(PALADINO DA PAZ!)
(PALADINO DA PAZ!)
Em um tarde calmo meado de abril, suave brisa soprava na esplêndida primavera, sobre o país do Tejo.
Neste pulcro cenário, o paladino olhava com admiração a magnífica planície, seus olhos azuis sê embeveciam diante do esplêndido panorama. Diversas espécimes pássaros revoavam com suas plumagens multicolidas no anil celeste.
Mais ao longe ele divisava íngremes e aparentes silenciosas cordilheiras.
Seus cimos cobertos de neves, acima nuvens brancas mansamente passavam como hás acariciarem.
Havia no ar um sentimento de harmonia, seleta aragem com extrema parcimônia cariosamente embalava os galhos das arvores.
Fragrâncias diletas enviadas dos matizes florais, imperceptivelmente espraiavam-se em todas as direções.
Pequenos roedores serelepes corriam prazerosamente dentre as relvas em buscas dos seus alimentos.
O paladino observava todas essas magnificências deitado de baixo de um velho, mas amigo carvalho.
Visto que ele era um ser que levava palavras de estímulos, harmonias, e bondade aos distantes vilarejos.
Com seu simples bornal, suas vestes humilde, como de um franciscano um par de sandálias feitas de couro ofertado por outro viajante que estava passando por momentos críticos em sua vida.
O encontro se deu em bifurcação distante do local que ele estava cerca de sete quilômetros.
Ambos vinham em sentidos contrários, o semblante do outro viajante estava transmitindo imensa tristeza, vestia roupas simples, carregava nas costas uma grande mochila.
Rapidamente o paladino pressentiu o desespero dele.
Segurando seu bornal procurou uma pedra que estava bem em sua frente uns três metros do outro lado da estrada, assentou, com reserva aguardou a chegada do triste e desalentado viajante.
No momento que este ia passando diante dele, com uma voz suave ele disse.
Bom dia amigo viajante?
Parando de subitamente, levou um susto, visto que seus pensamentos estavam completamente alheio tudo que se passava a sua volta.
Mas ouvindo aquele timbre de voz calma, sentiu ele inesperadamente uma tranquilidade.
Parando diante do paladino, retrucou.
Bom dia!
Foi um bom dia azedado, mas inconscientemente ele respondeu.
Se perguntasse a ele por respondeu, talvez ele não tivesse a resposta.
Agradeço ao amigo viajante por responder meu bom dia.
Quem sabe não me poderia da uma informação?
Já diante do paladino, ele levado por uma força estranha, inquiriu.
Que deseja saber viajante?
Sabe companheiro, estou meio ou praticamente "perdido" aqui nesta bifurcação, estou inda para cidade de Braga, como é minha "primeira" viaje que faço a Portugal, pensei que seria fácil chegar a uma das afamadas cidades Lusitânia.
Mas com já expus, fique sem "rumo."
Por gentileza o nobre viajante poderia dizer qual o caminho que devo seguir?
Pausadamente sua irritação rapidamente desapareceu.
Expondo um triste sorriso, respondeu.
Pegue o caminho da direita, que o amigo peregrino chegará ao seu destino!
Agradeço pela informação!
Retirando propositalmente uma caneca que estava dependurada no bornal, encheu-a do liquido da vida, com mesura ofereceu ao triste viajante.
Maquinalmente ele segurou a mesma, rapidamente ingeriu o bendito liquido.
Por encantou aquela aflição, tristeza desapareceu, uma infinita paz penetrou no
seu espírito alquebrado.
Timidamente ele perguntou se poderia sentar um pouco pois estava cansado.
Será um prazer para minha pessoa!
Uma vez que faz alguns dias que caminho por essas paragens solitariamente.
E será uma honra telo como companhia, mesmo que seja por alguns minutos!
Entendendo uma das mãos o paladino, apresentou-se.
Chamo-me Francisco Alberto Salazar Carneiro!
Prazer! Antonio Muniz Craveiro Lopes, seu criado!
Assim começou uma amizade que sê tornaria forte e sadia entre dois homens com caminhos aparentemente diferentes, mas seria uma amizade praticamente eterna!
O primeiro, o paladino vivia uma vida simples, humilde, no seu alforje físico estava forrado de excelentes conhecimentos transcendentais.
O segundo possuíram na sua existência, vastos poderes financeiros, vastas áreas de terras, que sê estendiam por milhares de braças quadradas.
Seu “poder” financeiro o tornava um dos homens, mas respeitado na cidade de Coimbras.
Sua palavra era lei! Ditava normas imperativamente!
Mas, como sempre a vida no pregam peças, com o potentado não houve exceção.
A mudança em sua vida começou em uma manha ensolarada em seu magnífico paço.
Estava ele em uma das belas sacadas do paço, no momento que ouviu uma gritaria vinda de um dos celeiros.
Rapidamente desceu as escadas feitas de mármores provindo da cidade de carrara Itália.
Logo percebeu um enorme incêndio, que com o vento meio forte, aumentava a chance de sê alastra em direção dos demais celeiros.
Como louco! Uma vez que ele era uma pessoa demasiadamente preso aos bens matérias.
Vendo um dos seus celeiros sendo consumido pelas chamas, seus olhos logo começaram a brotaram lagrimas.
Mas a surpresa dele não parou ali, outra ainda pior viria a tona.
O único filho no momento que iniciou o incêndio ele estava brincando no local. Como o fogo sê propagou rapidamente foi inevitável o desencarne do menino que tinha oito anos.
No momento que ele soube da trágica noticia, Enlouqueceu!
Praticamente amnésia apossou dos seus instintos.
Como um desvairado saiu correndo sem rumo.
Cerca de dez anos ele sumiu!
A esposa não aguenta a perda não somente do querido filho, com desaparecimento do esposo amado, veio há desencanar quatro meses após o sórdido dia.
Como o casal não possuíam parentes algum, as propriedades foram logos rapinados pelos os abrutes gananciosos.
Esta é a vida do antigo potentado!
Contemplando o semblante do deprimido e arredio companheiro, o paladino intimamente sabia que grandes dores afligiam aquele homem, não somente físico, mas essencialmente espiritual.
O amigo Antonio permitiria fazer um pergunta? Sê não deseja responder, respeitarei sua decisão.
Olhando desconfiado respondeu.
Faça!
Que aconteceu na sua vida, a fim de torna-lho intimamente amargurado?
Olhando fixamente ele respondeu.
Honestamente não me lembro, praticamente somente lembro-me do meu nome.
O resto da minha vida é um total esquecimento.
Vez ou outra tenho alguns lapsos de memória, inesperadamente algumas imagens surgem, mas são por segundos.
Intimamente sinto que fui alguém de posses, mas logo volta o infindo esquecimento.
O amigo pelo menos sabe quanto tempo está assim?
Sinceramente não me lembro, mas garanto que são anos!
Permita-me coloca uma das minhas mãos sobre sua cabeça?
Admirado, o outro indagou.
Pretende fazer o que?
Somente desejo ajudar o amigo!
Aquela sensação de paz adentrou no seu imo, ele não sabia do por que, mas sentia que poderia confiar naquele viajante.
Assim permitiu.
Afetuosamente o paladino estendeu sua mão acima da cabeça do sofrido andarilho.
Imperceptivelmente pequenas energias luminosas começou banhar a cabeça do triste viajante.
As energias foram-se intensificando, paulatinamente foram penetrando no cérebro do sofrido homem.
Imperceptivelmente sua memória foi retornando, inesperadamente ele se lembrou da sua vida completamente!
Dando um grito, exclamou;
Lembro agora da minha vida totalmente!
Meu Deus!
Ajoelhando-se, não contendo os sofrimentos reprimidos, intensas lagrimas rolaram da face!
Olhando-o com complacência o paladino da paz, deixou aquele sofrido ser extravasar suas dores pungentes.
Alguns minutos a cena foi triste, mas no minutos seguintes, lentamente refazendo-se o dorido homem voltou a sentar.
Com a feição mais serena, disse:
Agradeço do fundo da minha alma ajuda que o nobre amigo me proporcionou terais minha gratidão para sempre!
Volvendo seus límpidos olhos azuis, respondeu.
Meu nobre companheiro, na vida muitas das vezes nós temos que passarmos por diversas agruras a fim de compreender que a vida que temos nada mas é que uma oportunidade que o pai supremo nos da no intuito de elevar nossos conhecimentos não somente no campo físico, mas essencialmente espiritual.
O seleto amigo teve que passa por essas agruras, a fim de entender que não estamos aqui no planeta terra somente no intuito de auferir bens materiais.
Bem sei que companheiro fez maus a diversas pessoas por sua arrogância, ambição desenfreada, sede de um poder transitório.
Viveste vangloriando de seus admiráveis monopólios, sejam eles matérias, principalmente financeira.
Inconsequente! Achava que o dinheiro comprava tudo, Até as amizades!
Adentrava nos paços como nababo, suas palavras eram leis!
Pobre tolo! Nunca percebeu que o rodeava nada mais eram do falsos amigos que somente o bajulava a fim de tirá proveito da sua condição financeira?
No aconchego do lar sua esposa tinha por você alem do respeito, uma amor sincero.
Mas vós ao contrario, preferia viver cercado de mulheres que somente almejavam sua riqueza.
Sua fama de doidivano sê estendia por vários recantos do país.
Com parcimônia aquela que escolheste para compartilha junto um paço, sabia das suas noitadas nos redevus, mas como uma digna senhora, calava-se, no intuito de preservar não somente sua imagem diante dos empregados.
Mas todos eles sabiam das suas aventuras, mas calavam-se.
Ao mesmo tempo havia o filho que com todos seus disparates, você o amava intensamente.
Somente aquela ternura que sentiste pelo pequerrucho a nutrir ainda uma nesga de esperança que você esquecesse suas libertinagens.
Mas, foram inúteis suas esperanças!
Até aquele o dia fatídico que vós agora se lembrais.
Com os olhos pasmos, corpo tremulo, o ex-potentado exclamou:
Como o senhor sabe sobre minha vida intimamente?
Meu amigo! Sua fronte para mim é uma tela caleidoscópio, na qual posso ver sua vida desde seu nascimento até os dias atuais.
Subitamente o farrapo ser, ajoelho diante do paladino da paz, com voz tremula indagou.
Que faço santo homem a fim de repara meus erros?
Segurando uma das suas mãos o nobre paladino respondeu.
Venha comigo sofrido companheiro, uma vez que seus sofrimentos findará hoje.
Anseia encontra a paz que inconscientemente procuraste finalmente terais!
Erguendo-se ele calmo deixou sê levar por aquele dileto mensageiro da paz.
No solo frio um corpo cadavérico ficou estendido.
Uma luminosa alameda em direção do infinito surgiu inesperadamente.
Em uma distancia razoável, finalmente o sofrido, mas orgulho ser avistou seu amado filho, e a digna esposa, ambos estavam iluminados por diáfanas luzes, sorrindo ambos vieram abraçaram o desdito ser com imensos carinhos, que somente espíritos evoluídos possuem.
A tardinha estava descendo como saudando aquele belo encontro, mansamente iniciou seu repouso no leito calmo da noite milenar atapetada de miríades estrelares!
Feliz o paladino da paz abraçou os três diletos espíritos, calmamente iniciou a volita na diáfana estrada em direção do belo infinito!
Carinhosamente levava principalmente o novo companheiro que teria uma nova oportunidade de refletir sobre seus enganos, erros cometidos sobre a superfície terrestre.
Sim! Ele teria muito tempo.
Como ele a maioria dos seres humanos vive ainda encubada nas quimeras materiais.
Espero que eles no momento que deixarem seus corpos físicos encontrem seus paladinos da paz!
AA. ----------J. ---------- C. --------- DE. ---------- MENDONÇA.
DATA. --------- 18. ---------- 05. ---------- 2012.
HORAS. ---------- 19 HORAS E TRINTA E SETE MINUTOS.