Relato de uma suicida.
Sentada espero o tempo, nem sei porque o espero...só pretendo tomar minha taça de vinho e comer os últimos grãos de granola.
Vou até a janela, a Avenida está mais movimentada do que de costume essa noite.
Bebo outra taça de vinho, agora com mais vontade pois minha mente já está consumida pelo álcool; tenho apenas 16 anos, sou fraca para bebidas...
Abro a janela, sinto o vento beijar minha face como uma bela despedida e arejar todo o apartamento.
Com os pés descalços subo as escadas de dois em dois degraus com velocidade até a cobertura, e encontro aquele quem eu esperava, magnífico ser, ah mais que lindo ser...
Estendeu-me a mão e eu a apertei com toda força e certeza. Como num sonho saltamos, sem medo e sem remorsos,Por instantes, sonhei..
Senti o impacto do chão gelado junto a um estrondo, não consegui pensar em nada, as dores, o sangue... Com muito esforço inclinei minha cabeça para o lado e o vi, lindo como sempre foi!
Estendeu-me a mão e eu a apertei com toda força e certeza. Como num sonho caminhamos em direção a luz que ofuscava nossos olhos, e nós sorriamos, sem medo e sem remorsos como sempre, e para o Sempre fomos.
(Jadyfirmino)
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