O conto de Elizabeth Shilisting. O Suicídio
Em um apartamento escuro, em meio de sombras Elizabeth se esconde, banhada por
lágrimas ela olha pra lua com um olhar triste e desejando que fosse o último. Ela olha para a
janela pensando em pular, lá embaixo pessoas andando com sorriso em suas faces,
estampando uma certa felicidade.
- Isso me dá raiva! Ela disse isso como se todos tivessem uma falsa sensação de
felicidade. Ela fecha os olhos, debruçada sobre a janela ela senti o vento em seu rosto,
tudo se torna um enorme silêncio, então não ouve som algum, apenas uma voz ecoando
em sua mente!
- Liberte-se, deixe seu corpo cair!
Dá janela do 15° andar ela se joga ao enorme vazio que se tornou sua vida. Um forte
impacto e tudo parece ter fim...
Dia 28 do mês de março no ano 2010, Elizabeth Shilisting se suicida, a polícia chega ao
local do crime, um crime que precisa ter muita coragem para comete-lo. No chão.... carne,
sangue e ossos tudo bem impossível de reconhecer.
Sobre Elizabeth os amigos não tinham muito a dizer a polícia apenas que era uma jovem de
22 anos, solitária, morava sozinha, com poucos amigos e parentes. Uma pessoa com
dificuldades de fazer novas amizades e com sérias crises depressivas, veio do interior do Rio
grande do Sul, fugindo do seu ex-namorado que a agredia e chegou a ameaça-la de morte,
achou que ficaria tudo bem fugindo para o Rio de Janeiro ficando longe dele.
No apartamento foi achando além de seus pertences pessoais, uma carta em forma de
despedida ao seu velho pai, o qual ficou arrasado ao receber a triste notícia. Em palavras
tristes ela dizia:
“Papai cansei de lutar, de tentar ser aquilo que não sou
peço perdão pela dor que estou te causando....eu sou egoísta!
Por favor me perdoe por isto.
Não agüentava mais tanta perseguição, viver com medo.
A menina forte que o senhor conheceu já morreu a bastante tempo,
só ficou este terrível hospedeiro.
Hoje a noite darei fim a ele.
Te amo pai
Elizabeth Shilisting”