O horror de Etevaldo

Era uma noite fria, Etevaldo caminhava apressado, passos largos para chegar depressa e também se esquentar um pouco mais. Seu olhar preocupado, pensamentos estavam passando por sua mente com grande rapidez. Postes com iluminação fraca, o som delicado do vento, poucas estrelas no céu, nenhum outra pessoa por perto, pouco podia se enxergar, porém ele sabia o caminho de cor.

Subitamente ele ouve um som abafado que parece ser alguém pedindo socorro, ele para e tentar localizar de onde vem esse som. Demora um pouco, pois o som não é frequentemente repetitivo, arisca se aproximar de um velho galpão. A porta entreaberta o preocupa ainda mais, sente o coração disparado e uma grande vontade de desistir, mas o instinto de solidariedade faz com que ele continue. Com cuidado Etevaldo entra no galpão e dessa vez está certo da origem daquele som. Explora com dificuldade o ambiente devido a pouca luminosidade com identifica uma escada, ele segue em direção à escada sobe pé ante pé. O som cessa e Etevaldo para no meio da escada. Fica esperando a continuação do som e volta o pensamento de sair correndo de lá. Depois de alguns instantes ouve novamente uma forte pancada acompanhada de um urro de dor incrivelmente alto.

Etevaldo dessa vez sem pensar, utilizando apenas o instinto de sobrevivência, desce as escadas, correndo sem olhar para trás até não ter mais fôlego.

Ao chegar em casa, ele chama pela esposa, que não responde. Procura por toda a casa e não a encontra, fica preocupado, liga para ela, entretanto o celular não responde. Chama a polícia e a resposta é que Etevaldo tem que esperar 24 horas para que a esposa seja considerada desaparecida. Etevaldo sozinho em casa tem a pior noite de sua vida. Na manhã seguinte ao abrir o jornal vê duas fotos, sua esposa morta e o galpão abandonado.

DVM
Enviado por DVM em 21/12/2011
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