O ACOSSADOR - PARTE FINAL
Feliz, mas impaciente, a tarde arrastou-se, quando escutou o barulho da porta, correu e estavam Roberto, Fernando, Leonardo e seu pai. Leonardo adiantou-se e lhe disse:
O ladrão de telefone, velho conhecido da polícia, é conhecido por Mano, contou que uma pessoa, enviada por outro malandro, comprou um celular roubado e que a linha ainda estivesse ativa até que o dono se desse conta do roubo e fosse cancelada.
Segundo ele, normalmente compram pelo aparelho em si, não interessa a linha, sabem
que após a denúncia será desligada – não importa, trocam o chip – no caso dessa pessoa
interessava linha ativa e não o aparelho.
Agora a polícia pensa chegar ao comprador desse aparelho através do outro malandro que deu a dica de compra. Esse fim de semana, com
sorte saberemos quem te enviava mensagens.
Ana, nervosa, perguntou: e as floriculturas ou a loja de roupas eróticas?
Leonardo respondeu: Depende de uma ordem judicial e tem sua demora, como tudo.
É melhor os alcagüetes e os ladrões de rua, não precisa de ordem e quando sentem que podem terem complicações, falam!
Jantaram juntos, dava para sentir um clima de preocupação, no entanto, a família estava unida, se amavam e se respeitam, iam resolver isso e retomar a tranquilidade que sempre
tiveram. Os irmãos foram-se e Ana ficou conversando com seu pai até que o sono venceu a ambos.
Sábado, despertou-se cedo, decidiu fazer almoço, assim teria a cabeça ocupada, não estaria pendente de que Leonardo viesse ou lhe chamasse. Serviu o almoço, recebeu elogios de seu pai, sabia era mentira não sabia cozinhar, mas igual gostou do elogio.
Estavam tomando um café e chegou Leonardo. Localizaram o comprador do celular, um malandro, com várias passagens por extorsão, cheque sem fundos, etc.
Estava detido para averiguação, porque quando percebeu que sua situação ia ficar muito complicada, disse, para a polícia que foi contratado por uma senhora que lhe pagou dois mil reais para enviar as mensagens, os presentes e por último o carro. Depois trataria algo mais e pagaria três mil reais.
Que senhora? Por quê?
Calma Ana já saberá todos os detalhes.
Calma! Veja o que virou minha vida por uma louca que nem conheço!
A polícia vai chegar até ela, fazendo o malandro chamá-la exigindo mais dinheiro, senão vai falar com a polícia, marcará um encontro e, quando ela aparecer, será dado o flagrante.
Comprovando tudo, será enquadrada em vários artigos do código penal.
Fim de semana nervoso passou arrastando, Ana já não suportava andar dentro do apartamento, queria a sua vida de volta sem maiores complicações, adorava a sua profissão,
pretendia ser uma ótima neurocirurgiã.
Segunda-feira saltou cedo da cama, estava ansiosa, só tomou um café, seu pai não foi trabalhar para ficar com ela e, não tinha outro
jeito que esperar...
Já era quase 17h00min não resistiu e ligou para Leonardo, que não atendeu.
No entanto, não demorou muito e escutou o barulho da porta, era Leonardo. Pela cara que estava não era coisa boa. Olhou para Ana e o seu pai e disse: Sentem-se!
Quem estava por trás de todo esse inferno que você viveu Ana, era Carla.
Carla? Por quê? É minha amiga, nunca discutimos por nada, não nos víamos diariamente pelo trabalho de ambas, mas sempre ouve carinho e respeito.
Você tinha carinho e respeito, porque ela te odeia e tudo por papai.
Dr. Rubens, espantado, disse: Por mim? Por quê? Leonardo, respondeu: No início da tua carreira, você foi o advogado defensor de um caso importante sobre posses de terras e, você ganhou o pleito para seu cliente que era Honório Rocha de Farias e o perdedor que era o pai de Carla se chamava José Tadeu Fragoso, não só perdeu suas terras, como de desgosto suicidou-se, deixou a esposa e dois filhos pequenos Pedro e Carla, que tinha meses.
Cresceu ouvindo que papai era o grande culpado de toda a desgraça da família, fomentou ódio durante anos, na Universidade se aproximou de você sabendo filha de quem era, adquiriu confiança, e preparou tudo isso, porque fazendo você sofrer, papai sofreria, principalmente se você fosse ferida fisicamente ou algo pior.
Meu Deus! Disse Dr. Rubens, lembro agora do caso, eu cumpri com meu dever de advogado,
Dentro dos parâmetros da lei, como sempre fiz!
Ana levantou-se e perguntou a Leonardo: que acontecerá com Carla?
Solicitou um advogado, pagou fiança, responderá o processo em liberdade, mas poderá ser condenada a prisão, principalmente por ter colocado sua vida em risco.
Para surpresa de todos, Ana disse: quero retirar a queixa. Não vai não, respondeu o irmão, Vou sim! Você é meu advogado e vai fazer o que eu acho correto. Faça um acordo com o advogado dela, precisa tratar-se, está doente, já sofreu muito e, eu não quero julgar ninguém mas, acredito que todos esses anos sentindo ódio, já é um castigo bastante grande.
Foi até o quarto, agarrou suas coisas, beijou seu pai, seu irmão e disse:
Retomo minha vida, preciso ficar sozinha, tenho que repensar muitas coisas, porque perdi a confiança no ser humano e na minha profissão não deve ser assim.
FIM
Feliz, mas impaciente, a tarde arrastou-se, quando escutou o barulho da porta, correu e estavam Roberto, Fernando, Leonardo e seu pai. Leonardo adiantou-se e lhe disse:
O ladrão de telefone, velho conhecido da polícia, é conhecido por Mano, contou que uma pessoa, enviada por outro malandro, comprou um celular roubado e que a linha ainda estivesse ativa até que o dono se desse conta do roubo e fosse cancelada.
Segundo ele, normalmente compram pelo aparelho em si, não interessa a linha, sabem
que após a denúncia será desligada – não importa, trocam o chip – no caso dessa pessoa
interessava linha ativa e não o aparelho.
Agora a polícia pensa chegar ao comprador desse aparelho através do outro malandro que deu a dica de compra. Esse fim de semana, com
sorte saberemos quem te enviava mensagens.
Ana, nervosa, perguntou: e as floriculturas ou a loja de roupas eróticas?
Leonardo respondeu: Depende de uma ordem judicial e tem sua demora, como tudo.
É melhor os alcagüetes e os ladrões de rua, não precisa de ordem e quando sentem que podem terem complicações, falam!
Jantaram juntos, dava para sentir um clima de preocupação, no entanto, a família estava unida, se amavam e se respeitam, iam resolver isso e retomar a tranquilidade que sempre
tiveram. Os irmãos foram-se e Ana ficou conversando com seu pai até que o sono venceu a ambos.
Sábado, despertou-se cedo, decidiu fazer almoço, assim teria a cabeça ocupada, não estaria pendente de que Leonardo viesse ou lhe chamasse. Serviu o almoço, recebeu elogios de seu pai, sabia era mentira não sabia cozinhar, mas igual gostou do elogio.
Estavam tomando um café e chegou Leonardo. Localizaram o comprador do celular, um malandro, com várias passagens por extorsão, cheque sem fundos, etc.
Estava detido para averiguação, porque quando percebeu que sua situação ia ficar muito complicada, disse, para a polícia que foi contratado por uma senhora que lhe pagou dois mil reais para enviar as mensagens, os presentes e por último o carro. Depois trataria algo mais e pagaria três mil reais.
Que senhora? Por quê?
Calma Ana já saberá todos os detalhes.
Calma! Veja o que virou minha vida por uma louca que nem conheço!
A polícia vai chegar até ela, fazendo o malandro chamá-la exigindo mais dinheiro, senão vai falar com a polícia, marcará um encontro e, quando ela aparecer, será dado o flagrante.
Comprovando tudo, será enquadrada em vários artigos do código penal.
Fim de semana nervoso passou arrastando, Ana já não suportava andar dentro do apartamento, queria a sua vida de volta sem maiores complicações, adorava a sua profissão,
pretendia ser uma ótima neurocirurgiã.
Segunda-feira saltou cedo da cama, estava ansiosa, só tomou um café, seu pai não foi trabalhar para ficar com ela e, não tinha outro
jeito que esperar...
Já era quase 17h00min não resistiu e ligou para Leonardo, que não atendeu.
No entanto, não demorou muito e escutou o barulho da porta, era Leonardo. Pela cara que estava não era coisa boa. Olhou para Ana e o seu pai e disse: Sentem-se!
Quem estava por trás de todo esse inferno que você viveu Ana, era Carla.
Carla? Por quê? É minha amiga, nunca discutimos por nada, não nos víamos diariamente pelo trabalho de ambas, mas sempre ouve carinho e respeito.
Você tinha carinho e respeito, porque ela te odeia e tudo por papai.
Dr. Rubens, espantado, disse: Por mim? Por quê? Leonardo, respondeu: No início da tua carreira, você foi o advogado defensor de um caso importante sobre posses de terras e, você ganhou o pleito para seu cliente que era Honório Rocha de Farias e o perdedor que era o pai de Carla se chamava José Tadeu Fragoso, não só perdeu suas terras, como de desgosto suicidou-se, deixou a esposa e dois filhos pequenos Pedro e Carla, que tinha meses.
Cresceu ouvindo que papai era o grande culpado de toda a desgraça da família, fomentou ódio durante anos, na Universidade se aproximou de você sabendo filha de quem era, adquiriu confiança, e preparou tudo isso, porque fazendo você sofrer, papai sofreria, principalmente se você fosse ferida fisicamente ou algo pior.
Meu Deus! Disse Dr. Rubens, lembro agora do caso, eu cumpri com meu dever de advogado,
Dentro dos parâmetros da lei, como sempre fiz!
Ana levantou-se e perguntou a Leonardo: que acontecerá com Carla?
Solicitou um advogado, pagou fiança, responderá o processo em liberdade, mas poderá ser condenada a prisão, principalmente por ter colocado sua vida em risco.
Para surpresa de todos, Ana disse: quero retirar a queixa. Não vai não, respondeu o irmão, Vou sim! Você é meu advogado e vai fazer o que eu acho correto. Faça um acordo com o advogado dela, precisa tratar-se, está doente, já sofreu muito e, eu não quero julgar ninguém mas, acredito que todos esses anos sentindo ódio, já é um castigo bastante grande.
Foi até o quarto, agarrou suas coisas, beijou seu pai, seu irmão e disse:
Retomo minha vida, preciso ficar sozinha, tenho que repensar muitas coisas, porque perdi a confiança no ser humano e na minha profissão não deve ser assim.
FIM