PORTA- RETRATO
Como aconteceu com vários brasileiros, nos anos 90 muitos se foram do país para tentarem a sorte em outras terras. Roberto e Ana casaram e decidiram ir viver em Miami e, assim iniciaram sua nova vida. Após um tempo, as coisas estavam indo bem, decidiram que já era hora de terem filhos. E, assim foi, nasceu Pedro Paulo, teve esse nome em homenagem a seu avô paterno. E, a vida foi passando, apesar das saudades, já fazia oito anos que viviam fora do Brasil, Pedro Paulo já estava com seis anos e, certo dia Ana, percebeu que ele falava sozinho no seu quarto, ria muito, parecia que estava brincando com outra criança. Não deu importância, sabia que as crianças costumam ter amigos imaginários.
No entanto, esse hábito tornou-se parte da rotina diária de Pedro e, Ana começou a se preocupar. Quando certo dia, a mesa estava posta para comerem, ele disse: Mamãe coloque outro prato, meu amigo quer jantar!
Ana e Roberto tomaram a decisão! Vamos levá-lo a uma psicóloga.
E, assim foi feito. Após a consulta, retornou a casa mais tranqüila, a psicóloga disse que não estava acontecendo nada grave com Pedro e, recomendou que freqüentasse período integral na escola, pois assim interagiria mais tempo com outras crianças e, com isso esqueceria do amigo imaginário.
Após vários dias, seguindo as recomendações, aparentemente estava tudo normal, ele não falou mais do amigo, salvo algumas vezes que Ana escutava gargalhadas dele no quarto, mas como assistia filmes de desenhos, não se preocupou, até porque estava super feliz, finalmente, retornariam ao Brasil, com a grana que conseguiram ganhar, montariam seu próprio negócio e, também queriam criar a Pedro, convivendo com toda família, pois afinal ele era conhecido apenas por fotos que eram constantemente enviadas para os parentes.
Chegou o dia! Embarcaram e a alegria era tanta que quando se deram conta já estavam no aeroporto de São Paulo, prestes a embarcarem em outro vôo para Londrina.
Foram recebidos com faixas, flores, teve de tudo, choro, risada... Finalmente se dirigiram a casa da mãe de Roberto, que não pode ir ao aeroporto, tinha sido operada e estava em recuperação. Quando chegaram, a irmã de Roberto abriu a porta e, Pedro foi o primeiro, correndo porta dentro e, começou a gritar! Mamãe! Papai! Meu amigo veio comigo! Está aqui! E, todos ficaram parados, sem saber o que dizer, Pedro segurava o porta retrato do pai de Roberto, que havia falecido há mais de vinte anos....
Como aconteceu com vários brasileiros, nos anos 90 muitos se foram do país para tentarem a sorte em outras terras. Roberto e Ana casaram e decidiram ir viver em Miami e, assim iniciaram sua nova vida. Após um tempo, as coisas estavam indo bem, decidiram que já era hora de terem filhos. E, assim foi, nasceu Pedro Paulo, teve esse nome em homenagem a seu avô paterno. E, a vida foi passando, apesar das saudades, já fazia oito anos que viviam fora do Brasil, Pedro Paulo já estava com seis anos e, certo dia Ana, percebeu que ele falava sozinho no seu quarto, ria muito, parecia que estava brincando com outra criança. Não deu importância, sabia que as crianças costumam ter amigos imaginários.
No entanto, esse hábito tornou-se parte da rotina diária de Pedro e, Ana começou a se preocupar. Quando certo dia, a mesa estava posta para comerem, ele disse: Mamãe coloque outro prato, meu amigo quer jantar!
Ana e Roberto tomaram a decisão! Vamos levá-lo a uma psicóloga.
E, assim foi feito. Após a consulta, retornou a casa mais tranqüila, a psicóloga disse que não estava acontecendo nada grave com Pedro e, recomendou que freqüentasse período integral na escola, pois assim interagiria mais tempo com outras crianças e, com isso esqueceria do amigo imaginário.
Após vários dias, seguindo as recomendações, aparentemente estava tudo normal, ele não falou mais do amigo, salvo algumas vezes que Ana escutava gargalhadas dele no quarto, mas como assistia filmes de desenhos, não se preocupou, até porque estava super feliz, finalmente, retornariam ao Brasil, com a grana que conseguiram ganhar, montariam seu próprio negócio e, também queriam criar a Pedro, convivendo com toda família, pois afinal ele era conhecido apenas por fotos que eram constantemente enviadas para os parentes.
Chegou o dia! Embarcaram e a alegria era tanta que quando se deram conta já estavam no aeroporto de São Paulo, prestes a embarcarem em outro vôo para Londrina.
Foram recebidos com faixas, flores, teve de tudo, choro, risada... Finalmente se dirigiram a casa da mãe de Roberto, que não pode ir ao aeroporto, tinha sido operada e estava em recuperação. Quando chegaram, a irmã de Roberto abriu a porta e, Pedro foi o primeiro, correndo porta dentro e, começou a gritar! Mamãe! Papai! Meu amigo veio comigo! Está aqui! E, todos ficaram parados, sem saber o que dizer, Pedro segurava o porta retrato do pai de Roberto, que havia falecido há mais de vinte anos....