A Fera dos Olhos Flamejantes - Cap. III

O Ataque Mal Sucedido

Lua cheia. As ruas logo ficaram desertas, ouvia-se apenas o barulho do vento soprando forte nas árvores. Os animais ficavam quietos, existia até entre eles o medo de atrair aquela coisa para perto. Nas casas nem a luzes ficaram acesas. O temor baixou sobre aquele solo e as plantas nasciam mortas. A fera sedenta de sangue e carne fresca crescia diante o brilho da lua, era terrível, as descrições feitas pelos moradores não expressava a metade do quão apavorante ela era. Suas garras eram capaz de estraçalhar uma pessoa com apenas um golpe, suas patas eram o dobro do tamanho de uma mão humana, o pelo negro ofuscando o brilho da lua deixava a noite ainda mais escura, as presas com dentes extremamente afiados capas de cortar facilmente uma barra de ferro, os olhos vermelhos cor de sangue flamejavam de fúria. Era mesmo de se temer, nem um homem seria capas de enfrentar tal criatura e sair vivo para contar a história. A coisa parecia ser invencível.

Como todos os homens escutaram a lenda contada pelo velho ancião, eles montaram uma estratégia para enfrentar a criatura. Os homens esconderam-se em um velho moinho, deixaram ali uma isca para que a fera fosse atraída e caísse na emboscada, porém tudo que foi projetado não saiu como deveria. Foi um desastre. Não foi um massacre por que o monstro não o quis. Foram quatro vidas perdidas, homens bravos que se dispuseram a proteger a todos tentando distrair a coisa enquanto os outro corriam por suas vidas. Mesmo vendo a fuga dos derrotados, o destruidor de vidas deixou-os correr, parecia que ele estava saboreando o medo em seus corações só em ver o pavor dos pobres homens correndo e rogando por suas miseráveis vidas. Toda a coragem que eles tiveram para enfrentar o temor e tentar derrotar o que temiam foi sucumbida pelos gritos atenuantes que quebravam o silêncio daquela noite de lua cheia. O grande lobo saciou sua fome com carne humana pela sua primeira vez naquela cidadezinha, o sabor parecia agradá-lo o que poderia trazer mais pavor ainda àqueles que ali viviam.

Ao amanhecer os homens se perguntavam como a fera descobrira seus planos. E a hipótese de que ele fosse alguém que estava entre eles se concretizou. Pois só uma pessoa que teria planejado tudo com eles saberia como o plano seria procedido. A desconfiança caiu sobre os olhos de todos. Nasceu-se a discórdia entre as famílias, e nem os melhores amigos acreditavam em palavras proferidas pelos mesmos. Era um desastre social. O pequeno vilarejo que cultivava a paz e a harmonia estava em conflito, mais um mal se instalava sobre o teto do povoado. Já não bastava aquela horripilante criatura abalar os nervos das pessoas, agora a população brigava entre si. Algumas pessoas partiram para as agressões físicas, quebravam, destruíam tudo. Os mais rebeldes até prenderam pessoas que suspeitavam ser a monstruosa criatura. Pessoas morreram injustamente, vítimas de uma criatura que nem sequer chegaram a vê-la, era trágico o que acontecia. Como poderia toda a passividade de um vilarejo ser destruído por aquele monstro.

Oc Abbady
Enviado por Oc Abbady em 03/01/2011
Reeditado em 03/01/2011
Código do texto: T2706929
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.