Véspera de Natal
Nessa noite repleta de paz, minha mente se encontra em uma confusão infernal que consome até o meu coração, essa confusão que sempre me espreitou, mas somente neste imenso tédio ela se mostrou presente.Me apresentara o meu maior medo: o vazio.Olhando a pequena árvore que transformei em uma "linda árvore de natal", palavras ditas pela minha filha Nicole de 9 anos, linda!.A tradicional chuva que fora prevista até por toupeiras, começa a cair tão serena e medicinal, dando um brilho esplêndido a árvore, mas eu nem a sinto, apenas olho para dentro de mim, parece irônico mas a minha confusão, não é nada mais nada menos, que eu!
Primeira vez que me vi, finalmente a maldita confusão conseguira seu êxito, apenas me mostrando para mim mesmo!
A chuva aumenta consideravelmente, porém agora muda de cor, uma chuva avermelhada, e um pouco...salgada! É sangue! Meu sangue! Me senti fraco, cai em cima da lama que a chuva formara em meu jardim, revistei meu corpo em busca de um ferimento. Ao virar o corpo lentamente, percebo um peso em minha mão direita, viro o rosto e vejo uma beretta em minha mão direita, agora sinto o vento forte passar pelos furos de meu corpo carregando meu sangue sem dó...Me enganei! o êxito da confusão se deu agora, ela convenceu minha mente a expulsar o estranho que habitava meu corpo.