MÃE DESESPERADA!


Graças a Deus! Pensou Júlio, em vinte minutos estarei em casa.
Estava cansado, viagem longa, um dia horroroso, uma garoa fina, não deu trégua em nenhum momento, já estava anoitecendo, o asfalto negro, resvaladiço, diminuiu a marcha, quando começou a avistar as luzes da cidade ligou a rádio, precisa ouvir algum barulho, fez a curva com todo cuidado e, subitamente estava a sua frente uma mulher toda molhada, lhe fazendo sinal que parara. Encostou o carro, abriu o vidro e já foi dizendo: Cuidado! Não fique nessa curva, com chuva, pode ser atropelada, sorte sua que vinha devagar. E, a mulher aproximou-se, era jovem, estava muito pálida a roupa branca molhada, parecia transparente, chorando a mulher lhe disse: preciso que me ajude a encontrar meu filho! Por favor, preciso que me ajude!
Júlia fechou o vidro e, saiu do carro e, a mulher não estava! Não podia acreditar! Não estava louco, viu a mulher, escutou o seu lamento de dor procurando o filho... Esperou um pouco, olhou para todos os lados e, não viu nada! Sentiu certo mal estar, um arrepio lhe percorreu o corpo.
Voltou para o carro, colocou em marcha e, escutou, me ajude a encontrar meu filho! Olhou pelo espelho e, a mulher estava sentada atrás.
O susto foi tão grande que perdeu o controle da direção e a última coisa que sentiu é que o carro dava voltas, voltas...
O silencio da noite foi cortado por sirenes, retiraram Júlio de dentro do carro, estava muito ferido, e repetia: Tirem a mulher de dentro do carro e o policial rodoviário, iluminou com sua lanterna e não havia nada, aproximou-se e disse a Júlio, o senhor fique tranqüilo, vamos cuidar disso, agora lhe vão levar para o hospital.
Quando a ambulância saiu, o policial olhou para o seu colega e disse: Outro louco da estrada, não venceu a curva e, pensou que tinha uma mulher no carro e, seu colega rindo lhe respondeu, deve ser o fantasma da mulher atropelada nessa curva, num dia como hoje, chuvoso, estava voltando para sua casa, tinha um filho de três anos, que está sendo criado por sua mãe. Vários motoristas dizem que ela anda por aí, perdida, querendo encontrar o filho...
 
 
 

verdades e mentiras
Enviado por verdades e mentiras em 01/04/2011
Reeditado em 01/04/2011
Código do texto: T2884106
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