(DOIS EXCELENTES COMPANHEIROS E UM "FANTASMA AMIGO!)
(DOIS EXCELENTES COMPANHEIROS, E UM “FANTASMA AMIGO”)
O silencio era taciturno rajadas de vento cortavam os cipoais, fazendo-os cantares.
Relâmpagos cingiam o céu constantemente, ouviam-se os troares violentos.
Neste sombrio cenário seguiam dois cavalheiros, revestidos de grossas capas e chapéus de vaqueiros procurando dois novilhos que embrenharam nossos cipoais apavorados pela tormenta.
Vestidos com resistentes calças feitas de couros curtidos, e jaquetas, um dele praguejava insistentemente.
Raios! Porque fomos aceitar esse trabalho do coronel Fabriciano?
Sê eu soubesse que teríamos que passa por varias agruras, sinceramente Antonio eu não estaria aqui encharcado, e ainda podemos ser torrados por desses coriscos que estão riscando o céu acima das nossas cabeças. Tudo por quê? Por causa desses dois malucos garrotes desembestados!
Olhando o amigo Antonio versou.
Tenha calma Chico! Logo os encontraremos.
Repentinamente um raio partiu uma enorme Guararema, em segundos ouviu-se um estrondo arrepiante, vendo arvore partida praticamente do cimo até as raízes, Chico berrou assustado!
Minha nossa senhora das estradas!
Olhando admirado o amigo, Antonio mesmo no meio daquela tormenta deu uma gostosa gargalhada, em seguida pergunto.
Chico de onde você arranjou esta santa?
Do meu medo!
Foi sua resposta.
Voltando a gargalha Antonio replicou.
Estou vendo que o “santo” papa terá de canonizar outra santa!
Pare de gozar com minha cara Antonio!
Quem está gozando?
Você, ou seria o fantasma do Sr Afrisco?
Seria interessante sê ele aparecesse aqui no meio dessa tempestade!
Cruz credo Antonio! Vira esta boca pra lá!
Antonio voltou a gargalha com o modo simplista do amigo.
Novamente outro corisco cortou a tempestade, caiu no alto de um penhasco, outro estrondo ouviu-se.
Outra vez Chico soltou agora diversas blasfêmias.
Zombando novamente Antonio, prognosticou.
É amigo sê você não rezar forte para a santa que criaste talvez um raio caia em sua cabeça!
Foi à gota d’água, Chico agora proferiu diversos palavrões, em seguida retrucou ao amigo.
Fique me azucrinando, que faço um reza a minha santa para que corisco caia sim, mas sobre sua cabeça!
Rindo gostosamente, Antonio interagiu.
Chico e tenho meu corpo fechado! E sabe que fez esta mandinga a fim de proteger? Foi o Sr Afrisco. Que mandingueiro bom estava ali!
Enquanto eles estavam nestes bate-papos, seus olhos experientes procuravam com determinações os dois novilhos desgarrados!
Uma vez que ambos eram dois excelentes campeiros experientes, e muito respeitados pelos seus trabalhos profícuos diante não somente dos demais amigos, com os fazendeiros da vizinhança.
Mas voltando ao dialogo deles, Chico que deu uma sonora gargalhada, em seguida contra, pois.
Você tem o corpo fechado? Não me faça morrer de rir! Seu corpo será fechado no dia que estiver deitado em belo ataúde ai sim, eu vou acreditar!
Há! Não acredita que Sr Afrisco não fechou meu corpo?
Claro que não! Aquele matuto? Sinceramente eu não acredito que ele fez esse trabalho em você!
Quer um prova?
Quero!
Então vai lá. Mas espero que você não fique apavorado!
Eu? Assombrado! Sou muito macho para alguma coisa me assustar! Principalmente sobre esse assunto que você me disse!
Foi você que me provocou Chico, espero que seja macho mesmo!
Rindo zombeteiramente disse.
Vai lá Antonio faz sua mironga, estou esperando!
Sutilmente Antonio retirou de dos bolsos da grossa jaqueta uma tipo de patuá, e começou a falar algumas palavras ilegíveis.
A tempestade começava amainar, parando o cavalo, Antonio deu continuidade a seu ritual.
Subitamente uma roda moinho apareceu diante do Chico, apavorado ele começou a ficar.
Um tipo de fumaça branca foi se formando.
Já naquele instante o “valente” Chico tremia como uma vara verde. Um pavor foi tomando conta do coitado!
Com uma voz calma Antonio disse.
Não tenha medo homem!
Ou será que a coragem sua já foi embora com a tempestade?
Ouvindo aquelas palavras Chico sentiu-se ofendido, mesmo apavorado respondeu.
Sou muito homem!
Não é qualquer fantasma que me fará tremer!
Intuitivamente Antonio sabia que era o contrário, mas prosseguiu seu ritual.
Seu intento era somente mostra ao grande amigo que não devemos brincar com aquilo que não conhecemos.
Praticamente a tormenta findou, o céu começava abrir, entre algumas nuvens esparsas os raios do sol lentamente foi iluminando o cipoal, ao mesmo tempo aparente fumaça branca foi tomando forma, para em seguida surgir o fantasma do Sr Afrisco!
O pobre Chico deu um berro estridente, em seguida proferiu as seguintes palavras!
Salve-me meu santo Onofre dessa alma penada!
Assustado a montaria dele deu pinote, jogando-o não chão, o coitado caiu em uma enorme poça, praticamente ficou todo enlameando.
O amigo Antonio por momento ficou acabrunhado com a cena, mas logo voltou ao seu normal, uma vez que o Chico merecia aquela lição.
Ele sê gabava de sê um campeiro que não tinha medo de nada, nem mesmo de assombrações!
Foi de propósito que Antonio deixou os dois novilhos escaparem, seu plano era por o grande amigo em seu devido lugar.
Assim ele demonstraria ao amigo que não devemos contar bravatas.
Sentado na poça assustadíssimo, Chico ficou estático!
Seus olhos estavam esbugalhados, sua aparente valentia caiu por terra!
Descendo do seu cavalo Antonio sê encaminhou na direção do dito fantasma e com imenso carinho disse.
Que a luz do nosso pai ilumine sempre sua vida espiritual nobre amigo!
Uma voz calma respondeu da mesma forma, uma vez que o ambiente que eles estavam propiciavam este dialogo, pois o chamado fantasma praticamente estava materializado como um ser humano, uma vez que no meio da mãe natureza os ectoplasmas são mais fáceis de serem manuseados.
Ambos encaminharam em direção do apalermado Chico que estava extremamente pálido.
Chegando perto o “fantasma” do Sr aprisco com uma voz calma, pausadamente iniciou uma bela transmutação, lumes de vários matizes começaram envolve-lo, suavemente seu corpo plasmático praticamente tomou uma forma maravilhosa.
Colocando uma das mãos sobre a cabeça do apatetado Chico começou dos passes de restituições energéticas, pois com o imenso susto o sofrido Chico estava praticamente desvitalizado.
As células do seu corpo ficaram contraídas, em processos de retesadas, sem conta as células do seu corpo etérico que estava praticamente nos mesmos estados.
Serenamente o rosto do Chico foi voltando a ter sua cor natural, abrindo os olhos ele viu aquele luminoso ser sorrindo calmo para ele.
Inesperadamente todo aquele apavorante medo desapareceu do seu intimo.
Uma imensa paz adentrou no seu espírito, parecia que ele era outro homem.
Entendo uma das mãos Antonio disse.
Como esta meu grande amigo!
Com uma voz serena ele respondeu.
Sinto-me uma enorme paz amiga, parece que um enorme peso saiu da minha costa!
Fico feliz com suas palavras, espero que possa agora presta atenção que o espírito do Sr aprisco tem lhe dizer.
Sou todo ouvido, hoje aprendi que devemos respeitar os chamados mistérios além tumulo!
Erguendo foram os dois conjuntamente o espírito do Sr aprisco em direção de uma pequena clareira onde havia três pedras, com carinho o considerado “fantasma” falou durante quarenta minutos com Chico.
Com cabeça baixa em respeito, ele atentamente absorveu as palavras como sê fosse um liquido cristalino.
Finda o dialogo o espírito do Sr aprisco disse por fim.
Seus pais me mandaram dizer que a rosinha será um excelente esposa, espera que a timidez que o persegue seja superada, pois ela ama você sinceramente como você a ama.
Que sempre que lhes forem permitidos virão visita-lhos seja em sonhos, ou por intuições.
Tenho que partir meus amigos e irmãos há! Um lembre os dois novilhos estão além daquela curva esperado-os!
Abraçando o amigo Antonio, disse.
Meu filho eu desejo que sua jornada na terra seja sempre amparada pelos os divinos mensageiros do grande amor universal, este ensejo dedico a vós meu “destemido campeiro Chico que nunca teve medo dos chamados “fantasmas”!
Assim em fulgente luminosidade Sr aprisco volitou em direção do infinito, a tarde já começa a da o ar de sua graça, olhando pela ultima vez os dois campeiros agradeceram ao pai infindal pelos os esplêndidos conhecimentos auferidos com aquele espírito que quando viveu na terra procurou ajudar, orientar seus semelhantes.
Feliz ambos foram buscarem os dois novilhos.
A fim de mexer com amigo Antonio indagou.
E agora Chico que você aos nossos amigos sobre assombrações?
Rindo ainda sem jeito ele replicou.
Somente vou dizer uma coisa.
O que?
Que os fantasmas não existem, mas que eu acredito, há isto eu acredito!
Novamente dando uma gargalha Antonio retorquiu.
Só você mesmo Chico! Só você mesmo!
AA. -------- J. -------- C. -------- DE. --------- MENDONÇA.
DATA. -------- 29. --------- 03. --------- 2012.
HORÁRIO. --------- 00. 07 MINUTOS