A Rua Proibida

Ano: 1996...

Caso: Assassinatos por magia negra..

Local: Rua Esther Godói...

Perigo: Não entre jamais...

Estamos em um ano que tudo é extremamente assustador. Infelizmente a mente humana está cada vez mais podre.. Ano de 1996 e assassinatos jamais descobertos. Corpos jamais encontrados e justiça jamais feita.

A rua Esther Godói, sempre fora uma rua movimentada, com muitas crianças e muitos animais. Era uma rua sem saída, por isso todos aproveitavam para brincar, jogar bola, enfim tudo para uma maravilhosa infância.

Mais nem tudo que parece perfeito é na maioria das vezes perfeito. Naquela mesma rua, bem no final, morava uma senhora, cujo todos chamavam de bruxa. Era a senhora Rutemberg, uma velha de uns 60 anos, que nunca saia de casa e que sempre implicava com as crianças e as ameaçava, dizendo que iria matá-las.

Ninguém nunca ligava para aquela velha senhora de cabelos grisalhos e olhar furioso. Mas tudo tem seu preço.

Em uma bela manhã de sol, Gabriela, uma criança linda de cabelos dourados, saiu para brincar com sua amiga Rute, que quase não saia de casa com medo da velha Rutemberg. Nesse exato dia resolveu sair.

As duas meninas brincavam tranquilamente pela rua sem saída, quando de repente gabriela caiu e se machucou. Gritando desesperada com muita dor no joelho, Rute tentou acalmar a amiga, mais logo a velha que odiava barulho de crianças saiu pela porta ameaçando as duas.. :- Suas pestes, fedorentas, saiam da minha rua.. Com medo e dor gabriela, falou assustada:- Calma senhora Rutemberg, eu estou machucada e está doendo muito. Rute que morria de medo , saiu correndo e não olhou para trás. Gabriela ficou lá, olhando assustada. A velha puxou a menina, e disse:- Agora vou te mostrar a não incomodar senhoras como eu menina.. Levou a menina para dentro e nunca mais ninguém a viu.

Dois anos depois, a mãe de Gabriela, continuava ali com esperanças, de que a filha fosse aparecer. O tempo passava, os anos também e por ali na rua as crianças iam desaparecendo sem deixar pistas. A mãe de Gabriela de tão exausta e tão sem fé, morreu no chão de sua casa enquanto tentava achar um comprimido para pressão. O tempo passou. A senhora Rutemberg, não saia com frequencia de casa , somente quando alguém a perturbava abaixo da sua janela.

Dez Anos Depois ( 2006)

A rua Esther Godói , nunca mais fora a mesma, todos tinham medo de forma que não sabiam explicar. A senhora Rutemberg morrera ali mesmo de uma forma que ninguém jamais entendera. De alguma forma, para todos foi bom aquela velha ter morrido, mais quem sabe, já estava tão velha que já não se aguentava, velha, surda e sem dentes, numa cama sem falar nada.. Era na verdade pouco para tudo que ela tinha feito para as crianças. Mais tanta raiva, só a fez ficar sozinha até msmo na hora de sua morte. Os vizinho descobriram porque, vinha um cheiro insuportável de sua casa. Ligaram para a policia e até que arrombaram a sua porta, e a surpresa foi vê-la completamente em osso e carne podre estirada no sofá. Retiraram e a enterraram como indigente, já que não tinha parentes.

Depois desse dia, sua casa foi fechada e nada retirado dali, pois alguns que se atreviam entrar para mexer, escutavam vozes e griitos, passos e em seguida vinha um cheiro horrível no ar. Então ninguém conseguia tirar nada dali.

Alguns dias se passaram, e tudo voltou ao normal. Crianças brincando, jogando bola, rindo conversando. Tinha apenas um problema, quando as conversas era um pouco mais altas, parecia que a velha estava vigiando, algumas crianças escutavam seus gritos, e sua voz ecoava pela rua sem saída. Juravam até ver a velha Rutemberg, pela casa vagando. Isso fez as crianças se afastarem dali, pelo menos por um tempo ou por alguns anos.

Passou-se um ano após a morte da Rutemberg, tudo por ali estava mudado, exeto a casa da velha, esta continuava no mesmo lugar e intacta. As crianças cresceram, e se mudaram. Outras crianças vieram no lugar, e como não sabiam do fato ocorrido, brincavam numa boa.

Um dia, resolveram bisbilhotar, oque havia na casa fechada. Subiram em cima de uma pedra que existia por ali e olharam lá dentro. Inconformados só em ver, quiseram entrar lá dentro e vistoriar melhor. A casa da velha Rutemberg, tinha um sotão, de porta quebrada, a porta dava pro lado de fora, foi por aí que eles entraram.

A casa era simples, havia uma sala com flores mortas num vaso , uma cozinha muito suja e um banheiro.. Subindo as escadas, haviam dois quartos... Um quarto grande, que continha uma cama, um espelho e uma pentiadeira vermelha ao lado. O outro quarto estava trancado. Forçando a porta para tentar ver oque tinha lá dentro, as crianças entre oito e doze anos, ficaram apavoradas ao ouvir uma voz tremorosa que dizia:- Saiam daí suas pestes.. Eu vou matar vocês. E mais assustadas ainda ficaram quando viram a velha vindo em sua direção.. Mais aquela não poderia ser uma pessoa, ela não estava no chão. Ela estava flutuando, tinha uma cara feia, um cheiro horrível. As crianças sairam correndo em direção a porta, mais uma delas esqueceu das escadas e caiu de cambalhotas lá em baixo, batendo a cabeça . O sangue escorreu , com certeza tinha quebrado a coluna. Era frágil, sensível. As outras três crianças correram para tentar escapar, mais era muito tarde, a porta tinha se fechado, e elas estavam lá dentro presas. Gritaram apavoradíssimas, mais aquela gargalhada ensurdecedora os fez cair e gemer baixinho no chão. Um rapaz que passava pela rua ouviu os gritos , e chamou ajuda. Quando chegaram e entraram na casa, as crianças estavam mortas no chão. Sangue saia pelas orelhas e boca e no olhar deles tinha uma leve expressão de pavor. Olhos abertos que pediam ajuda, quando ninguém mais poderia ajudar.

Isso tudo era medonho, como poderia ser, a velha já estava morta. Na verdade será que ela era mesmo uma bruxa como suspeitavam as outras famílias..? Foi oque muita gente se perguntou ao arrombarem a porta de seu quarto trancado. Lá havia, muitas velas pretas, um pentagrama no chão, e em cada ponta do pentagrama, o nome das crianças escritos.. :- Todas as crianças desaparecidas desde 1996, disse um policial que morava ali fazia muito tempo. Sob a escrivaninha havia um livro, de magia negra.. Aberto no ritual de sacrificio. Na cama, vários bonequinhos de voodo. Havia um que estava com a perna quebrada, justamente a perna que Gabriela machucara aquela tarde de sol de 96. Não podiam acreditar em tudo que estavam vendo. Com muita coragem, foram retirar tudo que estava ali, um mal cheiro veio do nada para interrompe-los, mas continuaram. Tudo ali foi queimado, em ritual de magia branca, para purificar o lugar e tirar dali todo mal que havia existido. A casa foi demolida, Mais uma coisa chamou atenção deles , quando os muros caíram, ali bem no porão, por onde as crianças entraram, estavam todos os corpos das crianças mortas só em osso. Assim quando acabou tudo enterraram todas elas.

Mais o corpo de Gabriela, nunca foi encontrado.. Dizem as línguas da rua proibida, que o corpo de Gabriela tinha sido queimado em algum ritual. Disso ninguém tinha certeza.

Quinze anos depois (2021)

Aquele cemitério era calmo, quase ninguém ia lá.. Exeto algumas crianças.. Crianças dessa época, rebeldes, pixavam as lápides de qualquer um.. E bem a lápide da velha Rutemberg. Quando uma criança se aproximou, escutou a voz dizendo:- Pestes, saiam da minha casa. Mais já era tarde, o cheiro exalava, e a criança não conseguiu correr, foi pega pelas pernas, caiu.. A velha Rutemberg tinha voltado.. Puxou a criança com voracidade , bateu a cabeça na pedra da lápide e morreu. As outras saíram correndo, chamando ajuda. Quando alguns pais , com os gritos das crianças, resolveram ir até lá.. O menino havia sumido. Mais na lápide estava escrito.

Ano:1996

Nome: Velha Rutemberg

Bruxa, velha fedorenta..

Em baixo estava Pestes, saiam da minha casa... Vou matar vocÊs..

A velha Rutemberg, havia arranjado outra casa..? Não sei, mais uma coisa é fato.. As suspeitas se confirmaram.. Ela era sim uma bruxa.. E estava cuidando da sua casa..

BiaPrieto
Enviado por BiaPrieto em 25/08/2011
Código do texto: T3182267
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