Cadê Elis Consuelo?

Era o ponto dela e de mais umas quinze. Todo mundo sabia muito bem, que aquela esquina era quente.
Ela chegou, um pouco antes da uma da manhã, com alguma bebida barata na cabeça.Uma dor nas costas , filha da puta , efeito de uma manobra no lustre com o último cliente, excêntrico até na hora de mijar. Mas tudo bem, ela era magra e jeitosinha. Logo,logo, tomaria um ácido e estaria nova.
Não demorou dez minutos e um senhor de uns sessenta anos, com cara de sacana e uma mania estúpida de lamber os bigodes, parou seu sport importado, com uma série de sacolas luxuosas no banco de trás.
-Olá boneca! Vamos nos divertir?
Ela olhou o relógio rolex, brilhando no braço do bigodudo careca. Achou que seria mole, abriu a porta com um ímpeto sapeca.
- Vamos sim, vamos nos divertir! Hum, como você está perfumado...
Puxou imediatamente, um papo provocativo,arrumando sensualmente o vestido , vertiginosamente colado ao corpo pouco exuberante, mas de uma quase nudez  vulgar.
Sumiram pela avenida principal daquela metrópole abastada.
Isso faz, mais ou menos, uns 14 meses atrás.
As colegas e os cliente fiéis, ainda perguntam:
-Mas cadê a Elis Consuelo?
Os puritanos e maldosos, questionam:
-Onde foi parar aquela cadela vadia?
E os pais, vizinhos e filhos, ainda estão em desespero:
- Que foi feito dela? Qual o seu paradeiro?

( Fica em aberto, qualquer um, pode dar uma de Sherlock Holmes )
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cristina Jordano
Enviado por Cristina Jordano em 30/11/2010
Reeditado em 30/11/2010
Código do texto: T2646331
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