Pavor

Tic Tac, Tic-Tac e assim continua o som que vinha daquela parede fria e de cor clara na sala de estar, eu olhando para lá via um relógio que tinha um pêndulo que ia e vinha, ia e vinha, e este som ecoava dentro de minha cabeça que já estava cansada de um dia agitado, transito caótico, e o corpo já entregue a um final de mais um dia.

Mas voltando ao tic tac do relógio eu via a noite cada vez mais escura e as horas passavam e o frio envolvia toda a casa, num assoprar do vento que entrava pela fresta da janela, das portas que davam para o lado de fora, e eu fiquei observando as horas que não paravam e se aproximava a meia noite, quando faltava cinco minutos para as doze badaladas, eu olhei para o pendulo e parece que comecei a entrar em transe, uma hipnose, e vi que do relógio começara a sair umas imagens que me deixaram estremecido, eram imagens de cavalos, cachorros, pássaros e outros animais, e eles ficaram dentro da sala olhando para mim, e eu me colocando de pé , caminhei em direção aquele relógio e quando me vi diante dele apareceu uma porta aberta e do outro lado tinha uma claridade forte, parece um clarão que era o inverso daquela sala escura e a noite como um breu.

Caminhei em direção a porta e não é que comecei a atravessá-la? Senti como se o sol brilhasse ao meio dia num dia de verão, e quando atravessei, do outro lado, ouvi um som de badaladas, era o relógio que marcava a hora certa para que eu despertasse, então acordei e saí para mais um dia de labuta.

Abraços

Dico fogo
Enviado por Dico fogo em 24/09/2011
Reeditado em 28/09/2011
Código do texto: T3239247