E se acontecesse com você???



Jornal Evolução, Segunda, 13 de junho de 2011 11:42

José Heráclito residia numa cidadezinha do interior, bem lá no pé da serra onde o vento faz a volta.

Uma vez por semana ele se dirigia à venda (armazém) do seu Manuel para efetuar compras de mantimentos, o rancho semanal.

Seguia sempre a pé, mas tomava o cuidado de fazer as compras rapidamente e voltar logo, pois no meio do caminho entre sua casa e a venda existia um cemitério.

Na vila o pessoal contava muitas estórias macabras ocorridas com o pessoal que passava por aquelas paragens a noite, de fazer tremer qualquer valentão.

Certo dia, após fazer as compras, José encontrou o amigo Ambrósio que há muito não via e assim passaram a entabular uma conversa demorada, revivendo o passado saudoso: os bailões na vila, as pescarias e caçadas pelos rios e bosques da região, as paqueras com as belas morenas nos finais de semana, as travessuras dos tempos de adolescentes, lembranças dos colegas que partiram para outros lugares ou para sempre, enfim sobre os tempos que deixaram muitas belas recordações.

Quando se deram conta já havia escurecido, parece que, justamente naquele dia, a noite chegou mais depressa nas asas dos ventos ululantes da serra.

E fazia muito frio também, de fazer tremer as queixadas dos caboclos.

Pois bem, não restava ao José outra alternativa, se despedir do amigo e   retornar ao lar, mesmo que fosse necessário “passar em frente do cemitério”, o qual ficava em local ermo sem ter nenhuma residência nas proximidades.

Despediu-se de Ambrósio e começou a andar carregando a sacola com as compras adquiridas.

Suas pernas tremiam, não sabia explicar se de frio ou de receio pois teria que passar no escuro pelo  local lúgubre.

Um sibilar estranho pode se ouvir, José Heráclito petrificado deixou cair a sacola com as compras.

Recompôs-se: graças aos céus exclamou tremulante: era só um morcego.

A seguir avistou uma mulher que seguia logo em frente, a poucos metros de distância.

Imediatamente agradeceu a Deus por essa graça e apressou os passos.

Ao se aproximar da mulher foi logo cumprimentando:

- Boa noite, tudo bem minha senhora?

- A mulher foi cortês em sua resposta.

- Diga-me uma coisa, disse o José: por acaso a senhora não tem medo de passar sozinha, durante a noite, defronte a esse cemitério?

- Pois é meu filho, quando era VIVA EU TINHA !!!

 

Obs. Estória contada por meu amigo Valdomiro Nenevê. (História do Cemitério) na qual dei alguns “pitacos” (meti o bedelho) 


 
 

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Versão para o Espanhol por Analia Velarde

Tucumã - Argentina


Y si te ha pasado?

José Heráclito vivía en un pequeño pueblo, y no al pie de la montaña donde el viento da la vuelta.
Una vez por semana que se dirigía al almacén de Manuel para la compra de suministros semanales para la estancia.
Iba siempr...e a pie, pero realizó las compras rápidamente, ya que en el camino entre su casa y el almacén había un cementerio.
Todo el pueblo contaba muchas historias macabras ocurridas all personal que estaba en ese lugar por la noche.
Y un día, después de las compras,se encontró con José Ambrosio, su amigo al que no veía hacía mucho y se entretuvo charlando un largo rato, reviviendo el pasado, los bailes del pueblo, la pesca y la caza a lo largo de los ríos y los bosques de la región, la reunión con las morenas los fines de semana, las travesuras adolescentes, lindos tiempos, recuerdos de sus compañeros que se fueron del pueblo para siempre, y finalmente sobre los tiempos que han dejado muchos recuerdos hermosos.
Cuando se dieron cuenta había oscurecido, parece que ese mismo día, la noche no tardó en llegar en las alas de los vientos huracanados de la montaña.
Y fue muy muy fría,hacía agitar las fauces de la de los agricultores itinerantes.
Bueno, no había otra posibilidad para José,que despedirse de sus amigos y regresar a casa, incluso "pasando por el cementerio", que estaba lejos de todas las casas,y muy aislado de todo.
Se despidió de Ambrosio y empezó a caminar con la bolsa de los comestibles que había comprado.

Sus piernas le temblaban, no podía explicar si era de frío o del miedo por tener que pasar por ese lugar tan lúgubre y oscuro.
Un extraño silbido se oyó, José Heráclito petrificado dejó caer la bolsa con las compras.

Gracias a Dios....!!!-exclamó agitando: era sólo un palo.
Entonces vio a una mujer que pasaba cerca.
Inmediatamente dio de nuevo gracias a Dios por eso gracia y apuró el paso.
Al acercarse a la mujer , le dijo:..- Buenas noches, señora ...!

- La mujer respondió amablemente.
- Dígame una cosa, dijo José, por casualidad, la señora ¿no tiene miedo de ir sola por la noche, frente a este cementerio?
- Bueno, mi hijo, sí, lo tenía...cuando estaba viva...



 

Nota: historia contada por mis amigos Valdomiro Nenevé e Maurélio Machado (Historia del Cementerio) en la que me dio "dos centavos" (pongo l nariz)