A casa de Rose, capitulo II

De volta pra casa, Rose deteve-se por um tempo olhando fixamente para a sua casa, aparentemente parecia uma casa normal com um jardim e uma boa varanda para passar as tardes de domingo. Ao entrar em casa, cautelarmente como se estivesse a ponto de flagrar alguém, pensou mais o quer que eu estou fazendo?Não tem ninguém nessa casa a não ser eu mesma, mas caminhou à casa toda, para ver se tudo estava como tinha deixado antes de sair pra trabalhar, tudo parecia estar no seu devido lugar, sentou-se em sua poltrona preferida colocando os pés em cima do centro, ligou a TV estava passando um noticiário sobre a sua cidade.

Lembrou-se que precisava ligar pra sua mãe, para lhe avisar como foi a viajem e que estava tudo bem e que a sua mãe iria falar todo sermão que lhe disse antes de sair da casa dela, entendia a preocupação da sua mãe, afinal era filha única, mas a mãe teria que lhe entender, pois não era mais uma criança estava com vinte e um anos, queria ser independente, e não tinha nada do que ela se preocupar, estava tudo ótimo, ela tinha conseguindo o emprego que sempre quis. Resolveu ligar

-Alô?

-Oi mãe, tudo bem?

-Oh!Minha filha, como é que você sumiu não me liga pra dizer se está bem?

-Mas, estou bem, não tem do que a senhora se preocupar

-Se você estivesse aqui comigo, eu não me preocuparia.

-Mas eu quero ter minha vida, meu emprego, viver independente.

-Eu lhe entendo, apesar de não concordar totalmente com você morando longe de mim.

- Ok! Mãe vou ter que desligar agora, está tudo ótimo ok?

-Ok! Mas me ligue sempre, não deixe sua mãe preocupada.

-Ta bom, te amo mãe

- Se cuida

Rose desliga o telefone e lembra que tem que arrumar unas pastas para o trabalho amanhã, sobe pra o quarto, pega as pastas de cima do criado mudo, senta na cama quando ia começar a organizar escuta um barulho, seu coração bate forte, o medo lhe chega, mais caminha lentamente até a sala, ao chegar ver uma xícara estilhaçada no chão, apanha os cacos, acaba se cortando, vai a cozinha para jogar os cacos no lixo, ao examinar seu ferimento ver que não foi profundo o corte, apenas na ponta do seu dedo indicador, lavando o ferimento começa a analisar toda a cena, lembrou perfeitamente que aquela xícara não estava na beirada do centro e sim no meio, não tinha como ela cair, a não ser que alguém a pegasse e jogasse no chão, no quarto, Rose permanecia acordada, mas os barulhos cessaram, enfim adormeceu.

O relógio em cima do criado-mudo toca, eram seis horas da manhã, precisava levantar e ir para o trabalho, mas deteve-se por uns minutos a pensar na cena da noite passada, e lembrou-se de ter sentido algo gelado em seus pés quando dormia. Precisava contar para alguém sobre esses barulhos estranhos, mas não teria coragem iriam achar que ela era louca, lembrou-se da mãe, mas logo achou que não contaria, porque a sua mãe poderia surtar achando que eram ladrões. Levantou-se preparou o café, tomou banho e saiu, o dia estava lindo, pelo menos esqueceria um pouco de tudo que estava lhe acontecendo.

O trânsito estava um caos, fez malabarismo para conseguir uma vaga no estacionamento da empresa, Rose trabalhava como corretora na empresa RS imobiliária, uma empresa de dois irmãos que eram sócios, ela não teria gostado de uns olhares que um de seus patrões lhe dera no dia que a conheceu na entrevista e os olhares persistiam, pegou o elevador, sua sala ficava no quinto andar do prédio, a partir dai começava o seu duro dia. De volta pra casa, Rose lembrou-se que o corretor que lhe vendeu aquela casa não lhe disse o nome dos antigos donos da casa, e porque os seus donos estavam tão ansiosos a ponto de terem lhe vendido pela metade do preço?Tudo isso lhe parecia estranho, precisava investigar a história daquela casa.

CONTINUA...

Aryanna Nascimento
Enviado por Aryanna Nascimento em 22/08/2011
Reeditado em 16/09/2011
Código do texto: T3176318
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