Diário de um Serial Killer- 8
Capítulo 7
Lavei e enrolei o corpo do morador de rua num lençol semelhante ao de minha primeira vítima.
A limpeza do meu local de trabalho demorou bastante tempo, principalmente a das ferramentas utilizadas. Foi necessário desmontá-las para eliminar os vestígios de sangue que se depositaram nas suas frestas.
Incinerei as lixas utilizadas juntamente com as tiras de couro da cama, afinal cuidado nunca é demais.
O porta-malas do carro já estava devidamente forrado com plástico, a fim de evitar que qualquer possível vestígio de sangue se impregnasse no carpete ou nas partes plásticas do mesmo.
Após haver limpado a cena transportei o corpo para o velho e esquecido cemitério, onde o seu lugar já estava reservado para servir de repouso eterno para o morador de rua.
Encomendei a sua alma ao Criador, falando dos sofrimentos pelos quais ele havia passado em sua existência terrena, principalmente nos últimos momentos de sua miserável vida.
Minha fome estava saciada por algum tempo, deixei o cemitério e voltei ao cotidiano da minha vida, afinal mais uma semana de trabalho me esperava e era preciso ganhar meu dinheiro já que minha nova atividade era um tanto quanto dispendiosa.
Manter o meu abatedouro abastecido de novos equipamentos demandava não apenas gastos, mas, também, tempo e uma logística bem estruturada para evitar que pudesse ser rastreado caso a improbabilidade de alguém encontrar os corpos ou o meu refúgio ocorresse.
Tudo era comprado em dinheiro e em lugares distintos, tudo era coisa comum, a mesa de autópsia eu comprei em um ferro-velho e restaurei-a.