A Navalha Cega
Sobre a mesa está ela, seu brilho se fora junto a tantos destinos consigo cruzados.
Um homem dorme sobre um leito, sonha um sonho (sabe-se lá qual) como qualquer homem.
Uma navalha ociosa... Quem a deixara ali?
O homem coberto pela vasta sombra ressona... seus sonhos o movem na cama, suas mãos crispadas suam , quando possesso, a navalha impunha...
Gotas de sangue pintam as paredes, mancham a poltrona do carro... água e sabão retiram os rastros.
O homem desperto já não se lembra, é hora da ceia e a navalha está cega na mesa.