O ACOSSADOR – 1ª. PARTE
Soou a alarma do relógio e, Ana Maria, espreguiçou-se, olhou à hora e marcava 09h00min, lembrou que era seu dia livre, levantou-se, abriu as cortinas e observou que era um lindo
Dia de primavera apropriado para correr no Parque Barigui.
Tomou uma ducha rápida, colocou roupa esportiva, prendeu o cabelo, agarrou a chave e o MP3, adorava caminhar ouvindo música, e dirigiu-se a rua.
Vivia perto do Barigui, seu apartamento ficava no Bairro Champagnat, em poucos minutos já estava no Parque.
Sempre que era possível, não abria mão desse pequeno prazer, adorava o entorno do Parque, as árvores, plantas, o lago, sentia que as tensões da semana dentro do hospital, desapareciam.
Sentia-se renovada para outra semana.
Era médica, recém formada, estava trabalhando no Hospital Santa Cruz, situado no Bairro do Batel, por enquanto era clinica geral, mas pretendia fazer especialização em neurocirurgia, e justamente o reconhecido Neurocirurgião Dr. Carlos Medeiros de Farias, não só trabalhava no mesmo hospital, como no próximo ano, após prestar exames para a especialidade, ela com sorte teria ele como seu mentor.
Parou para descansar, desligou o MP3, queria ouvir a natureza que lhe rodeava, quando subitamente, teve a sensação de que era observada. Discretamente olhou para os lados para trás e não viu nada, levantou-se e resolveu voltar para casa.
Chegou ao edifício onde morava no 5º. Andar, e o porteiro lhe disse bom dia e entregou-lhe uma bela caixa, cuja tampa era transparente e, havia uma orquídea, e com um sorriso, disse:
Deve ser de um admirador seu.
Ana Maria, não disse nada, era discreta, agradeceu e entrou no elevador. Durante o trajeto, abriu a caixa e não havia nenhum cartão, no entanto, embora amasse as flores, não teve uma
boa impressão desse presente, não sabia definir, mas lhe incomodava.
Entrou no apartamento, deixou a caixa em cima da mesa e foi tomar um banho quente, pois iria almoçar com seu pai e seus irmãos. Como sua mãe havia falecido quando ela tinha dois anos, fora criada pelo pai com a companhia de três irmãos, talvez por isso fosse uma mulher de temperamento forte.
Arrumou-se, olhou no espelho e gostou da imagem refletida, era naturalmente elegante, alta, corpo bem delineado, cabelos castanhos claros, olhos esverdeados, cílios largos, seu rosto delicado formando um belo conjunto e, quando sorria era simplesmente encantadora.
Tinha que apurar-se para não chegar atrasada, pois seu pai vivia do outro lado da cidade, no Alto da Glória, mesmo de carro e com o transito levaria uns 30 minutos para chegar. Entrou direto na garagem e foi ao 15º. Andar abriu a porta com sua chave e lá estavam todos os homens da sua vida, seu pai Rubens e seus irmãos, Roberto, Fernando e Leonardo, todos advogados tinham um escritório importante no centro da cidade.
Foi abraçada e beijada, ouviu, como sempre, elogios, e riram felizes, por estarem juntos.
Durante o almoço conversaram amenidades, cada um falava sobre seus projetos e Ana Maria ouvia atentamente, até que seu pai lhe perguntou: e a nossa médica, como passou a semana?
Uma loucura! Plantão de 24 horas, um dia de descanso e depois
12 horas e, às vezes até mais.
E, tempo para o amor? Ela respondeu: quando acontecer, prometo que vocês serão os primeiros, a saber. E, por falar nisso, sabe que hoje me mandaram orquídeas numa bela caixa
Para o meu apartamento e não tinha cartão de identificação.
E um dos irmãos, disse: deve ser um interessado tímido. Ana Maria, respondeu é pode ser.
Passaram uma bela tarde e aos poucos foram saindo, Ana Maria foi à última, não sem antes voltar a dizer: Pai, você precisa casar de novo, ainda é jovem, já nos criou, não deve ficar sozinho nesse enorme apartamento, ele apenas sorriu e lhe beijou e disse Doutora sabe tudo, como sempre.
Quando chegou ao seu apartamento já era noite, foi direto ao quarto, ligou o televisor, foi a cozinha serviu-se de um copo de coca-cola e voltou para o quarto, tirou a roupa, colocou um pijama confortável e deitou-se para ver um pouco de televisão.
Estava semi dormida, quando percebeu que estava tocando o telefone do quarto, atendeu e apenas ouviu uma respiração, disse quem fala? Nenhuma resposta e desligaram.
Não deu importância – deveria ser alguém que discou errado – tocou novamente, atendeu e, outra vez apenas uma respiração, ficou irritada e disse: Quem é? Com quem falar? Nada...
Apenas a respiração. Não agüentou e gritou: pare de incomodar, se não quer falar, não ligue e bateu o telefone.
Lembrou da orquídea, foi à sala, agarrou a caixa e jogou no lixo da cozinha, mesmo sentindo pena da bela flor, mas não sabia definir, estava incomoda irritada com os telefonemas,
Decidiu ligar para sua amiga Carla, infelizmente não estava em casa, deixou mensagem e resolveu deitar, tinha que levantar cedo no outro dia.
Acordou com o telefone tocando, olhou o relógio e era 01h00min, atendeu e nada! Apenas a respiração sentiu medo, levantou ligou a luz e ficou parada pensando, amanhã vou comprar um identificador de chamada.
E, a noite transcorreu num verdadeiro inferno, cada hora soava o telefone e ela não queria desligar, pois achava um desaforo, mas quando chegou 05h00min, não agüentou e arrancou da tomada, estava cansada, o pouco que conseguiu dormir, teve pesadelos.
Despertou-se, antes de tomar banho, tomou um café bem forte, para reanimar-se, e decidiu ligar seu celular, já que o do apartamento estava desligado e, para sua surpresa tinha 20 mensagens de texto, abriu e conforme foi lendo, sentiu um frio percorrer o seu corpo, eram todas iguais e diziam: Você estava linda, correndo no Parque!
Continua...
Soou a alarma do relógio e, Ana Maria, espreguiçou-se, olhou à hora e marcava 09h00min, lembrou que era seu dia livre, levantou-se, abriu as cortinas e observou que era um lindo
Dia de primavera apropriado para correr no Parque Barigui.
Tomou uma ducha rápida, colocou roupa esportiva, prendeu o cabelo, agarrou a chave e o MP3, adorava caminhar ouvindo música, e dirigiu-se a rua.
Vivia perto do Barigui, seu apartamento ficava no Bairro Champagnat, em poucos minutos já estava no Parque.
Sempre que era possível, não abria mão desse pequeno prazer, adorava o entorno do Parque, as árvores, plantas, o lago, sentia que as tensões da semana dentro do hospital, desapareciam.
Sentia-se renovada para outra semana.
Era médica, recém formada, estava trabalhando no Hospital Santa Cruz, situado no Bairro do Batel, por enquanto era clinica geral, mas pretendia fazer especialização em neurocirurgia, e justamente o reconhecido Neurocirurgião Dr. Carlos Medeiros de Farias, não só trabalhava no mesmo hospital, como no próximo ano, após prestar exames para a especialidade, ela com sorte teria ele como seu mentor.
Parou para descansar, desligou o MP3, queria ouvir a natureza que lhe rodeava, quando subitamente, teve a sensação de que era observada. Discretamente olhou para os lados para trás e não viu nada, levantou-se e resolveu voltar para casa.
Chegou ao edifício onde morava no 5º. Andar, e o porteiro lhe disse bom dia e entregou-lhe uma bela caixa, cuja tampa era transparente e, havia uma orquídea, e com um sorriso, disse:
Deve ser de um admirador seu.
Ana Maria, não disse nada, era discreta, agradeceu e entrou no elevador. Durante o trajeto, abriu a caixa e não havia nenhum cartão, no entanto, embora amasse as flores, não teve uma
boa impressão desse presente, não sabia definir, mas lhe incomodava.
Entrou no apartamento, deixou a caixa em cima da mesa e foi tomar um banho quente, pois iria almoçar com seu pai e seus irmãos. Como sua mãe havia falecido quando ela tinha dois anos, fora criada pelo pai com a companhia de três irmãos, talvez por isso fosse uma mulher de temperamento forte.
Arrumou-se, olhou no espelho e gostou da imagem refletida, era naturalmente elegante, alta, corpo bem delineado, cabelos castanhos claros, olhos esverdeados, cílios largos, seu rosto delicado formando um belo conjunto e, quando sorria era simplesmente encantadora.
Tinha que apurar-se para não chegar atrasada, pois seu pai vivia do outro lado da cidade, no Alto da Glória, mesmo de carro e com o transito levaria uns 30 minutos para chegar. Entrou direto na garagem e foi ao 15º. Andar abriu a porta com sua chave e lá estavam todos os homens da sua vida, seu pai Rubens e seus irmãos, Roberto, Fernando e Leonardo, todos advogados tinham um escritório importante no centro da cidade.
Foi abraçada e beijada, ouviu, como sempre, elogios, e riram felizes, por estarem juntos.
Durante o almoço conversaram amenidades, cada um falava sobre seus projetos e Ana Maria ouvia atentamente, até que seu pai lhe perguntou: e a nossa médica, como passou a semana?
Uma loucura! Plantão de 24 horas, um dia de descanso e depois
12 horas e, às vezes até mais.
E, tempo para o amor? Ela respondeu: quando acontecer, prometo que vocês serão os primeiros, a saber. E, por falar nisso, sabe que hoje me mandaram orquídeas numa bela caixa
Para o meu apartamento e não tinha cartão de identificação.
E um dos irmãos, disse: deve ser um interessado tímido. Ana Maria, respondeu é pode ser.
Passaram uma bela tarde e aos poucos foram saindo, Ana Maria foi à última, não sem antes voltar a dizer: Pai, você precisa casar de novo, ainda é jovem, já nos criou, não deve ficar sozinho nesse enorme apartamento, ele apenas sorriu e lhe beijou e disse Doutora sabe tudo, como sempre.
Quando chegou ao seu apartamento já era noite, foi direto ao quarto, ligou o televisor, foi a cozinha serviu-se de um copo de coca-cola e voltou para o quarto, tirou a roupa, colocou um pijama confortável e deitou-se para ver um pouco de televisão.
Estava semi dormida, quando percebeu que estava tocando o telefone do quarto, atendeu e apenas ouviu uma respiração, disse quem fala? Nenhuma resposta e desligaram.
Não deu importância – deveria ser alguém que discou errado – tocou novamente, atendeu e, outra vez apenas uma respiração, ficou irritada e disse: Quem é? Com quem falar? Nada...
Apenas a respiração. Não agüentou e gritou: pare de incomodar, se não quer falar, não ligue e bateu o telefone.
Lembrou da orquídea, foi à sala, agarrou a caixa e jogou no lixo da cozinha, mesmo sentindo pena da bela flor, mas não sabia definir, estava incomoda irritada com os telefonemas,
Decidiu ligar para sua amiga Carla, infelizmente não estava em casa, deixou mensagem e resolveu deitar, tinha que levantar cedo no outro dia.
Acordou com o telefone tocando, olhou o relógio e era 01h00min, atendeu e nada! Apenas a respiração sentiu medo, levantou ligou a luz e ficou parada pensando, amanhã vou comprar um identificador de chamada.
E, a noite transcorreu num verdadeiro inferno, cada hora soava o telefone e ela não queria desligar, pois achava um desaforo, mas quando chegou 05h00min, não agüentou e arrancou da tomada, estava cansada, o pouco que conseguiu dormir, teve pesadelos.
Despertou-se, antes de tomar banho, tomou um café bem forte, para reanimar-se, e decidiu ligar seu celular, já que o do apartamento estava desligado e, para sua surpresa tinha 20 mensagens de texto, abriu e conforme foi lendo, sentiu um frio percorrer o seu corpo, eram todas iguais e diziam: Você estava linda, correndo no Parque!
Continua...