O Lobisomem de Santa Clara – Capitulo 3
Uma coisa tinha em comum entre os agora seis ataques do lobisomem de Santa Clara, todas as suas vitimas eram solteiras.
O primeiro ataque foi em uma jovem viúva, sem filhos e que nos últimos tempo estava curtindo a vida adoidada como me contou o nobre doutor, segundo ele a mulher colecionava amantes, e recebia todos em sua casa, sem o menos pudor, para o espanto da pequena comunidade.
O segundo tratava-se de um jovem. Filho de criadores de porco vivia perambulando pela cidade, alguns diziam que ele fazia o uso de drogas, mas nada foi confirmado.
A terceira vitima foi novamente uma mulher. A filha da dona da casa de atração adulta da cidade. A moça era decente como dize meu amigo médico, era trabalhadeira e repudiava as ações da mãe.
A quarta vitima da fera, tratava-se de um homem misterioso, até o momento ainda não havia sido descoberta a sua identidade, acreditavam em Santa Clara que era algum viajante.
A quinta vitima, uma mulher, que por sinal era irmã da sexta vitima. A primeira era prostituta, teve caso com vários homens casados da cidade, mas nos últimos tempos estava mais controlada, ou pelo menos mais cuidadosa.
Já a sua irmã, sexta vitima era o inverso, moça decente, trabalhadeira e religiosa, vivia na igreja onde prestava seus serviços como voluntária sempre ajudando o padre em seus afazeres.
De todas as vitimas a única que notei um certo sentimento de dor na narração do doutor Jarbas foi a ultima, e a única que me interessou também foi ela, algo como meu instinto gritava que ela poderia ser a chave para este mistério.
Mais do que uma percepção instintiva havia algo que eu notei nisso tudo, ela era a única que se diferenciava do grupo, não se enquadrava no perfil das demais vitimas, que eram todas problemáticas.
Uma coisa é bom ressaltar, que mesmo depois de ver as marcas de mordidas no corpo da única vitima que vi, de ver a brutalidade que ceifou sua vida eu ainda não estava convencido que o que estava causando esse estrago fosse mesmo uma fera, por isso estabeleci uma tática, começaria uma investigação mais aprofundada do assunto, e decidi que meu primeiro interrogatório seria com o padre da cidade.
Se o lobisomem é uma fera das trevas, nada mais justo do que me aconselhar com o portador da luz na cidade.
Continua...
Jonas Martins
Enviado por Jonas Martins em 02/05/2012
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