ANJOS 2 DE 7 “MADRUGADA“

Passamos um terço das nossas vidas dormindo. Muitas vezes não nos damos conta disso. O que é o sono? E o que é o sonho? O sono é passivo? E em que fase do sono é que sonhamos? Animais sonham? Bebês sonham?

O sono não é passivo, como se supunha, mas ativo. O período que chamamos de descanso é uma outra fase da vida. Entramos num outro mundo, ou outros mundos, quando dormimos. O ato de dormir é uma mudança de atividade, diferente do estar acordado. No sono a mente seleciona as informações importantes que vivemos durante o dia. No sono são selecionadas as memórias permanentes e as memórias descartáveis, obedecendo-se o critério das emoções vividas, sentidas e percebidas. Sonhamos na quinta fase do sono, onde a atividade cerebral é maior. Quando sonhamos é consolidada a memória, é fortalecida e estabelecida. Sempre o sonho é motivacional, sempre todo e qualquer sonho quer nos levar a algum lugar, nos guiar, nos dirigir. Podemos deitar com um problema e acordarmos com a solução. Mas as pessoas estão sonhando menos. Ao ato de sonhar menos é atribuída às causas dos distúrbios do sono. Dormimos menos e por isso não conseguimos completar as cinco fases do sono e só na quinta sonhamos. A preocupação com a vida, os problemas físicos causados por doenças, a má alimentação ou vida desregrada, são fatores da insônia. O sono perturbado pelo barulho, acima de 32 decibéis, que são uma conversa falada baixa, como o sono de quem trabalha à noite e tenta dormir durante o dia, não permite entrar nas fases do sono. Os cinco estágios do sono são resumidos em dois: o não-sonho e o sonho. Os quatro estágios iniciais são uma lentificação da mente, até ela chegar no nível delta. Nessa fase em que a mente vai ficando mais lenta, é também a fase do sono profundo, o próximo estágio é o sonho. A mente desacelera ao máximo até entrar na fase do sonho, onde se acelera também ao máximo. E é por essa fase que dizemos que o cérebro fica muito ativo e trabalhando muito. Na fase do sonho, a mente atingiu o estado de vigília, de apreensão, assim como num fato grave e inesperado, como a mente tentando controlar o carro desgovernado, ou no momento de um assalto, ou de um prédio pegando fogo e pesamos instantaneamente todas as possibilidades de fuga, e de vida. Em toda a fase do sono existe um alheamento sensorial do meio ambiente. A mente se protege. São necessários 32 decibéis, para nos tirar dessa fase e superficializar o sono, nos tirando do Estágio Cinco, passando para o Estágio Quatro, depois para o Três e assim por diante. Passamos pelos diferentes estágios do sono de quatro a cinco vezes por noite. Sair do Estágio Cinco é voltar às funções intelectuais e psicológicas. O sonho, então, não é nem intelectual e nem psicológico. O que é o sonho, de verdade? Sabemos, entretanto, que quanto mais sonhamos, mais estamos preparados para suportar a jornada do outro dia, principalmente a área intelectual. E criança sonha sim, mas é diferente. Pois se o sonho é um realinhamento dos fatos da vida que vivemos naquele dia, ou dias próximos, o bebê, principalmente enquanto na barriga da mãe, não tem vida passada, ou fatos vividos. O sono agitado do bebê no bercinho é a transcrição do código genético para a estruturação do sistema nervoso. A herança do comportamento e dos reflexos é consolidada nessa hora. Bebê sonha, mas de um jeito diferente. Ele sonha com a herança genética dos seus antepassados. Quando ele está se mexendo num sonho agitado de bebê, ele está, digamos, herdando, geneticamente, os movimentos e comportamentos dos seus antepassados.

Uma das coisas mais interessantes, a respeito dos sonhos, é quando no sonho, ainda sonhando, percebemos que aquele sonho não é nosso. Alguns cristãos estão tão vigilantes, que até em sonho ele percebe que aquilo que está vendo ou percebendo em sonho é demônio e o repreende no sonho. Ou então pode dizer, enquanto no sonho: “Com certeza Deus, isso, não é meu, não sou eu.” A interiorização e a compreensão do que somos e de quem somos, deve atingir esse nível nosso também. Alguns se apercebem da presença de Deus em sonho. Hinos são revelados em sonho, Palavras de pregação, ou de revelação são-nos dadas em sonho. Direcionamentos são dados aos filhos de Deus em sonhos. Se um homem for forte em sonho, será um gigante na vida. Por isso os demônios nos atacam tanto à noite.

Naquela noite João teve um sonho. Viu ele uma nuvem negra, enorme, se revolucionando, ai notou que além da nuvem havia uma montanha, na qual não conseguia ver a base, onde deveria encostar a montanha na terra, não havia nada embaixo - parecia que ela estava suspensa no ar. Enquanto seu espírito se aproximava, ouviu vozes, muitas vozes, que não pode distinguir a principio. Voando no espírito João foi levado até um amplo salão onde anjos estavam dispersos andando de um lado a outro. As vozes eram deles. Firmando o pensamento, ao mesmo tempo que entendia que estava tendo uma visão da noite, uma revelação de Deus, João ouviu os anjos dizendo: “Não há ninguém que ore, não há um só.” No seu interior ele sabia o que era para orar e derramou lágrimas, ao mesmo tempo em que uma potente visitação do Espírito Santo o inundava em sonho e acabou por acordá-lo. Saindo da cama, para não acordar a esposa e os filhos pequenos, João ajoelhou-se em frente ao sofá e pediu que Deus liberasse seus anjos, para que distribuíssem os rolos da Palavra, aos servos que deveriam recebê-los.

No Céu, uma tropa esperava alguém, que orasse na Terra, pedindo que a Palavra fosse entregue. Um dos Tronos fora encarregado dessa obra especifica. Essa era uma Palavra para os tempos do fim. Um a um os anjos dessa tropa foram pegando de um anjo enorme, gigantesco, rolos de pergaminho selados com um selo vermelho, uma gota do sangue de Cristo. Perfilados, o seu general ainda lhes transmitiu alguns dados e orando a Deus, os despediu.

Naquele dia milhões de pregadores receberam, no mundo todo uma visitação de um anjo. Uma mensagem urgente precisava ser pregada no mundo. O mundo passava por perigos inimagináveis, de destruição. Um menino na Índia, de doze anos, que dormia numa rede fora acordado pela presença de um homem com uma roupa branca, que ia até os pés. Ele imaginou que era um homem santo, de alguma maneira. Ele achou que o homem estava brilhando. Uma cristã, da Alemanha, de uns trinta anos, que até o momento nunca lhe fora revelado qual seria o seu dom, fora visitada naquela manhã, enquanto lavava a louça, cantando hinos a Deus, por dois homens que ela pensou, a principio, que seriam vendedores. Uma moça baixinha puxou de dentro de uma sacola, um rolo antigo, selado, enquanto um mendigo a observava, deitado entre cobertores velhos, num beco sujo de Nova York.

João sabia que algo muito sério iria acontecer naqueles dias, mas não sabia o que era. Durante a noite tivera um sonho que muito o impressionara. João viu o Céu e viu anjos chorando por não haver ninguém que orasse na Terra, as orações que Deus queria que fossem feitas. Os homens estavam mais preocupados com seus pedidos do que com a implantação do Reino de Deus. Não sabiam eles que a prosperidade do Reino seria a deles? Durante a manhã inteira ele sentiu um peso espiritual enorme. O seu corpo parecia estar doente. Tudo doía e ele sabia que era devido ao sonho da noite. No meio da manhã, enquanto caminhava de um lado ao outro na sala, angustiado, sendo observado pela sua filha pequena de três anos, que brincava com bonecas, um homem, mais alto do que ele apareceu dentro de sua sala, estando a porta fechada. O homem olhando-o nos olhos, fixamente, lhe deu um rolo, um pergaminho antigo. João quebrou o lacre e leu o que estava escrito. Acabado de ler, com os olhos arregalados ainda, de susto, o homem lhe disse para que ele comesse do rolo. Sem pensar o jovem pastor João começou a comer das folhas do rolo. Na sua boca o gosto era de uma espécie de bolo de mel, quando aquilo caiu porém no seu estômago, João ficou com muitas dores de estômago, a ponto de rolar no chão de dor, enquanto sua esposa o acudia. Ela gritou com o anjo: “O que você fez com ele.” “Mulher – disse o anjo – ele é um dos chamados para pregar a urgente mensagem do fim. Ele não morrerá, mas ele trará vida a outros.”

Bibliografia

“Dormir (bem) é preciso” entrevista com o Prof. Fernando Pimentel de Souza, sobre o sono.

pslarios
Enviado por pslarios em 20/03/2012
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