A casa de Rose, capítulo X
Rose está confusa com tudo que tinha lhe acontecido, as mãos pararam de sangrar, mas examinado-as elas não tinham ferimentos, pensa consigo estava vendo coisas? Estaria ficando louca com essa história? O sangue parecia tão real, Rose estava sentava em um banco numa praça que ficava perto da sua casa, quando se acalmou retornou para casa,já é noite, caminha devagar, realmente estava com medo de entrar na sua própria casa. Rose abre a porta devagarzinho, caminha para o banheiro, enquanto tomava banho à porta tranca-se sozinha, ouvindo o barulho quando a porta fecha-se atrás de si, Rose fecha o chuveiro, caminha ate a porta e percebe que ela não quer abrir, apavora-se torce o trinco várias vezes e empurra, mas esta ação não resulta em nada, rodeando o banheiro com os olhos procurando algo que possa lhe ajudar não encontra nada. Ouve uma risada maléfica e três batidas na porta, Rose apavora-se mais ainda, a água na banheira parecia sangue, tudo parecia um pesadelo, estava sozinha naquela situação.
Ouve alguém chegando à porta chama o seu nome.
-Rose você está ai?
-Milla? Milla me ajude, estou presa!
-Oh! Deus, o David está aqui comigo.
-Peça a ele que vá a cozinha e pegue uma faca.
David sente na casa um ar pesado, concerteza havia um espírito atormentado naquela casa, David pega a faca na cozinha.
-Rose, vou tentar abrir a porta.
-Por favor, eu quero sair daqui.
David consegue abrir, ver Rose totalmente apavorada, apenas com uma toalha enrolada no corpo, Rose olha novamente para a banheira a água tinha voltado a sua cor normal. Abraça David e chora.
-Meu Deus, David eu não agüento mais.
-Calma, vamos te ajudar.
Sentada no sofá, Rose parecia mais calma, David e Milla cada um do seu lado. Milla quebra o silêncio.
-Quem lhe trancou no banheiro?
-Não sei, a porta trancou-se sozinha.
-Rose, ela não se trancou sozinha, alguém lhe trancou no banheiro, e concerteza foi o espírito que habita nesta casa.
David decide saber o que esse espírito quer, então propõe
-Precisamos fazer uma reunião para saber o que ele quer.
-Vamos a cozinha disse Rose.
Sentaram-se, deram às mãos. David fechou os olhos, colocando-se para fazer uma oração, pede para que todos se concentrem para trazer forças positivas.
Peco-lhes que não temam o que há de acontecer aqui, continue de mãos dadas, não podemos quebrar a corrente, aconteça o que for.
-O espírito que aqui habita diz o queres? Disse-lhe David com voz autoritária.
De repente os pratos começaram a quebrar sozinhos, as portas do armário batiam violentamente e os quadros das paredes caiam,Milla se apavora, tenta soltar as mãos de Rose, David a repreende.
-Não fique com medo, Por favor!
-Vou lhe fazer umas perguntas, peço-lhe que der duas batidas para indicar afirmação e três para não.
David sentia que o espírito estava perto.
-Você precisa de ajuda?
Ouvem-se três batidas.
-Queremos lhe ajudar, para que você poder partir deste local e continue a sua viajem.
Ouvem-se um silêncio, Milla chorava baixinho, Rose parecia está em transe com os olhos arregalados olhando pra o nada. David continua.
-Peço-lhe que se materialize.
Novamente os barulhos começaram, ouve-se um grito de dor, um vento frio passa entre os três que compõe a mesa. Aos poucos ao lado de Rose aparece o vulto de um homem aparentava ter uns trinta anos de idade, tinha marcas em seu perispírito, uma bem perto do peito, seu rosto era desfigurado. O vulto parecia imóvel perto de Rose.
-Porque seu espírito ficou preso nessa casa? Perguntou-lhe David
Com uma voz baixinha, como um sussurro que parecia vim do além o espírito respondeu-lhe
-Fui assassinado nesta casa, no ano de 1889 e fiquei preso por motivo de vingança.
-Quem lhe assassinou?
-Minha companheira me traiu e junto com seu amante tirou-me a vida.
-Peço que por força maior, deixe esta casa e continue sua viajem para o plano astral.
-Não posso! (Disse o espírito num tom ameaçador) Meu corpo foi enterrado aqui, estou completamente ligado a está casa, somente quem me matou poderá me libertar.
-Em que lugar está o seu corpo? Perguntou novamente David.
-Em um lugar de sangue, em um dos quartos.
Rose estava em transe, o espírito a levava ao passado, como num sonho ela estava de frente a sua casa, que parecia totalmente mudada, um jardim espesso cercava a casa, eram pinheiros altíssimos, era uma manhã ensolarada. Rose aproximou-se da porta e entra na casa, ver uma sala enorme com uma cadeira de balanço e uma lareira um carpete forrado no chão, uma estante a onde estão alguns livros, ao olhar o calendário perto da lareira assusta-se o ano era de 1889, realmente tinha voltado ao passado, há mais de um século atrás, o silêncio na casa é quebrado quando ouve uns gritos de dores e desesperos no andar de cima, sobe à escada, os gritos parecem vim de um quarto, ao chegar a porta, depara-se com uma cena horrível, uma mulher esfaqueava um homem sem piedade, enquanto o seu amante cavava um buraco no chão, aquela era a mulher do seu sonho, que agora esfaqueava seu marido, tendo como cúmplice o amante.
Desesperada Rose gritava por ajuda, nenhuma das pessoas que estavam no quarto parecia ouvi-la, quando de repente toda a sua visão foi ficando turva, Rose voltava-se a si, ao retornar, Milla e David a segurava, David a chamava pelo nome, mas em sua mente seu nome não era aquele, tinha sido outro. Enfim acorda.
-Rose o que aconteceu com você? Perguntava Milla desesperada.
Rose chorava, e as únicas palavras que saiam da sua boca, foram confusas.
-Eu o matei, eu trai e o matei
David percebendo que Rose tinha feito uma regressão disse:
-Rose antes de ele desaparecer, disse que você saberia o local.
-Agora eu entendo porque minhas mãos estavam sangrando, David! Porque eu matei o meu marido na minha vida passada.
-Ele disse que você precisava desenterra-ló, e enterra seu corpo em um cemitério.
-Eu não posso! Eu tenho medo, David.
-Não tenha medo, você sabe que o prendeu nesta casa e só você pode libertá-lo
- Vamos ao quarto! Disse Rose.
CONTINUA...