Trama Assassina
Seis horas da manhã Rogério levanta, troca de roupa. Pega a sua arma. Vai até o quarto de seus filhos e os beija. Chega ate a cozinha e observa, senta e chora. Passado alguns minutos ele sai de casa.
Sete horas da manhã Raquel se levanta, observa a cômoda de seu quarto revirado e que a gaveta onde se encontrava a arma do casal estava aberta. Observando o seu interior percebe que a arma não estava lá. Vai até o quarto das crianças, as acorda, prepara para a escola. Leva as crianças até a casa onde trabalhava como empregada. Serve café e pães, cortesia de sua patroa, que não se incomodava que toda a manhã as crianças, antes de partirem para escola, fizessem uma refeição.
Raquel tinha uma bela amizade com a sua patroa, que a ajudara em todos os momentos de sua vida e foi além de amiga nos momentos em que o seu marido se envolvera com a bebida. Como advogada a Sra. Vânia a aconselhara a proceder uma separação judicial.
Rogério chega à plataforma da estação de trem. Observa e entra em um vagão. Segue até a última estação. Desce do trem caminha até o fim da plataforma e se escora em uma pilastra. Seus olhos vermelhos não deixam de transparecer a sua angustia, lágrimas descem pelo seu rosto enquanto que o seu bolso sustenta uma arma. Desempregado, desesperado, não compreende este momento de sua vida.
Raquel inicia o seu trabalho, a sua patroa se levanta juntamente com seu marido o Sr. Jonas. Jonas se alimenta. Vai até o quarto de seus filhos e os beija. Um casal, Débora e Marcelo. Sra. Vânia chama Raquel, aperta a sua mão colocando um bilhete. Sr. Jonas se organiza e segue para o trabalho acompanhado de sua esposa que usava um longo vestido azul. Dono de uma mercearia se preocupava em chegar enquanto o estabelecimento ainda não tinha um grande movimento. Jonas chega à plataforma da estação de trem, ele e a Sra. Vânia entram em um vagão. Na penúltima estação Jonas desce do trem, na última desce a Sra. Vânia. Vânia caminha para seguir até o consultório odontológico, consulta que marcara há alguns dias. Ela passa próxima a uma pilastra onde se encontra um homem, aparentemente conhecido, ela sorri e então dois tiros.
Dois anos se passam
Clinica Psiquiátrica Irmã Mendes
- Calma, é só uma pequena injeção. – Falava mançamente um enfermeiro para Oitava, uma indigente que estava sendo tratada na clinica psiquiátrica Irmã Mendes.
Oitava empurra o enfermeiro, dois enfermeiros chegam para ajudar, seguram Oitava e auxiliam na aplicação da injeção, Oitava adormece.
Na recepção do Centro Psiquiátrico uma senhora aguarda pacientemente o restabelecimento de Oitava. Como Oitava não tinha sido devidamente identificada, assim como outras internas; algumas famílias, entidades, particulares as adotavam e asseguravam pelo menos um mínimo de conforto. Transformando-se assim em seus tutores.
Casa do Sr. Jonas
Raquel e Rogério se levantam. Raquel sai da casa de empregados, casa construída no quintal da casa do Sr. Jonas própria para empregados. Ambos entram na casa do Sr. Jonas. Raquel prepara o café. Suas crianças chegam e iniciam a sua refeição. Logo chegam os filhos de Jonas. Rogério chega timidamente, toma o seu café e vai até o estacionamento da casa. Liga o carro de seu chefe. Jonas segue até a cozinha, se alimenta e caminha até o carro. Rogério abre a porta do carro, espera Jonas entrar e a fecha. Ele corre até o banco do motorista, liga o carro e segue o caminho que levará o seu chefe até seu trabalho.
De uma mercearia Jonas erguera um supermercado. Com alguns milhares de reais, proveniente do seguro de vida de sua esposa, ampliara o seu negócio e transformara-se em um empresário de consideração elevada.
Rogério deixa o seu chefe em seu trabalho, estaciona o carro da empresa e segue para a entrada do estabelecimento onde trabalha como segurança. No trabalho Rogério é cumprimentado por Marcio, seu amigo. O dia termina e Rogério pega um carro da empresa e estaciona para receber seu chefe. Ele entra no carro e segue para um bordel. Rogério e Jonas ficam toda à noite na luxuria.
Duas horas da manhã ambos chegam do trabalho em estardalhaço, as crianças acordam. Raquel levanta de sua cama, se aproxima dos homens e é emburrada de encontro à parede por Rogério que cospe e chuta Raquel. As crianças assustadas observavam a cena. Jonas e Rogério se jogam em ambos os sofás que enfeitavam a sala.
Pela manha Jonas e Rogério partem para o trabalho. Raquel serve café para as crianças e as leva para a escola Raquel sai da casa com a intenção de fazer compras.
Duas horas da manhã chegam Rogério e Jonas. Rogério segue para a casa de empregados, percebe uma mulher caminhando no gramado, ela vestia um longo vestido azul, observa atentamente, se assusta e corre para casa. Sr. Jonas logo ao chegar em casa segue para o banheiro para tomar um banho. Ele se enxuga e caminha para o seu quarto. Sr. Jonas percebe uma mulher sair de seu quarto, atravessar a sala e correr para fora da casa, ele a segue e quando chega tenta se aproximar se assusta com a silhueta de uma mulher em seu longo vestido azul.
Rogério e Jonas acordam para o café. Ambos aparentavam cansaço, apavorados. Como a todos os dias Raquel serve as crianças e as prepara para a escola. Rogério segue com o carro, com o seu chefe no banco de traz do carro. Chegando ao trabalho Rogério e Jonas iniciam seus trabalhos. Rogério se coloca em sua posição de segurança do mercado, logo um funcionário se aproxima, observa as feições de Rogério e inicia uma conversa:
- O que passa Rogério?
- Como vai Marcio. – Marcio era um amigo de Rogério de longa data, amigo dele e de Raquel. Ambos disputaram o amor de Raquel na infância.
- Bem amigo, você parece assustado.
- Marcio, você acredita em assombração.
- Claro que eu acredito Rogério, assombrações almas que não tiveram a sua vida resolvida.
Rogério se assusta e afasta Marcio. Marcio aborrecido segue para o seu dia de trabalho. A noite chega, Rogério e Jonas seguem para a boate. Passam a madrugada se embebedando ao chegar em casa seguem para os seus destinos. Jonas toma o seu banho e vai para o quarto, temeroso, mas nada acontece. Ele se acalma e caminha até a sua cama. Chegando próximo a cama percebe um longo vestido azul sobre ela. Jonas corre para fora da casa e lá encontra Rogério apavorado. Ele relata a Jonas que encontrara a sua arma jogada no chão da casa de empregados. Ambos entram na casa. Rogério corre para o quarto de Raquel e a observa deitada em sono profundo. Desconfiado de Jonas Rogério corre para o quintal. Rogério volta ao encontro de Jonas com a arma na mão. Começam uma discussão. Ambos bêbados e assustados começam a se agredir. Eles rolam no gramado da casa engajados em uma luta pela arma, a arma dispara. Jonas é baleado mortalmente, Rogério recua assustado e Jonas dispara.
Durante toda a madrugada a polícia ficou recolhendo informações de Raquel que apenas pôde dizer sobre o seu sono interrompido pelo barulho na madrugada. Raquel acalmou as crianças e se recolheu na casa esperando pelo pior.
Passado dois dias a polícia chegou a conclusão de que o ocorrido se tratava de uma briga entre bêbados. Os bens do Sr. Jonas fora requerido pelos parentes de sua esposa falecida. O Sr. Jonas não tinha parente. Um advogado da empresa que representava o Sr. Jonas fora requisitado para verificar o espólio.
Jonas mantinha um cofre em casa onde guardara alguns documentos, o segredo do cofre era do conhecimento dele e de sua esposa, então tiveram que procurar um especialista para abrir o cofre, não existia como abri-lo se não arrombando. Após a abertura do cofre o advogado chamou a família da Sr. Vânia. O advogado pegou os documentos e antes de revelar o conteúdo leu atentamente, no meio da leitura perguntou aos presentes se naquela casa existia alguma empregada chamada Raquel. Uma irmã de Vânia informou ao advogado que sim e que esta estava em uma casa de empregada no quintal e que no momento estava sendo consolada por um homem chamado Marcio.
Toda a leitura foi realizada e para o espanto de todos o Sr. Jonas não tinha escrito nenhum testamento, mas a Sr. Vânia sim. O testamento deixava todos os bens da família para Raquel, além de colocá-la como responsável pelas crianças. Os parentes ficaram desolados. Saíram informando que entrariam na justiça.
Passaram-se dois dias
Raquel acordou, verificou toda a correspondência. Colocou as crianças para tomar café, levou as crianças para o quintal as informando que chegaria uma pessoa. Uma Ambulância parou, dela desceu dois enfermeiros ajudando uma mulher sair do veiculo. Da ambulância também saltou Marcio que a estava ajudando com toda a papelada e se tornara o responsável pelo supermercado. Raquel olhou as crianças e lhes falou: - Esta é a senhora Oitava ela vai morar conosco, mas aqui vamos chamá-la de Vânia. As crianças se assustaram e Raquel esclareceu: - Eu gostava muito da mãe de vocês e serei sempre grata e como Oitava não tem nome eu coloquei este para que nós nunca mais a esqueçamos. As crianças compreenderam e seguiram para a escola.
Raquel e Marcio entraram na casa escorando Vânia. Entram em um quarto reservado para colocá-la. Um quarto espetacularmente arrumado. Fecham a porta do quarto. Marcio se despede de Raquel e sai da casa.
Raquel se senta em uma cadeira em frente à mesa da cozinha, coloca Martine em um copo e bebe o primeiro gole. Raquel escuta uma porta se abrir, mas não se importa, procura se concentrar em seu Martine. Um vulto chega próximo a Raquel, levanta a mão e repentinamente desce a mão sobre o ombro de Raquel e a abraça pelas costas.
Raquel suspira e deixa sair de sua boca suavemente: - Oi meu amor. Raquel é beijada ardentemente enquanto suas costas são acariciadas lentamente. Uma mão apalpa o rosto de Raquel a deixando desorientada. Raquel beija enquanto suspira palavras desordenadas:
- Como eu esperava por este momento, ainda bem que nos livramos daqueles dois, eu te amo. – Raquel se levantou da cadeira, pegou um copo e serviu outro Martine. Esticou o braço enquanto balbuciava palavras de amor:
- Obrigado meu amor por você existir: - Raquel entrega o copo e se aproxima para mais um beijo:
- Eu te Amo Vânia.
Dois anos antes
Raquel recebe o bilhete da Sra. Vânia e o lê, “Raquel minha querida, estou indo para o Hotel Lemom, aquele que fica no final da estação de trens, te aguardo”. Raquel abraçou o bilhete e esperou que tudo se acertasse na casa. Ela pegou o trem e saltou no final da estação. Ao saltar Raquel percebeu um tumulto entorno de uma pessoa caída.
Lá estava Vãnia cuspindo sangue. Um furo aparecia claramente em sua cabeça e em seu peito outro buraco expelia sangue abundantemente. Uma ambulância recolheu Vânia. Os ambulantes se aproveitaram do momento e recolheram a bolsa de Vânia. Raquel procurou saber qual hospital a levariam e os seguiu. Vânia ficou em coma por um ano e meio até ser levada para á Clinica Psiquiátrica Irmã Mendes. Raquel acompanhou atentamente a sua recuperação. Temia identificar a sua patroa e revelar o seu romance. Vânia recuperou a lucidez e despertou seu ódio.
Tempos atuais
Raquel olha Vânia e lhe serve mais uma dose de Martine:
- Quel eu não quero ficar Bêbada. – falava Vânia entre um belo sorriso.
- Você merece minha Advogada!
Fim ...
Os convido para ler o lançamento do livro
Caminhos do Destino
Cuidado, você poderá ser o Próximo
O Abduzido
Vingança Sangrenta Uma Lição de Amor
E-Book
Para uma leitura agradável no sofá.
Drama, Amor. Um Homem
E as conseqüências
Da Vida.