( continuação texto : Contos -suspense título "Eram da Cidade" pag.2 - cont.
( corrigindo ultima linha da pag. 1 ) " - è mais grossa que nossas
pernas juntas !!! É a avó das cobras !!! "
Pag. 2 - cont.
JÁ, EM CASA, A SALVOS , NA COZINHA DE CHÃO DE TERRA
BATIDA, DONA IRAHIDES, MULHER QUE FORA, OUTRORA, DE CIDA-
DE GRANDE , EX-GRÃ-FINA, POR REVESES DA SORTE HOJE MORANDO
NA LAVOURA, ERA SUPER MEDROSA COM OS PERIGOS EMINENTES
QUE O LOCAL, MAIS SELVAGEM, OFERECIA . TNHA MEDO ATÉ DE
UMA INOFENSIVA MINHOCA. OUVINDO O NARRADO DS CRIANÇAS ,
QUE FALAVAM TODOS AOS MESMO TEMPO , SE OPÔS A QUE O
ARNOLDO SE APOSSASSE DA ESPINGARDA DE DOIS CANOS, DO PAI ,
AUSENTE NO MOMENTO, ESTANDO NO COMANDO DA SAFRA DE
FEIJÃO, LÁ NAS CABECEIRAS DO SÍTIO .
A SENHORA EM QUESTÃO, MÃE DOS MENINOS, AOS GRITOS,
DIZIA :
- "NÃO, NÃO, VOCÊ NÃO SABE ATIRAR COM ISSO !!! NÃO VOL-
TEM MAIS LÁ !! MEU DEUS !! CADÊ MEU CHA DE ERVA CIDREIRA ?"
NO MOMENTO SEGUINTE, OUVIU-SE DOIS FORTES ESTAMPI-
DOS, VINDOS LÁ DO PASTO, TODOS ACORRERAM Á JANELA E PORTA
E VIRAM UM COCORUTO APARECENDO ENTRE AS MACEGAS . ERA O
PEQUENO WALTER DE 6 ANOS QUE GRITAVA :
- " COHECEU PAPUDA !"
PARALIZADOS E BOQUIABERTOS TODOS VIRAM WALTER SUR-
GIR, PUXANDO COM ESFORÇO A URUTÚ, COM A CABEÇA ESFACELADA
PELOS TIROS CERTEIROS . E O MENINO ARRASTAVA COM DIFICULDA-
DE, NA OUTRA MÃO , A ESPINGARDA DO PAI. DEPOIS DE MEDIDA POR
ARNOLDO, CALCULOU-SE QUE A COBRA MEDIA 9 PALMOS MÉDIOS .
INDAGADO COMO FIZERA AQUILO, RESPONDEU EM LINGUA -
GEM INFANTIL E TÍPICA RURAL :
- "ISCUNDI A ARMA DO PAI, NAQUELA ARVE, HOJI CEDO. VI ONTE
ELA E TAVA PERANDO PRÁ MATÁ ELA . TEM MAIS UMA. É UM CASAR"
SILÊNCIO DE SURPREZA GERAL ... E TRISTE ELE AINDA DISSE :
- " SERÁ QUE ELA NÃO TINHA COBRINHAS ? " ...
-O-