-se a estrada divisora ladeada por uma densa floresta de onde, em muitas noites ouviam-se miados de onças e sons de outros animais. Nessa floresta poucos entravam. De dia era sombria e a noite muito escura... Poucos arriscavam se.
Como descrevi o local era longe de grandes cidades. A cidade mais próxima era Indianópolis que ficava há mais ou menos uns três quilômetros de distância, por uma estradinha estreita de terra, também margeada por chácaras e trechos de mata fechada. Não havia luz elétrica. Usávamos lampiões ou lamparinas, para iluminar o ambiente.
Nessa noite em que me referi no início da narrativa, brincávamos correndo pelo terreiro. Em determinado momento notei algo no ar, muito iluminado há mais ou menos uns 30 metros do chão. Parecia ser do tamanho de um ônibus, e era muito iluminado! Tinha luzes amareladas e avermelhadas em toda a sua extensão... não sei se ao redor, pois de onde eu estava via apenas um dos lados. Não tinha som algum... Paramos de brincar e ficamos olhando sem entender... Meus outros irmãos menores tinham menos noção do que era aquilo, do que eu, que era a maior deles todos... eu tinha na época 12 anos. Os pequenos diziam é um avião... Mas eu sabia que não poderia ser um avião, não tinha som algum? E voando tão baixo? E passando lentamente e silenciosamente... Num piscar de olhos desapareceu... Meus pais e meus tios estavam dentro de casa conversando, e não perceberam nada...
Voltamos a brincar como se nada tivesse acontecido...
Talvez por eu, por ser a mais velha na época, aquela imagem tenha ficado gravada na minha lembrança.
Durante anos e anos eu me perguntei o que teria sido aquilo?
Se fosse um avião, com certeza ele estaria caindo silenciosamente, e cairia nas proximidades fazendo um grande estrondo, e todos na região com certeza ficariam sabendo? E o que um avião estaria fazendo naquela região sem aeroporto algum... Região cercada por matas e florestas? E por que aquelas luzes todas por fora até a parte traseira? Um avião tem luzes interiores, e algumas pequenas por fora apenas para sinalizar. Poderia ser um balão? Mas um balão voando à noite e numa região de matas, com certeza se enroscaria? Mas um balão não tem o formato de um ônibus?
Confesso que nunca compreendi o que vimos naquele dia! Para os meus outros irmãos esse episódio caiu no esquecimento...
Mas eu jamais esqueci!
Sonia Maria Piologo
Era o ano de 1966, mais ou menos o mês de agosto. Era uma noite escura, sem luar e sem estrelas... Meus irmãos e eu brincávamos no terreiro da chácara onde estávamos morando temporariamente, até que desocupasse uma casa na pequena cidade de Indianópolis no Noroeste Paranaense. A chácara a que me refiro, vizinhava com muitas outras onde um córrego margeado por uma mata ainda intacta, cortava todas elas. Do lado oposto haviam outras chácaras situadas em um terreno em declive. De onde estávamos mais ou menos uns 400 metros avistava-se a estrada divisora ladeada por uma densa floresta de onde, em muitas noites ouviam-se miados de onças e sons de outros animais. Nessa floresta poucos entravam. De dia era sombria e a noite muito escura... Poucos arriscavam se.
Como descrevi o local era longe de grandes cidades. A cidade mais próxima era Indianópolis que ficava há mais ou menos uns três quilômetros de distância, por uma estradinha estreita de terra, também margeada por chácaras e trechos de mata fechada. Não havia luz elétrica. Usávamos lampiões ou lamparinas, para iluminar o ambiente.
Nessa noite em que me referi no início da narrativa, brincávamos correndo pelo terreiro. Em determinado momento notei algo no ar, muito iluminado há mais ou menos uns 30 metros do chão. Parecia ser do tamanho de um ônibus, e era muito iluminado! Tinha luzes amareladas e avermelhadas em toda a sua extensão... não sei se ao redor, pois de onde eu estava via apenas um dos lados. Não tinha som algum... Paramos de brincar e ficamos olhando sem entender... Meus outros irmãos menores tinham menos noção do que era aquilo, do que eu, que era a maior deles todos... eu tinha na época 12 anos. Os pequenos diziam é um avião... Mas eu sabia que não poderia ser um avião, não tinha som algum? E voando tão baixo? E passando lentamente e silenciosamente... Num piscar de olhos desapareceu... Meus pais e meus tios estavam dentro de casa conversando, e não perceberam nada...
Voltamos a brincar como se nada tivesse acontecido...
Talvez por eu, por ser a mais velha na época, aquela imagem tenha ficado gravada na minha lembrança.
Durante anos e anos eu me perguntei o que teria sido aquilo?
Se fosse um avião, com certeza ele estaria caindo silenciosamente, e cairia nas proximidades fazendo um grande estrondo, e todos na região com certeza ficariam sabendo? E o que um avião estaria fazendo naquela região sem aeroporto algum... Região cercada por matas e florestas? E por que aquelas luzes todas por fora até a parte traseira? Um avião tem luzes interiores, e algumas pequenas por fora apenas para sinalizar. Poderia ser um balão? Mas um balão voando à noite e numa região de matas, com certeza se enroscaria? Mas um balão não tem o formato de um ônibus?
Confesso que nunca compreendi o que vimos naquele dia! Para os meus outros irmãos esse episódio caiu no esquecimento...
Mas eu jamais esqueci!
Sonia Maria Piologo