A Navalha Cega

Sobre a mesa está ela, seu brilho se fora junto a tantos destinos consigo cruzados.

Um homem dorme sobre um leito, sonha um sonho (sabe-se lá qual) como qualquer homem.

Uma navalha ociosa... Quem a deixara ali?

O homem coberto pela vasta sombra ressona... seus sonhos o movem na cama, suas mãos crispadas suam , quando possesso, a navalha impunha...

Gotas de sangue pintam as paredes, mancham a poltrona do carro... água e sabão retiram os rastros.

O homem desperto já não se lembra, é hora da ceia e a navalha está cega na mesa.

Ivanita
Enviado por Ivanita em 14/07/2011
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