Assassinatos na paroquia

Assassinatos na paroquia

Numa manhã chuvosa, dia dez de janeiro, padre Antunes recebeu uma ligação da prisão, um preso muito doente, na verdade a beira da morte pediu a presença do padre para se confessar pela ultima vez.

Antunes é claro, não rejeitou o convite, pois não queria que o malfeitor morresse afastado de Deus. Antunes Arrumou suas coisas e saiu em direção à prisão. No caminho Antunes recebeu uma mensagem, era um aviso de ligação perdida, era de seu velho amigo Fernando um ex-padre, os dois haviam estudado teologia juntos antes de se tornarem padres.

Antunes se esqueceu de seu compromisso, ele havia marcado uma pescaria com o amigo. Mesmo depois de seu amigo deixar de ser padre a amizade se mantinha firme, até porque Antunes tinha esperanças de que o amigo voltaria a deus mesmo depois de tudo o que aconteceu com eles.

Dez anos antes, aos 26 anos os dois jovens foram ordenados padres de cidades vizinhas. No primeiro anos tudo ocorreu bem para ambos, a paróquia de são Pedro na cidade de Mauá era a maior da região e seu padre era Antunes, já a paróquia de são Estevão em ribeirão pires comandada pelo padre Fernando, era a que mais crescia.

Porem a paz destas cidades se acabou de maneira súbita, começou com a paróquia é Pedro, as crianças que ajudavam na igreja estavam desaparecendo. Em seguida aconteceu também na paróquia é Estevão.

Mas o verdadeiro problema começou quando o corpo de uma das crianças apareceu jogado em frente às escadas da igreja de ribeirão pires.

Nos dias seguintes mais crianças foram encontradas, os crimes só tinham em comum o fato das crianças terem sido abusadas antes de sua morte, e possuírem um crucifixo fincado na carne.

Com o tempo a população de suas cidades começaram a desconfiar dos padres, devido à crescente onda de reportagens da TV sobre a pedofilia entre padres do mundo todo.

Mas o ódio da população se mostrou ainda maior, quando uma das crianças foi encontrada em frente à casa de Fernando. Com muita ira o povo da cidade se juntou para linchar o padre, batendo tanto nele que ele chegou a ficar inconsciente. Nessa hora antes de irem embora o povo decidiu deixar uma lembrança para Fernando, com um pedaço de vidro fizeram uma enorme cicatriz em seu rosto.

Fernando foi internado no hospital local, onde demorou três meses para se recuperar fisicamente, seu psicológico, porém nunca se recuperou, ele passou a odiar as pessoas daquela cidade. Mas o tempo que Fernando passou no hospital serviu para inocentá-lo, pois neste meio tempo mais crianças apareceram.

No entanto Fernando saiu do hospital uma pessoa diferença, ele não acreditava mais na existência de deus, afinal se ele existisse como aceitaria tal injustiça. Porem ele estava decidido a encontrar o assassino, e com a ajuda de seu amigo padre Antunes, encontraram o suposto assassino, cerca de um mês depois. Mas já era tarde, Fernando já havia abandonado a batina.

Estranho se lembrar disso justo neste dia, pois era o aniversario de dez anos da prisão do malfeitor. No meio do caminho Antunes se deparou com um acidente. Um carro havia atropelado uma garota de moto.

Antunes correu para fora do carro com um kit de primeiros socorros para ajudar a tal moça. Ao examiná-la percebeu que não havia nenhum ferimento em sua pele. Der repente Antunes ouviu o barulho de um carro se aproximando, para sua surpresa era o seu próprio veiculo.

Dele desceu um rosto conhecido. - Você? Perguntou Antunes

O homem nem se deu ao trabalho de responder, antes lhe deu um chute no rosto, e junto com os outros que estavam com ele começou a espancar o padre.

Na noite do mesmo dia dez, o telefone de Fernando começou tocar, ele imaginou ser seu amigo Antunes, ligando para se desculpar por ter faltado à pescaria. Ele nem imaginava o que estava para saber.

Ele se levantou do sofá e atendeu a ligação, para sua surpresa não era seu amigo do outro lado da linha e sim um policial conhecido.

O policial disse: por Fernando fique calmo, pois o que vou contar é desagradável. Seu amigo o padre Antunes sofreu um acidente.

Mas como ele esta? Perguntou Fernando. Continuando o policial disse: no acidente o carro de seu amigo capotou três vezes e depois explodiu, e o Antunes não conseguiu escapar, até agora encontramos apenas dois dedos.

Aquilo foi um choque para Fernando, pois até onde sabia ele era a única família viva de Antunes. Apesar de sua amizade ser forte já fazia cinco anos que não se falavam, pelo menos não pessoalmente.

Quando será o velório? Perguntou Fernando ainda tentando enteder tudo o que havia acabado de ouvir. Policial lhe disse para entrar em contato com a prefeitura da cidade para procurar tal informação. Depois de algumas horas telefonando fernando teve a confirmação da hora e local do velorio. Iria ser na antiga paroquia de fernando, pois depois de sua saida da cidade antunes foi transferido para la. Talvez esse fosse o motivo das poucas vizitas que fernando fez a antunes em todos esses anos.

Fernando decidiu ir dormir, pois no outro dia teria de sair cedo de casa para chegar ao velorio a tempo. mas durante a noite seu sono não vinha, então fernando foi dar uma volta para esparecer. Ele foi andando pela vizinhança, e só parou com um susto.

Em sua frente num carro estava antunes, aparentimente muito fraco. Ao tentar se aproximar de seu amigo, o veiculo começou a andar e fernando acorrer atrás dele, mais e mais rapido até que um segundo carro apareceu era a policia.

Os policiais acharam que Fernando estava tentando atacar os passageiros do carro, então o abordadaram e o levaram preso por preocaução.

Fernando foi acordado na cadeia, quase nem se lembrava de como havia chegado lá. O guarda que estava lhe chamando, disse que ele já podia ir embora, pois não havia cometido nenhum crime.

Saindo de lá, Fernando foi direto para o velório de seu amigo. Ao chegar à cidade reparou que muitos dos moradores ficavam lhe encarando, mas não fez caso, o que ele mais queria era se despedir de seu amigo.

O local era a antiga igreja, a paróquia que um dia já foi sua. Para sua surpresa a igreja estava vazia, nem um dos membros da paróquia havia comparecido.

O clima na verdade se mostrava assustador, pois as janelas da igreja estavam fechadas, e a igreja era iluminada somente por velas. Ao se aproximar do caixão fechado, ele imaginou ser por causa da explosão, não deveriam ter encontrado todos os pedaços, até porque o velório foi marcado muito rápido.

Quando estava prestes a chegar ao caixão, Fernando viu um vulto se movimentar no fundo da igreja, tentou reconhecer a pessoa, mas, tudo que podia ver naquele breu foi que era um homem vestido de roupas pretas.

Fernando falou: Bom dia. Mas o homem de preto não respondeu sua saudação, mas sim começou dizer: Triste ver alguém que você gosta muito ser enterrado, não?

Fernando perguntou: quem é você? E o homem de preto continuou: Hoje é o dia do começo da minha vingança, você vai sentir o que eu senti tudo por culpa sua e de seu finado amigo.

Ao tentar se aproximar do homem Fernando foi atingido por alguém e desmaiou. Fernando acordou horas depois em uma casa abandonada, em total escuridão.

Seu celular tocou, era um numero desconhecido, Fernando atendeu meio zonzo, e a voz do homem de preto começou a lhe dizer: Que bom que você acordou pensei que não teríamos tempo para brincar.

Fernando estava tonto e não entendia nada, brincar com você? Onde eu estou?

O homem de preto continuou: vou de dar uma ajuda, você está na cena de crime, alias suas digitais estão por todo o canto. Então as luzes da casa foram acesas, e para o horror de Fernando ao seu lado havia um cadáver, e ele estava coberto de sangue.

O homem continuou: acho bom você sair daí, pois a policia deve estar chegando. Mas eu vou te ajudar só que para isso você vai ter que passar no meu teste, você tem até as 13h30min para chegar ao endereço que você tem no bolso. Antes de desligar acho melhor te dizer para olhar para trás, e desligou o telefone.

Ao se virar Fernando viu um homem ferido apontando uma faca para ele.

cont.

lazzarhus
Enviado por lazzarhus em 18/10/2011
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