Não se ouvia barulho nenhum, a não ser o uivar do vento,ora lento, ora violento, que parecia as paredes querer derrubar.Meus pensamentos iam longe, eu nem parecia pertencer aquele lugar.Queria mais é que aquela aventura terminasse, eram horríveis as noites naquele lugar, já não havia mais o que explorar, nada mais era novidade, tudo cheirava a podre, e aquela neblina irritante como a anunciar que breve uma tragédia ia se desenrolar...Estremeço, ouço mais forte o barulho do vento, e agora o de uma corrente a se arrastar,sorrio nervoso, penso rápido tudo isso é culpa de minha fértil imaginação,fantasmas não existem! Pronto, deveria ser o suficiente para me acalmar, mas, não, e agora de onde vem essa corrente de ar gelado? Tudo está fechado, eu mesmo conferi. Uma janela bate forte, no andar de cima, que alívio, devo tê-la esquecido aberta, é só fechá-la e pronto, acaba os arrepios.Subo as escadas, de repente ouço passos leves, como se quissesem se esconder, meu Deus o que seria aquilo, uma sombra medonha, olhos brlhantes,dentes afiados, solto um grito, a coisa pula em cima de mim, quase desmaio, fecho os olhos, mas não resisto, espio...Não acredito! É só o gato, enroscado na ratoeira que eu mesmo armei a tarde.Respiro aliviado! Posso dormir sossegado!