Morte no Parque central de Liverpool

(Meia-noite) Parque central de Liverpool

Narrativa:

A noite está tão gelada quanto o coração dos pobres mortais que habitam abaixo de seus mantos, a névoa revela um ar de suspense,aliás,oculta os que escondem sua face da luz insipda das luminárias.

Dois homens com vestes negras e capuz o escondendo vossos rostos se encontram,eles se sentam no banco,próximo ao lago frio,um dos rapazes tira de seu bolso um maço de cigarro, ele acende um, ele esta nervoso,suas mãos suam e tremem, não por causa do frio,mas de algo que ele teme,o outro aparentemente calmo,não fuma e olha fixamente aos gestos do outro.

Rapaz 1(o calmo):

_Então trouxeste-me o produto?

Rapaz 2:

_Me desculpe,você me deu pouco tempo.

(ele a cada instante se mostra mais nervoso).

Rapaz 1:

Tempo,te dei muito tempo,este negócio,é para homens de verdade,pois aqui não há espaços para erros.

Rapaz 2:

Perdoa-me,prometo que amanhã ainda,o produto estará contigo.

Rapaz 1:

Não existe segunda chance,lhe jogarei aos cães,implore a eles piedade.

Narrativa:

O homem mais calmo se vaio outro ainda tenta implorar piedade,mas não há mais como voltar atrás,quando uma roda de um carro se desprender,todo o carro vira por causa da roda, o homem sabe que muitos pagarão por seu erro,e por isso,muitos cobiçarão sua cabeça.

2 horas depois Parque central Liverpool

O homem ainda encontra-se no parque,nervoso,pensativo,tentando buscar um meio de contornar o problema em que ele se encontra,mas ele sabe que as chances de escapar de um erro desse porte é quase nulo.

Três homens surgem em meio ao nevoeiro,e sacam suas armas,o homem nervoso,nem ao menos vê as faces de seus carrascos,que brutalmente,descarregavam suas armas no corpo do homem,que tinge a água do lago,com seu rubro sangue.

Muitas pessoas envolvidas com as mais infames situações, são brutalmente mortas por suas escolhas erradas,mas a maioria das vezes seus corpos são jogados em valas,esgotos,rios...

Estes não são dignos nem de um nome em vossas sepulturas,se tiverem uma,quem chorará ao pé da lápide a morte de um ser que ninguém sabe que existia,os ratos da sociedade,vivendo dos restos pobres dos homens de nome.

Ninguém saberá que este homem morreu,as causas são desconhecidas,assim com sua face,nome,história,foi uma escolha própria viver a sombras do mundo,vivendo atrás das cortinas da noite, como um esquecido,um filho abortado do mundo, uma pessoa sem alma, vivendo todos os dias esperando a morte,nem que seja numa nebulosa madrugada no parque central de Liverpool.

*Dedicado a todos os cidadãos sem nome que vivem dos restos de vida da sociedade.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 08/12/2010
Código do texto: T2660728
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